Pra encerrar essa noite de Natal com chave de
ouro, quero compartilhar com vocês esta delícia que fez parte da minha infância
e era exibida na TV. Maurício de Sousa sempre foi um dos meus ídolos desde que
eu me entendo por gente, e vale lembrar que naquele tempo era um ato de coragem
incrível fazer desenho animado no Brasil. Com uma historinha singela que
alimentava ainda mais a imaginação da molecada, e uma trilha sonora que gruda
na cabeça, esse desenho é uma recordação que ficou pra mim. E pra muita gente,
tenho certeza. Você que é quarentão hoje, vá correndo buscar a caixa de lenços
de papel antes de apertar o play, porque isto aqui é do seu tempo!
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
MEUS CINCO FILMES CLÁSSICOS FAVORITOS
Nunca gostei de listas, do tipo “Os Melhores de Todos os Tempos”, “As
Dez Mais Mais”, etc. Mas hoje vou fazer uma coisa que muita gente me pede: uma
lista de filmes antigos que eu aconselho qualquer pessoa a não morrer sem ver.
Porém, já aviso que cinema é que nem futebol, ou seja, é algo que envolve
paixão. E tudo, tudo que envolve paixão dá briga e discussão. Então, por favor,
encarem essa lista como algo pessoal meu, não como coisa de
especialista, pois nem especialista eu sou – sou apenas uma fã. Uma fã doente,
porém apenas uma fã.
1 – E O VENTO LEVOU (1939)
Se eu precisasse dizer o nome de apenas um filme que ninguém deve morrer
sem ver, seria este. Mas talvez você não consiga ver inteiro. Não de uma vez. São
cinco horas de filme (ou quase isso), e muita gente divide – vê metade em um
dia, metade no outro. E O Vento Levou
é o maior filme de todos os tempos, e não só na duração. A história de um
triângulo amoroso durante a Guerra Civil Americana já é sucesso há mais de 70
anos, e ainda conquista fãs no mundo inteiro. Impossível não se identificar e
torcer pelo casal principal, Rhett Butler (Clark Gable) e Scarlett O’Hara (Vivien Leigh), ele um cafajeste
charmoso e misterioso, ela uma temperamental e mimada herdeira que perde a
fazenda e os bens num incêndio (ops, olha o #spoiler!). Recordista de Oscars em
sua época, E O Vento Levou pra mim
ainda é insuperável. Obrigatório.
2 – GILDA (1946)
A medalha de prata da minha lista é o filme mais famoso da minha ídola,
Rita Hayworth. Inclusive, considero uma injustiça enorme ela não ter recebido o
Oscar de Melhor Atriz por este papel. A história não tem nada de original: o lindinho
Glenn Ford é Johnny Farrell, o braço direito do proprietário de um cassino em
Buenos Aires (por essas e outras é que Rita Hayworth tem tantos fãs na
Argentina na vida real). Ele teve uma paixão do passado que nunca esqueceu, uma
bela mulher chamada Gilda. Um dia o chefe volta de viagem casado e quer que
Johnny seja o guarda-costas de sua nova esposa, e adivinhem quem ela é? O resto
eu não vou contar para não perder a graça, mas como eu sempre digo, Gilda é um filme para ser visto mais de
uma vez. São tantas as sutilezas do roteiro absolutamente genial (ou mesmo de
fotografia, interpretação, etc.) que cada vez que a gente assiste, acaba
notando alguma sacada esperta que não tinha percebido da(s) outra(s) vez(es). Ah!
Esqueci de mencionar que foi neste filme que Rita Hayworth enlouqueceu os
homens tirando apenas uma luva. E ainda enlouquece. A cena, aliás, foi
aproveitada pelo cantor Michael Jackson num momento épico do seu último DVD, This Is It. O mais incrível é ver como o
filme parece moderno, mesmo tendo sido feito 70 anos atrás.
