Agora é oficial: a Revistinha do CINE CLUB, um belíssimo
trabalho comandado pelo meu colega Ary
Ximendes, vai trazer textos do Blog
Poltrona R! Isso mesmo: a revista, uma publicação
digital que já está em sua 15ª edição,
reúne matérias escritas por um grupo de blogueiros de cinema, e a partir de
agora eu também faço parte do clube. Nesta edição, você vai encontrar a minha
resenha do DVD “Irene, A Teimosa”, que, inclusive, já foi publicada também aqui
no Blog (http://poltrona-r.blogspot.com.br/2017/09/dvd-irene-teimosa.html).
Quem gosta de filmes e séries mais
recentes tem um bom motivo para ler a revista: na reportagem de capa, tudo
sobre o novo e bombástico “Star Wars”! A revista toda é bem
caprichada, material de primeira para aqueles que curtem filmes de todas as
épocas se esbaldarem. E o melhor: pode
ser baixada de graça!
Adoro quando posso escrever sobre
assuntos atuais, mas sem abandonar a temática do blog, que é o cinema antigo.
Navegando na Internet eu trombei,
por acaso, com a notícia de que mais uma coadjuvante clássica vai ganhar um filme
com sua própria história. Depois da Malévola
do desenho “A Bela Adormecida” de Walt
Disney ter tido sua própria história contada em uma superprodução, com
direito a Angelina Jolie como sua
intérprete(https://www.youtube.com/watch?v=oIQTZXS6MFo), outro filme que marcou minha vida será estrelado por uma
coadjuvante que roubava a cena no original. Estou falando de Mammy, a inesquecível criada de Scarlett O’Hara em “E O Vento Levou”.
Se é fake news ou não, só Deus
sabe, mas as fontes da notícia são – ou me parecem – seguras. Nos EUA um livro chamado “A
Jornada de Ruth”, que foi lançado no Brasil no mês passado e eu nem fiquei sabendo (podem me xingar),
bombou nas livrarias. O autor é Donald
McCaig, o mesmo de “O Clã de Rhett Butler”, que também foi publicado no nosso país (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0505200813.htm). E a idéia também é a mesma. “O
Clã de Rhett Butler” revelava o que, na imaginação do escritor, seria a
vida de Rhett Butler, o herói de “E O
Vento Levou”. E agora, “A Jornada de Ruth” chega contando a
história de Mammy antes de ela ter ido parar na Fazenda Tara. No romance “E O Vento Levou”, que inspirou o
filme, a autora Margaret Mitchell
(1900-1949) jamais deu a Mammy um nome de verdade. Esse “problema” foi
resolvido por Donald McCaig, que batizou a simpática criada como Ruth, fazendo uma analogia à personagem
bíblica que é o símbolo da fidelidade e da fé, duas qualidades que Mammy tinha
de sobra.
Eu, pessoalmente, nunca tinha parado
para pensar em qual teria sido a história pessoal da Mammy – e olha que eu
adoro a personagem! Na cabeça de McCaig, a ama de Scarlett O’Hara (que, na
minha opinião, foi muito mais mãe para Scarlett do que a própria mãe dela, que
era arrogante, preconceituosa e antipática) seria haitiana de origem francesa,
em uma época em que o Haiti era colônia
da França. Um casal de franceses a
teria levado de lá para os Estados Unidos. Esse casal era ninguém mais, ninguém
menos do que as avós maternos de Scarlett.
Mas o que levou o autor a matar a
curiosidade de tantos fãs de Mammy e, claro, de “E O Vento Levou”? Segundo
ele, houve milhares de “Mammys” no Sul
dos EUA no século XIX, criando
os filhos de brancos ricos como se fossem delas próprias, e muitas dessas
mulheres sequer tinham um nome oficial. "Para
mim, a ausência da voz de Mammy, de sua história, de sua personalidade em“E O Vento Levou”foi um grande vazio, é como se o livro contasse a metade da
história", afirma ele. "A
babá é uma personagem trágica, mas que jamais perde a esperança. É determinada
e muito digna, mas não é uma rebelde". A verdade é que Mammy sempre
foi uma das personagens mais queridas pelo público. Ela teve importância não
apenas no filme, mas também na vida real, já que Hattie McDaniel (1895-1952), a talentosíssima atriz que a
interpretou, foi a primeira afro-descendente a ganhar um Oscar. E é a Hattie que o autor dedica o romance.
