Shane
Ano de produção: 1953
Direção: George Stevens
Elenco: Alan Ladd, Jean Arthur, Van Heflin,
Brandon De Wilde.
Duração: 117 min.
Colorido
Gravadora: Paramount
O título nacional é péssimo, totalmente inadequado a este
clássico do faroeste que fez um
sucesso enorme no início dos anos 50.
Conta a história de Shane (meu xará
de aniversário, Alan Ladd), um
misterioso forasteiro que chega a uma região repleta de posseiros que estão em
conflito com o dono da terra, Ryker
(Emile Meyer). Charmoso e bom atirador,
Shane faz amizade com Joe Starrett (Van Heflin), sua esposa Marian (Jean Arthur) e o filho do casal, Joey (o fofíssimo estreante Brandon
De Wilde), e passa a defendê-los. O pequeno Joey, que tem uma fixação em
armas e sonha em aprender a atirar, logo passa a idolatrar Shane e ver nele a
figura de um herói. O bicho pega quando Ryker decide expulsar os posseiros de
sua propriedade. Esta, aliás, é uma das muitas características que tornam o
filme atual: ele suscita debates sobre questões como a luta pela terra. A
trilha sonora composta por Victor Young
é belíssima e emocionante, e reforça a dramaticidade e a tensão crescente na
história. A fotografia em Technicolor
é um deslumbre – o filme, aliás, foi gravado realmente no Wyoming, onde a trama se passa. O elenco todo está bem afinado, com Alan Ladd charmosíssimo
e dando show, embora no comecinho do filme sua atuação seja mais teatral do que
o necessário. Brandon De Wilde é encantador, representando como se já fosse um
veterano. George Stevens, o mesmo
diretor de “Um Lugar Ao Sol” (1951)
e “Assim
Caminha A Humanidade” (1956),
faz aqui um ótimo trabalho. “Os Brutos Também Amam” é o tipo do
filme que vale a pena ser visto depois de décadas, e deixa reflexões como a
frase dita por Shane em uma das cenas: “A
arma é tão boa ou má quanto o homem que a usa.”
CURIOSIDADES
▪ “Os Brutos Também Amam”
foi o primeiro filme a ser projetado com o uso da técnica “flat widescreen”, formato inventado pela Paramount com o objetivo de oferecer ao público um panorama maior
do que aquele que a televisão, a
nova concorrente, era capaz de proporcionar.
▪ Acredite, o diretor
George Stevens queria Katharine Hepburn
para o papel de Marian, mas quem acabou interpretando a personagem foi Jean
Arthur, que não fazia um filme há 5 anos. Foi o último trabalho da loira no
cinema.
▪ Nos planos do
diretor estavam também Montgomery Cliff
como Shane e William Holden como Joe
Starrett. Como nenhum dos dois atores topou trabalhar no filme, Alan Ladd e Van
Heflin ficaram com os papéis. Coisa do destino ou não é?
▪ O pequeno Brandon de
Wilde também pode ser visto em outro western, “O Indomado”, de 1963, cuja resenha você também encontra
neste blog (Link: http://poltrona-r.blogspot.com.br/2016/06/dvd-o-indomado.html )
▪ Diversos filmes
fizeram referência a “Os Brutos Também Amam”, como o ultra-recente “Logan”,
onde o personagem Charles Xavier aparece assistindo ao clássico western em uma
das cenas.
▪ Em 2008, o AFI (American
Film Institute) citou “Os Brutos Também Amam” em 69º lugar (não ria, é sério) como
um dos mais importantes filmes de “gêneros tipicamente americanos” (seja lá o
que isso for) de todos os tempos. É, o AFI de vez em quando dá uma bola
dentro...
▪ “Os Brutos Também Amam” ganhou o Oscar de Melhor Fotografia Colorida (100% merecido).
EXTRAS
▪ Trailer original do
filme no cinema
▪ Comentários
(gloriosamente LEGENDADOS!!!) do diretor George Stevens e seu colega Ivan
Moffatt.
▪ É bacana comentar
também a facilidade de acesso ao filme: logo que você põe o DVD no aparelho,
aparece uma tela com apenas as opções “Inglês, Espanhol ou Português”. Você
clica em “Português” e o clássico já começa. (Aliás, não há versão dublada, só
legendada)
EMBALAGEM
▪ Simples, simples,
simples – pelo menos na versão que eu tenho. O luxo maior são as ilustrações de
interior do estojo. Existe também uma versão mais trabalhadinha, para colecionador,
com capa de papelão sobre o estojo. A versão mais fácil de achar, porém, é a
minha.
Trailer do filme:
FONTES
Nenhum comentário:
Postar um comentário