3 – O MÁGICO DE OZ (1939)
Difícil escolher um terceiro lugar, mas optei por O Mágico de Oz por ser um filme que dá pra assistir com a filharada
(ou sobrinhada, ou com a criançada toda junta e muita pipoca doce e refrigerante
na sala de casa). Acredito que todo mundo conhece a história de Dorothy
(interpretada pela genial Judy Garland), a menina que é capturada por um
tornado e vai parar em uma terra fantástica e desconhecida, onde encontra
figuras como o Homem de Lata que deseja ter um cérebro, o Leão Covarde que
precisa criar coragem mas não consegue, e o Espantalho Falante que sonha em ter
um coração. Juntos, os quatro precisam encontrar um tal Mágico de Oz, que todos
dizem que irá resolver os problemas deles. A canção-tema, Somewhere Over The Rainbow, levou o Oscar e teve muitas
regravações, mas a versão de Judy Garland ainda provoca um nó na garganta.
4 – O GRANDE DITADOR (1940)
Se você só conhece O Grande
Ditador pela cena em que Charles Chaplin brinca com um globo terrestre
feito uma criança brincando com uma bola (e que serviu de inspiração para a
abertura da novela O Dono do Mundo,
em 1991) e/ou pelo discurso de Chaplin que viralizou na Internet, é hora de
conhecer o filme todo. Produzido e lançado em plena Segunda Guerra Mundial, foi
também o primeiro filme falado do mestre. A história dos bastidores também é
interessante: esta comédia dramática foi quase toda feita às escondidas,
simplesmente porque o personagem de Chaplin era uma caricatura perfeita de
ninguém menos que Adolf Hitler. Chaplin, aliás, faz papel duplo aqui: além de
interpretar o ditador maluco e temperamental de um país europeu, ele é também
um barbeiro judeu de bom coração que é confundido com o tirano. Nascida da
ironia que era a semelhança entre Hitler e Chaplin na vida real (e do fato de
ambos terem nascido no mesmo dia, mês e ano), a obra faz disso a sua base e até
hoje provoca risos e lágrimas.
5 – QUANTO MAIS QUENTE, MELHOR (1959)
Numa lista de filmes antigos favoritos, tem sempre que ter um da
Marilyn Monroe, e um com direção de Billy Wilder – este aqui tem as duas coisas! Neste
clássico do deboche ela divide a cena com Jack Lemmon e Tony Curtis, dois
atores bons de comédia, e é risada do começo ao fim. Lemmon e Curtis são
músicos de jazz que se disfarçam de mulheres para escapar de uma perseguição.
Acontece que as duas “moças” arranjam um emprego para tocar em uma banda, cuja
vocalista é ninguém menos do que Sugar Kane, a personagem de Marilyn Monroe. Os
dois ficam loucos pela loira, é claro! E aí começam os problemas. Típico filme
malicioso e inteligente, bem ousadinho para sua época. A trilha sonora é uma
bela amostra do quanto Marilyn era subestimada como cantora – sim, a voz é dela
mesma, não é dublagem! A Edição Especial que saiu recentemente em DVD aqui no
Brasil, é de uma pobreza irritante perto das Edições Especiais (não só deste,
mas da maioria dos filmes clássicos pré-1980) lançadas lá fora, mas vem com um
cartão do filme.
Como eu já disse, essa é a minha
lista. Fui obrigada a deixar de fora um monte de outras maravilhas, mas talvez
eu faça um especial só com a segunda parte da seleção. Até lá, vocês têm tempo de
sobra para ver e rever os cinco filmes que eu citei hoje. Esqueçam datas, modismos
e o fato de três destes cinco clássicos serem em preto e branco, e, se puderem,
vejam os cinco legendados. Será o banho de cultura mais bacana que vocês terão
na vida. E estas cinco histórias ainda geram horas de discussão com uma pizza e
um chopinho pra acompanhar. Reúnam uns amigos e assistam sem preconceitos.
Texto já publicado no blog
BlahCultural
O ADEUS A MAUREEN O’HARA
No último dia 24 de outubro, o mundo do cinema ficou um pouco mais triste. Faleceu Maureen O’Hara, atriz irlandesa famosa pelos cabelos vermelhos naturais
escandalosamente lindos, e, claro, pelos filmes com John Wayne. Nascida Maureen
Fitzsimmons em um subúrbio de Dublin, Irlanda, em 17 de agosto de 1920, a
artista era filha de uma costureira ex-cantora de música lírica e de um
empresário no ramo de roupas.