Achei interessante a proposta de “A
Jornada de Ruth”, pois o livro é narrado em primeira pessoa, como se
fosse um diário de Ruth/Mammy, e além de tocar em fatos históricos pouco abordados
em outras obras de ficção, dá à personagem uma história própria, inclusive
revelando que ela teria se casado e tido filhos. McCaig procurou ser o mais
fiel possível não só à trama criada por Margaret Mitchell, mas também ao estilo
da escritora. Coisa que, aliás, Alexandra
Ripley, autora do horroroso “Scarlett”, de 1991, a sequência de “E O Vento Levou” que muitos fãs
(entre eles eu) nunca aceitaram. “O Clã de Rhett Butler” e “A
Jornada de Ruth”, ambos de Donald
McCaig, e “Scarlett”, de Alexandra
Ripley, aliás, foram os únicos livros sobre o universo de “E O
Vento Levou” a serem autorizados pelos herdeiros de Margaret. “Scarlett”
gerou uma série para a televisão em 1994, que, pessoalmente, eu considero chatérrima, tão chata quanto o livro, mas que existe muita gente que cultua (https://pt.wikipedia.org/wiki/Scarlett_(miniss%C3%A9rie)).
Pergunta que não cala: por que “O Clã de Rhett Butler”,
que vendeu horrores nos EUA, não virou filme ainda? Alô, pessoal do Universal Studios, #FicaADica.
É festa! O Poltrona R está
completando DOIS ANOS DE EXISTÊNCIA!!! E eu que, quando criei o blog, achei
que não fosse passar de um mês no ar... Quem diria! Essa conquista não é só minha, ela é de vocês também. Por isso,
quero agradecer a cada um de vocês que
clicou, leu, curtiu, e, principalmente, divulgou as matérias do blog. Esse
tipo de presente não tem preço. Quero também agradecer aos blog e páginas de cinema e cultura pop que citaram, recomendaram e/ou
repostaram links para conteúdos do Poltrona R. É a mídia alternativa
ganhando cada vez mais relevância neste país – juntos somos mais fortes! Que Deus abençoe muito a vida de todos
vocês leitores, divulgadores, fãs, pesquisadores, todos, todos, todos! Um
brinde a mais essa vitória e rumo ao
terceiro ano!
A quantidade de besteiras publicadas naInternet
(e até na própria Grande Mídia) sobre“Chaves” e “Chapolin Colorado” aqui no Brasil parece ser proporcional à paixão
que esses dois seriados despertam no nosso povo. A obra de Roberto Bolaños foi
apresentada ao público brasileiro em 1984
pelo SBT, que o transmite até hoje. Desde
então, o seriado nunca saiu do ar. Dispostos a tirar uma lasquinha do sucesso
de “Chaves”
e “Chapolin”,
um monte de veículos de imprensa e alguns malandros da Internet inventaram
boato atrás de boato sobre Bolaños, suas criações e seus colegas de série. Esta
matéria reúne algumas das mais ridículas fake
news já publicadas sobre o clássico mexicano da televisão. Detalhe: na
época em que a maioria destas mentiras saiu na mídia, o termo “fake news”
sequer existia – para falar a verdade, nem mesmo a Internet existia quando
algumas delas foram publicadas.
Elenco todo morreu em
desastre de avião
Lá no início dos anos
90, uma notícia chocou os fãs brasileiros de “Chaves” e “Chapolin”:
todos os atores das duas séries teriam falecido em um acidente aéreo, e nenhum
deles teria sobrevivido. Jornais e emissoras de rádio divulgaram esta
barbaridade passaram vergonha, pois a informação que chegou à nossa imprensa
era incorreta (será que por engano mesmo ou intencionalmente?). Quem na verdade
perdeu a vida por causa da queda de um avião foi um grupo de imitadores do elenco das séries. Destes sim, realmente
não sobrou nenhum.