Teve aulas de teatro em seu país desde cedo, e chamou a atenção de empresários ingleses, que a levaram para Londres. Lá, fez inclusive um teste para um filme, no qual não passou, mas o ator e diretor Charles Laughton viu algo especial nela e a convidou para estrelar ao lado dele o filme britânico Jamaica Inn. Como ele considerada a grafia do sobrenome Fitzsimmons muito complicada, mudou-o para O’Hara. Era como se ele já soubesse que a jovem irlandesa iria conquistar o mundo. Maureen acabou indo com ele para Hollywood, onde fez o filme O Corcunda de Notre Dame, também ao lado de Laughton. A partir daí, trabalhou em diversos filmes –a maioria faroestes – com o diretor John Ford e com John Wayne, o ator a quem ela é mais frequentemente associada e que se tornou seu amigo de longa data. Ela também foi a mãe de Natalie Wood no clássico filme de Natal De Ilusão Também Se Vive – Miracle on 34th Street (1947), e a Angharad Morgan de Como Era Verde O Meu Vale, talvez o seu filme mais conhecido.
Ela também estrelou sucessos como O Cisne Negro ao lado de Tyrone Power e Simbad O Marujo, com Douglas Fairbanks Jr. Até filme dos estúdios Disney ela fez – a primeira versão de Operação Cupido, em 1961, também chamada de O Grande Amor de Nossas Vidas, com Brian Keith. Em 1991, ela fez um “retorno” e estrelou o fofo Mamãe Não Quer Que Eu Case, ao lado do igualmente saudoso John Candy. Seu último trabalho foi em um filme para a TV chamado The Last Dance.
Com a chegada do
cinema a cores, Maureen O’Hara foi eleita, ao lado de Esther Williams,
Lucille Ball e Rita Hayworth, uma das “Rainhas do Technicolor”. Sempre que um
filme em Technicolor com a artista fosse lançado, os produtores sabiam de
antemão que haveria filas nas portas dos cinemas.
Maureen foi casada
três vezes e teve apenas uma filha, Bronwyn, que nasceu em 1944, filha da atriz
com seu segundo marido, William Price. Sua autobiografia, ‘Tis Herself, foi
lançada em 2004. A última aparição pública da atriz foi em 2014, no TCM Film
Festival. Embora jamais tenha sido indicada a um Oscar (!!!), Maureen recebeu
um, em 2014, pelo conjunto da obra. Mas ela possui uma estrela na Calçada da
Fama em Hollywood e inúmeros prêmios, inclusive em sua terra natal. Maureen
O’Hara teve uma morte que poucos têm: lúcida aos 95 anos, ela morreu dormindo
enquanto ouvia uma de suas músicas preferidas. Ela sempre disse que morreria
bem velha, e Deus realizou seu desejo – merecidamente. As lendas estão nos
deixando, e não temos quem as substitua. É uma pena.
Texto já publicado no site BlahCultural
A SESSÃO DA TARDE QUE PRESTAVA
Imagine
ligar a televisão na Sessão da Tarde da Rede Globo e, em vez de encontrar os
filminhos enjoativos que ela exibe hoje, dar de cara com Frank Sinatra, Rita
Hayworth, Elvis Presley, Gene Kelly, Fred Astaire, Marilyn Monroe, a dupla Dean
Martin & Jerry Lewis, Judy Garland, Humphrey Bogart, Bette Davis e, quando
os caras estavam inspirados, até Charles Chaplin! Sim, isso existiu um dia. Era
essa a Sessão da Tarde dos meus tempos de infância e adolescência. Foram essas
maravilhas que eu cresci assistindo. Quando eu conto isso para a garotada da
novíssima geração de agora que está redescobrindo a Hollywood Old School, vejo
os olhos deles brilharem. Eles não acreditam que um dia a televisão brasileira
já exibiu estas preciosidades. Sim, exibiu. De graça e o dia todo, todo dia.