“Dona Clotilde” jovem
era a cara de Sarita Montiel
Não é possível que você já não tenha visto este meme, que virou um clássico do Facebook. A foto da atriz Angelines Fernandez, a eterna Dona Clotilde ou Bruxa do 71, aparece ao lado do retrato de uma bela mulher, que a
legenda diz ser Angelines quando jovem. Muita gente caiu nessa, mas a suposta
“Angelines jovem” é, na verdade, a cantora e atriz Sarita Montiel, que, assim
como Angelines, nasceu na Espanha. Esta
não é a primeira vez que um engraçadinho posta a foto de outra artista dizendo
que é a Dona Clotilde quando moça. A mesma, digamos, brincadeira já havia sido
feita antes, só que usando uma imagem da estrela mexicana Maria Félix. Dê uma olhada na segunda foto. Os retratos são de
Sarita Montiel, Maria Félix e Angelines Fernandez, nesta ordem. Sarita e Maria
até podem ser confundidas uma com a outra, mas nenhuma delas tem nada a ver com
Angelines fisicamente. Quer saber como era a intérprete da Bruxa do 71 quando mais nova?
Veja a terceira foto.
Seu Madruga é o pai de
Chaves
Até o Canal do Otário
(https://www.youtube.com/watch?v=-qZ0sRdsiD8) tirou um sarrinho desse boato!
Publicada há menos de um mês, a notícia de que um livro jamais lançado, de autoria do próprio Roberto Bolaños,
revelaria que Madruga era pai do
garoto do barril gerou comentários pra todos os lados, inclusive e
principalmente por parte dos fãs brasileiros. No tal livro, Bolaños dizia que
no último capítulo que escreveu para a série, Seu Madruga contaria ao Professor Girafales que conheceu a mãe
de Chaves (antes de o moleque nascer, claro!) e teve um affair bem rápido com
ela. Menos de 24 horas depois, o site E-Farsas
(que deveria ganhar um prêmio pelos seus serviços prestados à humanidade)
desmascarou a palhaçada (http://www.e-farsas.com/o-seu-madruga-e-o-pai-do-chaves.html). Para começar, a única obra que Roberto Bolaños escreveu na vida sobre a série
foi “O Diário do Chaves” – em que,
aliás, não faz qualquer referência à identidade dos pais de seu personagem mais
famoso. O que essa gente não faz por uns cliques...
Filme de “Chaves” com
cenas calientes e violentas vai ser lançado
Outro papo-furado. Tem gente até agora esperando a estréia
desta superprodução que, na realidade, nunca
existiu e não passa de uma piada. Piada mesmo – o grupo equatoriano de
humor Enchufe TV andou soltando no You Tube há um tempo atrás uma paródia de trailer de cinema, em
que os personagens da Turma do Chaves
surgem em cenas que lembram muito mais os modernos blockbusters americanos do
que a simplicidade ingênua da série mexicana. Chiquinha com uma navalha na mão, ameaçando cortar o pescoço de
Chaves? Kiko e o Professor apontando
revólveres um para o outro? Florinda
realizando o sonho de quebrar os dentes de Madruga? Beijos ardentes entre
Florinda e o Professor, e até amassos entre Chaves e Chiquinha? Tudo isso rola
no pseudo-trailer. Eu, pessoalmente, sempre soube que era tudo uma piada, mas
adoraria que fosse verdade... O vídeo de que eu estou falando é este aqui:
O fantasma de Bolaños
surgiu durante seu funeral
Caramba, isto é inacreditável! Logo após a morte de Roberto
Bolaños, este vídeo bombou em sites mexicanos e circulou por toda a América Latina através da Internet e de
grupos de Whatsapp. Ele é uma bela
prova de que as pessoas são capazes de enxergar o que querem, onde bem
entenderem. O rapaz que postou no You Tube o vídeo do funeral de Bolaños afirma
ter visto o fantasma do comediante durante a cerimônia, e até cita onde o
suposto espírito teria surgido: ao lado do caixão. As imagens ultrapassaram as 3 milhões de visualizações no You Tube.
Esta autora, pessoalmente, não acredita que a história do fantasma seja
verdadeira. E o site E-Farsas (sim,
ele de novo!) mostrou, através de um clipe, que tudo não passava de uma mon-ta-gem.
Olha aqui:
Existe um episódio
banido do “Chaves”
Esta aqui é outra bobagem que foi espalhada pela Internet por
algum malandro ávido por cliques e views. Segundo esse engraçadinho, um
episódio da série “Chaves” teria sido produzido, porém jamais exibido, porque
possuía um conteúdo macabro e terminava em tragédia na telinha e na vida real,
e que este tal episódio teria sido a causa de saída do ator Carlos Villagrán (Kiko) da série. Tal
episódio teria sido destruído pela Televisa (emissora que produz as séries) e
um fã argentino teria comprado a única cópia restante dele. Muita gente
desavisada engoliu a história, principalmente porque as matérias publicadas por
alguns sites sobre o tal episódio censurado utilizaram como ilustração essa
foto aí abaixo, que, na verdade, não passa de uma ediçãozinha de uma imagem do
episódio “Perna Quebrada” (1978). O
fato é que nunca houve nenhum episódio censurado ou banido da série. Nem mesmo “Marteladas”, de 1972 (https://www.youtube.com/watch?v=3s3npZAz-wk), que, embora
tenha sido postado no You Tube com o título de “episódio censurado”, não foi
censurado coisa nenhuma, e é apenas um esquete de 1972, com cuja distribuição a
Televisa nunca teve qualquer problema. “Mas
e os episódios perdidos?”, pergunta você. Realmente, existem alguns que são
raros e que a Televisa não distribui mais; porém, não por razões de censura,
mas por problemas técnicos na restauração das fitas e/ou a existência de
episódios com enredos semelhantes (http://www.portalchespirito.com.br/episodios/episodios-perdidos/).
No Brasil, o SBT optou por não exibir alguns episódios durante anos, porque
episódios semelhantes a eles já estavam sendo exibidos. Fã que é fã sabe que Roberto
Bolaños adorava fazer versões diferentes para a mesma história. Resultado: os
telespectadores brasileiros reclamaram, e em 2011 a emissora de Silvio
Santos cedeu e recolocou no ar esses episódios “perdidos”. Agradeço ao
pessoal do site Fórum Chaves (http://www.forumchaves.com.br/)
por desvendar esse mistério.
“Acapulco” foi o último episódio gravado pelo
ator Carlos Villagrán
Por incrível que pareça, não foi. A história é um tanto
confusa. “Vamos Todos a Acapulco” (que no Brasil recebeu o título de “Os
Farofeiros”) foi produzido em 1977
e exibido emmaio daquele ano, em duas partes (https://www.youtube.com/watch?v=iVdevKhpKus COMPLETO).
Carlos Villagrán, que fazia o Kiko, deixou as séries “Chaves” e “Chapolin”
em 1978, ou seja, no ano seguinte. Antes de sair, ele
ainda gravou alguns episódios de ambos os seriados, entre eles o clássico “Branca
de Neve”,("Chuim Chuim Tchum Cláim") que teve as duas primeiras partes (https://www.youtube.com/watch?v=B2uiy1mMBE4 e https://www.youtube.com/watch?v=HslJULoakVc)
exibidas no Brasil, e uma terceira parte (https://www.youtube.com/watch?v=oXd_oR3ZNCM)
inédita em nosso país. O último episódio a ter Villagrán no elenco foi exibido originalmente
pela Televisa no dia 11 de dezembro de 1978,
e se chama “A Escolinha do Professor Girafales” (https://www.youtube.com/watch?v=tRfC4JfVZoY).
O que aconteceu foi que a Televisa reprisou“Vamos
Todos a Acapulco”ao final da
temporada de 1978, por isso tanta gente pensa que ele foi o último episódio
estrelado por Carlos Villagrán. Foi o último episódio com Villagrán a ser exibido, e não o último a ser produzido.
O nome verdadeiro do
Chaves
Meu Deus do céu,
quantas versões dessa lorota já surgiram por aí! O título original da série é “El
Chavo del Ocho”, e o personagem se chama Chavo, que significa “moleque” em espanhol. No Brasil virou Chaves
porque, ao contrário do termo “chavo”, esse nome existe no Brasil (teve até uma
galera que fez uma adaptação da história para o nosso país, vejam (https://www.youtube.com/watch?v=VUe4mRMsmD0).