Naqueles
tempos em que não existia TV a cabo, e que cursos à distância eram apenas um
monte de apostilazinhas vendidas por empresas picaretas que colocavam anúncios
em revistas em quadrinhos e, portanto, não tinham credibilidade alguma, os
filmes da Sessão da Tarde Que Prestava foram meu primeiro curso de
interpretação à distância. Siiimmm, porque observar aqueles atores e atrizes
trabalhando era o mesmo que ter uma mega-aula de teatro à distância. Qualquer
um que se dispusesse a gravar aqueles filmes e estudá-los (e muita gente faz
isso até hoje) aprendia muita coisa. Certo, a observação não substitui a
prática, não substitui um curso de arte dramática ao vivo, mas que aquilo era melhor
que muitos cursinhos de teatro meia-boca que existem por aí, com certeza era.
Sou filha
de um homem fanático pela Velha Guarda de Hollywood, e para ele a maior
realização deve ter sido a invenção do videocassete. Meu pai gravava esses
filmes e os assistia incontáveis vezes. Foi graças a ele que eu não só aprendi
a amar estes filmes, mas aprendi muito sobre aquela época brilhante da história
do cinema, pois ele comprava livros e revistas sobre o assunto, lia e depois me
dava para ler. Resultado: fiquei irremediavelmente viciada nas melhores coisas
que a humanidade já produziu em matéria de cinema. Não que eu não curtisse os
filmes do meu tempo, pelo contrário, curti muitos; mas é que em vez de jogar
meu tempo e minha grana no lixo com aqueles filmes teens do tipo “turma da praia” ou “gatinhos e gatinhas de colégio”,
que eram febre nos anos 80, eu via os filmes dos gênios que eu citei no
primeiro parágrafo deste texto. E quer saber? Não me arrependo nem um pouco.
Agora vem a
parte triste. Eu digo a verdade à garotada que tem You Tube e Google, enfim,
que tem internet, mas que não tem preguiça e adora pesquisar sobre estes filmes:
que as crianças e adolescentes da minha época não aproveitavam este privilégio. Pelo contrário: eles tinham um
baita preconceito. Pré-conceito: o tal do “nunca assisti, mas não gosto”.
Durante anos eu pensei ser a única pessoa da minha idade que tinha este gosto
cinematográfico. Só fui encontrar gente da minha geração que curtia cinema Old School quando entrei na faculdade.
Costumo
dizer que brasileiro é criança: só gosta de filme colorido, dublado e
lançamento. Nosso povo não é educado para gostar de verdade da Sétima Arte. Sim, pois quem realmente é fã de cinema curte filmes de
todas as épocas, e não só os lançamentos. Se você acha que um filme de cinco
anos atrás é velho e que só filme
novo presta, precisa rever seus conceitos.
E foi com
base nessa babaquice que as emissoras foram, aos poucos, tirando esses filmes
antigos do ar. Primeiro substituindo-os por coisas maravilhosas como "ET" e a série "Indiana Jones", que eu adoro, e depois trocando-os por lixo mesmo. Naquela época,
surgiu a TV a cabo, que era alternativa para quem queria se deliciar com nossas
amadas “velharias”. Na TV a cabo não havia essa de “não vamos exibir tal filme
porque é preto e branco”. Pelo contrário – tinha até filme mudo.
Depois, a
televisão a cabo no Brasil (digo no
Brasil porque no resto do mundo felizmente não tem isso) começou também a
banir qualquer filme feito antes de 1980, depois qualquer filme feito antes de
1990, e agora só exibe filmes feitos depois de 2000. E foi assim que a nossa TV
a cabo conseguiu empobrecer tanto quanto a TV aberta em matéria de cinema.
Está certo,
não que todos os filmes atuais sejam ruins, há coisas lindas recém-lançadas. E
não que todos os filmes da Old School sejam bons – muitos deles são apenas
“antiguinhos” e envelheceram bastante. Eu, por exemplo, tenho paixão total pelo
cinema dos anos 30 e 40, mas assisto a filmes de todas as épocas, e uma das
coisas que mais gosto (ainda) é ir ao cinema. Como eu já disse, há filmes bons
em todas as épocas. Mas o nosso público precisa
saber disso! Se pelo menos as emissoras de televisão deixassem...
Texto já publicado no blog
BlahCultural
PIN-UPS: O QUE ERAM, QUEM ERAM
Todo mundo fala
nelas, mas ninguém sabe direito o que elas são. Nosso primeiro post é sobre as
lendárias pin-ups – elas mesmas, as divas voluptuosas, transgressoras e
talentosas que influenciaram gerações e são inspiração pra muita gente até
hoje, principalmente Madonna, Katy Perry e Dita Von Teese. Surgidas na década
de 1930, as pin-up girls ou pin-ups eram uma espécie de vedetes que posavam
para pôsteres publicitários enquanto aguardavam sua chance de estourar em
Hollywood. Daí o nome “Pin-Up”, termo que significa “pendurar na parede” em
inglês. Mais do que apenas moças esculturais que apareciam em poses que misturavam
ingenuidade e sensualidade, elas eram talentosas como artistas, sabiam atuar,
cantar e dançar muito bem. Tanto é que muitas delas iam parar no cinema, seja
como integrantes de grupos como as Goldwyn Girls (o time de pin-ups da MGM), ou
se tornando grandes estrelas (caso, é claro, de menos da metade delas). Mas
acima de tudo, elas vendiam uma imagem saudável e feliz, totalmente diferente
das modelos anoréxicas e com ar doente dos tempos atuais (pronto, agora já
falei).
Várias delas entraram para a história. Betty Grable, que estrelou filmes ao lado de gente como Carmen Miranda e Marilyn Monroe, chegou a colocar as pernas no seguro por um milhão de dólares (!!!). O famoso pôster em que ela aparece em traje de banho, olhando para trás por sobre o ombro direito, fez dela a musa dos militares da Segunda Guerra. Sua xará Bettie Page, a morena cujo corte de cabelo (liso com franjinha) é copiado por mulheres do mundo todo até hoje, era chamada de Rainha das Pin-Ups e teve a honra de ser uma das primeiras garotas da revista Playboy. Inesquecível também é Esther Williams, chamada de "A Sereia de Hollywood", atriz, bailarina e campeã de nado sincronizado, que dançava embaixo d'água em filmes coloridos, exóticos e divertidos.
Na verdade, as
pin-ups tiveram seu auge durante a Segunda Guerra Mundial, época em que todo
soldado levava uma foto delas consigo. Já a mulherada se inspirava no estilo
delas, que combinava malícia e molecagem. Naqueles tempos de censura braba,
mostrar as pernas era algo escandaloso e extremamente erótico, quase uma coisa
pornô-light, mas era também sinônimo de atitude. O sucesso foi tamanho que
surgiram também vários artistas especializados em retratá-las, os famosos
Pin-Up Artists, como Alberto Vargas, Gil Elvgren e George Petty. Diretores também fizeram a festa com a tendência, principalmente o genial Busby Berkeley, tido até hoje como o mestre dos pin-up movies.
Outro termo
usado para chamar este tipo de foto é Cheesecake Girl, que vem da expressão
“ela é melhor do que cheesecake”, que é como os rapazes da época definiam uma
mulher muito linda e sexy.
A febre das pin-up
girls entrou em decadência no início dos anos 60, mas àquela altura algumas
estrelas do gênero haviam conseguido sobreviver à febre e se tornado divas.
Vale destacar nesta categoria Rita Hayworth e Lucille Ball, as duas primeiras
atrizes a trabalhar também atrás das câmeras e não apenas diante delas. Não,
não comece a pensar besteira. Rita foi a primeira mulher da história de
Hollywood a fundar e administrar seu próprio estúdio de cinema, a Beckworth
Corporation (por que será que os historiadores nunca mencionam isso?). Seu
trabalho mais famoso é o filme Gilda, em que enlouquece os homens tirando
apenas uma luva. Já Lucille, que nasceu engraçada mas sonhava em ser atriz
dramática (SIM, você leu direito!), se dedicou à comédia e virou a maior humorista
mulher de todos os tempos. Para quem não ligou o nome à pessoa, ela é a estrela
do seriado I Love Lucy. Não podemos esquecer também uma mocinha que começou
como pin-up girl ainda adolescente, tornou-se um fenômeno como estrela (ainda
que até hoje não tenha tido seu talento de atriz reconhecido como merece) e
transcendeu todos os rótulos: Marilyn Monroe.
Texto já publicado no blog BlahCultural
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