“Ocho” (que quer dizer “oito”) seria o número do apartamento em que Chaves
morava (não, a residência dele não era o barril!). O nome real do garoto, porém, jamais foi revelado – nem na série,
nem pelo próprio Bolaños. Mas em muitos sites latino-americanos (isso inclui
alguns daqui do Brasil) circulou uma notícia hilariante, sobre um suposto livro
inédito da autoria de Bolaños (pô, mais um!), em que o comediante dizia que
Chaves, na realidade, se chamava Rodolfo
Pietro Filiberto Raffaelo Guglielmi. “Hilariante
por que?”, você pergunta. Simplesmente
porque este é o nome verdadeiro de um astro do cinema mudo, mais conhecido como
Rodolfo Valentino!!!!! (https://pt.wikipedia.org/wiki/Rodolfo_Valentino)
Enfim, a lista de fake news já
inventadas sobre “Chaves” e “Chapolin” é proporcional ao sucesso
da série. Ou seja, interminável.
Quer ver a playlist completa com todos os
vídeos dessa matéria?
Esse é o tipo de matéria que eu fico
me perguntando se publico ou não – afinal, ela é um ponto fora da curva, porque
eu não sou blogueira de moda e nem de maquiagem. Porém, existem muitos cosplays de ídolos do cinema clássico
que curtem este blog, e a própria mulherada que é apaixonada pelos filmes
antigos sente vontade de copiar o estilo das divas de outras eras, nem que seja
nos pequenos detalhes. E vou ser sincera: já fazia tempo que eu tinha vontade
de vasculhar o You Tube em busca de algumas
das inúmeras videoaulas dadas por fanáticas pela cultura retrô, inspiradas no
visual de Marilyn Monroe, Rita Hayworth, Ava Gardner e outras musas da Hollywood
Old School.
Sendo assim, fiz uma seleção de links
de vídeos do You Tube que trazem tutoriais
bem explicados, que utilizam produtos não muito caros (ou que possuem genéricos
bem em conta) e que trazem bons resultados, para você reproduzir, em casa
mesmo, o estilo de penteado e/ou maquiagem da estrela que você mais adora. Algumas
dessas “professoras” atuam profissionalmente como maquiadoras e/ou
cabeleireiras, e outras são apenas fãs doentes. Mas todas fazem um trabalho
ótimo de caracterização. Quase todos os tutoriais que eu garimpei são em
inglês, mas olhando dá para entender legal. Clique nos links que eu postei aí
abaixo, assista aos vídeos, chame uma amiga pra te ajudar e boa sorte!
O CABELO “GILDA” DE RITA HAYWORTH
Há, literalmente, dezenas de
tutoriais no You Tube ensinando a recriar o penteado da eterna Rainha da Columbia Pictures – aquele
que ela imortalizou no filme “Gilda” e que virou sua marca
registrada. Admito que a maioria desses tutoriais eu não achei tão legal, mas
este aqui é uma aulinha bem explicada. Só achei estranhos alguns objetos que a
cabeleireira usa no vídeo. Devem ser coisas de época, e não sei se dá para
encontrá-las em lojas especializadas hoje em dia. A vantagem deste vídeo é que
ele tem legendas, e quem sabe alguma coisa de inglês vai compreender ainda
melhor as instruções.
A MAQUIAGEM DE MARILYN MONROE
Vídeo interessante porque, além de
ensinar a fazer a maquiagem da Marilyn
Monroe, ainda mostra imagens dos produtos que Marilyn gostava de usar, ao
lado de produtos parecidos que você pode encontrar hoje em dia. Gente, se isso
for mesmo verdade, a coleção de bases que a diva loira possuía era gigantesca!
O POODLE HAIR DE LUCILLE BALL
Até que enfim um canal só com
tutoriais de penteados de divas do cinema antigo em português! Mahara Alberttoni ensina a fazer o
penteado (conhecido, por razões óbvias, como “poodle”) que a humorista Lucille Ball consagrou no seriado “I
Love Lucy”, nos anos 50 e 60. A “transformação” inclui até a maquiagem
– Mahara ensina a fazer o famoso contorno nos lábios com lápis-batom, que foi
uma das marcas registradas de Lucille.
O “LOOK DE UM MILHÃO DE DÓLARES” DE
BETTY GRABLE
A mesma Mahara do vídeo acima também
dá show ensinando você a recriar o cabelo que Betty Grable consagrou nos tempos de pin-up da Segunda Guerra Mundial. Fiquei surpresa ao saber que ele era feito
com aplique – pra quem tanta familiaridade com esse acessório quanto eu, ou
seja, nenhuma, a youtuber fez um outro vídeo a esse respeito (https://www.youtube.com/watch?v=rBuF0euT9mI).
A MAQUIAGEM E O CABELO DE AUDREY
HEPBURN EM “BONEQUINHA DE LUXO”
Eis um dos mais pedidos e procurados!
Fã da Audrey Hepburn, não perca essa
aula dada por Bruna Cypriano, que
mostra a produção completa do visual da atriz no seu filme mais famoso. A
transformação é impressionante – tem o penteado e a maquiagem.
O VISUAL MATADOR DE VIVIEN LEIGH COMO SCARLETT O’HARA
Annelies Van Overbeek, aquela moça que ficou famosa na Internet com suas inacreditáveis
caracterizações que faz em si mesma de personagens clássicas do cinema, postou
no You Tube este vídeo onde ensina,
sem nenhuma palavra, a reproduzir o estilo ‘femme
fatale de época’ que Vivien Leigh
imortalizou com sua Scarlett O’Hara
em “E
O Vento Levou”. A inspiração deste look é a cena da festa, em que
Scarlett chega chegando, com um vestido vermelho decotadão que escandalizou as
platéias da época em que o filme foi lançado
(https://www.youtube.com/watch?v=pcoztASPSyg). Uma das coisas legais é que
Annelies faz toda a transformação ao som de músicas da trilha sonora do filme (que não, não era só “Tara’s Theme”). Até a sobrancelha ficou igual. Qualquer dia desses
vou fazer um especial no blog só sobre Annelies Van Overbeek, ela merece.
OS OLHOS MISTERIOSOS DE AVA GARDNER
Fãs de Ava custam a achar um vídeo
que ensine realmente bem a fazer aquela maquiagem nos olhos que virou marca
registrada da eterna Condessa Descalça.
O canal Pixiwoo (que é em inglês,
mas tem uma explicação com imagens que é fácil de entender e de copiar) mostra
a surpreendente transformação de uma moça com jeitão de “vizinha da casa ao
lado” em uma diva após se caracterizar com o look retrô-latino de Ava Gardner. Vale acompanhar!
DICAS PARA TER LÁBIOS DE PIN-UP
O canalespecializado em beleza retrô Suavecito Pomade
(https://www.youtube.com/channel/UC-OZ3sJxXq2R3Wxw1fqNUPw), o mesmo do tutorial
do cabelo da Rita Hayworth que eu
postei aí acima, é um verdadeiro paraíso para quem gosta de visual retrô – tem “aulas” caseiras de
cabelo, maquiagem e até sobrancelhas no estilo dos anos 40, 50 e 60. É tudo em
inglês, infelizmente, mas compreensível por causa das imagens. Neste vídeo, a blogueira australiana Miss Lady Lace,
criadora do site que leva seu nome, dona de canal próprio no You Tube e uma
verdadeira fanática por cinema da Velha Guarda, surge vestida como uma
adolescente do início dos anos 60 e
te ensina dicas pra copiar a maquiagem da boca das atrizes de antigamente.
Basicamente, os conselhos dela são: 1) Exfoliação da pele com escova de dentes;
2) Usar toalha ou pedaço de pano para dar pinceladas nos lábios; 3) A
importância do uso do brilho para prevenir ressecamento e rachaduras nos
lábios; 4) Dormir sem maquiagem, e nunca aplicar o batom sem antes retirar o
brilho dos lábios; e 5) Finalizar a pintura dos lábios com um pincel de batom.
Ela ensina também como utilizar o pó compacto na maquiagem da boca. O site da
menina também é muito bem feito. Dá uma passada lá: https://ladylace.com.au/
Se você não conseguir fazer esses
visuais logo de cara, não se desespere. As youtubers que ensinam garantem que
tudo é uma questão de prática. Eu nunca tentei copiar nenhum dos looks desta
matéria, mas ela serve como um acervo bem útil quando eu resolver me
arriscar...
Em 1955, o filme “Um
Coringa e Sete Ases” reuniu, sob a direção de Melville Shavelson, dois monstros da comédia musical: James Cagney e Bob Hope. Cagney você deve conhecer do clássico “A
Canção da Vitória” (aquela do tema “Yankee
Doodle Dandy”https://www.youtube.com/watch?v=StDpLge_ITM). E Bob Hope é um
dos mais versáteis artistas que já surgiram em Hollywood – fez stand-ups para platéias durante a Segunda Guerra Mundial sem cobrar um
tostão pelos shows, estrelou sucessos de bilheteria e teve até programa de
televisão, lançado quando esta ainda era um veículo novo (https://www.youtube.com/watch?v=IASGbcRVgvE).
Nesse vídeo aqui a gente vê a cena mais comentada de “Um Coringa e Sete Ases”
até hoje: Hope e Cagney matando a pau em um número de dança e sapateado ao som
de um piano. Sem truques, sem dublês, sem grandes efeitos especiais, só talento, e talento da
melhor qualidade. E tudinho gravado sem o monte de cortes que existe hoje. Sabe
por que? Porque tudo foi feito de uma vez só, igualzinho no teatro.
Sem querer desviar o assunto mas já desviando, em 1974, este ano tão importante na história da humanidade (entendedores entenderão), Bob Hope entregou às mãos
de James Cagney o Troféu do AFI (American
Film Institute) Pelo Conjunto da Obra. Esta foi uma das RARAS ocasiões em que o AFI me
representou! Me dá imagens:
1ª Parte:
2ª Parte:
Playlist completa com
todos os vídeos desta postagem:
Elenco: Jeff Bridges, Jessica Lange,
Charles Grodin.
Duração: 134
minutos
Colorido
Gravadora: DVD
Light/Flashstar
Até
que enfim a resenha de um filme que faz jus ao nome deste blog! “King
Kong” foi um filme que eu vi quando era criança em uma das madrugadas
da televisão, e que ao rever hoje ainda me provoca o mesmíssimo impacto. Bem,
com exceção dos pesadelos com macacos gigantes que eu tive na infância... Este
clássico de 1976 é uma refilmagem de uma produção de1933 (juro que, se eu achar em DVD,
escrevo sobre a primeira versão aqui no blog também)https://www.youtube.com/watch?v=rnaCi4rBfqw.
Teve também um outro remake em 2005,
que não agradou muito aos fãs. Para a maioria dos críticos e espectadores, a
melhor versão é mesmo esta aqui. Foi a estréia da atriz Jessica Lange no cinema, e muita gente ainda se lembra dela como “aquela
menina do King Kong”. É um filme que segura a atenção como poucos – do começo
ao final, é impossível parar de assistir. Apesar de batida, é uma trama
extremamente bem construída. Um grupo de homens, entre eles o enigmático Jack Prescott (Jeff Bridges) e o antipático líder do grupo, Fred Wilson (Charles Grodin,
com um bigodão à la Village People),
está em expedição na Indonésia em um
navio petroleiro, rumo a uma ilha onde existiria um poço inexplorado. Certo
dia, eles resgatam uma linda jovem (Jessica
Lange), sobrevivente de um naufrágio. Quando o grupo chega à ilha, dá de
cara com uma tribo de nativos cuja divindade principal era um certo macaco
gigante chamado Kong. Os homens da
tribo ficam encantados com a moça, acham que ela é a deusa do não-sei-o-quê e
oferecem seis mulheres locais em troca dela. Obviamente ela fica apavorada e não
aceita, então os nativos a raptam para oferecê-la em sacrifício ao deus-macaco
Kong, aí os caçadores de petróleo descobrem que o tal do animal não só existe
de verdade, como tem 30 metros de altura! A partir daí, se desenvolve uma
história movimentada, com bastante tensão e alguns toques de humor – como, por
exemplo, os delírios de fama da mocinha e sua crença cega em tudo o que lê em
horóscopos românticos, ou as caixas de banana sendo atiradas pelos integrantes
da expedição para alimentar o esfomeado Kong. O chilique hilário da garota ao
ser capturada por Kong pela primeira vez é de uma atualidade inacreditável. Bridges
e Jessica formam o típico casalzinho clássico hollywoodiano: ele o herói forte
e destemido, ela a mocinha indefesa e ingênua. A atuação de Jessica é perfeita,
e graças a ela nenhuma daquelas poses forçadamente sexies que seu papel exige
que ela faça ficam artificiais. Bridges charmoso e misterioso faz o personagem
mais interessante de todos. Começa o filme com cara de bandido, mas depois se
transforma num doce príncipe. A parceria dos dois é muito fofa, eu devo dizer. “King
Kong” possui fotografia de Richard
Kline, que optou pelos tons escuros na maior parte do filme, para realçar o
clima sombrio. Junto com a trilha sonora de John Barry (o mesmo de “Em Algum Lugar do Passado” e “Dança
Com Lobos”), então, o resultado é infalível. A “cena do casamento” na
tribo é arrepiante, deixa o público com a respiração presa se perguntando “o que será que vai acontecer agora?”. Na
época do lançamento do filme, os efeitos especiais causaram enorme impacto, mas
talvez pareçam toscos aos olhos da geração atual, que provavelmente achará o
King Kong desta versão parecido com o macaco do “Pânico” (https://www.youtube.com/watch?v=Con2SnmFk9I).
Independentemente disso, os truques convencem – OK, estão longe da perfeição da
computação gráfica do Terceiro Milênio, mas convencem, sim. O momento mais apoteótico
é, sem dúvida alguma, a sequência em que King Kong apronta em Nova York (não venham me acusar de spoiler, pois com a quantidade de
vídeos e memes que há na Internet,
vocês obviamente já sabem que o bichão vai parar lá). E a bizarra parte do “show”
na grande metrópole, estrelando Kong e a bela mocinha, ironiza como um soco no
estômago o fato de que tudo, mas tudo mesmo, pode ser convertido em espetáculo
e/ou utilizado para criar publicidade – infelizmente, em pleno 2017 isso está mais verdadeiro que
nunca. Enfim, reserve um lugarzinho na sua coleção para este clássico épico,
lançado com uma qualidade surpreendentemente boa para uma embalagem tão barata,
feita de papelão. Custa em torno de R$7,00
e é um barato que não sai caro.
CURIOSIDADES
● “King Kong” ganhou o Oscar de Efeitos Especiais. Foi
indicado também nas categorias Melhor
Fotografia e Melhor Som.
● Na cena em que acorda de seu desmaio, após ser
resgatada de um bote no mar, a personagem de Jessica Lange está de batom. Oi?
● Inicialmente, Kong seria um gorilão mecânico
construído e manipulado pelo italiano Carlo
Rambaldi. Para baratear os custos, o maquiador Rick Baker confeccionou uma fantasia de macaco e encarnou ele mesmo
o personagem.
● As jóias usadas no filme por Jessica Lange foram
criadas pela Bulgari.
● O fenômeno “King Kong” inspirou também criações
de gente da música: em seu álbum “Waterloo”,
de 1974, o grupo sueco Abba gravou a faixa “The King Kong Song” (https://www.youtube.com/watch?v=RSi8rTyKohw),
inspirada na versão de 1933 do clássico. A letra, saída da cabeça do
guitarrista Bjorn Ulvaeus, tinha
versos como “eu estava vendo um filme
ontem à noite e pensei, preciso fazer uma canção sobre isso!”. Como boa
parte dos hits do Abba, “The King Kong
Song” possuía coreografia, mas não consegui achar nenhum vídeo dela. Já
aqui no Brasil, nos anos 80, a dupla Atchim & Espirro invadiu as paradas com “A Dança do King Kong”, cujo refrão grudento fez sucesso com gente
de todas as idades. https://www.youtube.com/watch?v=xYFYBOVBm0o Como deu certo, eles lançaram a “Dança do
King Konguinho”, na mesma levada da música original, sobre o filho que o
macaco gigante teve (https://www.youtube.com/watch?v=rz_Y1xlz1uY). E em 2012, o cantor Alexandre Pires foi acusado de racismo (!!!) ao colocar na Internet
o clipe de seu samba “Dança do Kong”,
repleto de dançarinos fantasiados de... macacos do “Pânico”! (https://www.youtube.com/watch?v=aweptUCLyIs)
EXTRAS
● Apenas trailers de três filmes lançados pela mesma
gravadora: “Tudo Acontece Em Nova York”, “Os Últimos Dias” e “O
Piano Mágico”. Por esse preço, exigir uma tonelada de extras seria
pedir demais.
EMBALAGEM
● Feita de papelão, mas com ilustrações iguais às da
capa da versão com caixa de plástico. Idéia muito boa, que poderia ser
aproveitada para lançar outros clássicos (filmes de Jerry Lewis, por exemplo) a um preço acessível.