As imagens que vocês vão ver neste
vídeo foram gravadas nos bastidores do clássico “O Mundo do Circo”, de 1964. Nelas, John Wayne, Rita Hayworth e Claudia
Cardinale, os três astros principais, dão um tempinho nas filmagens e se
divertem fazendo graça e conversando. Embora “O Mundo do Circo” fosse
um filme colorido, esse vídeo foi feito em preto e branco. Há inclusive um
trecho da cena em que a personagem de Rita está no picadeiro. O vídeo encerra
com o circo (literalmente) pegando fogo! Fãs de Rita, fãs de Wayne e fãs de
Claudia, vale dar uma espiadinha!
segunda-feira, 24 de julho de 2017
quarta-feira, 19 de julho de 2017
FRED ASTAIRE- 30 ANOS DO ADEUS AO MESTRE DA DANÇA
Frederick
Austerlitz nasceu em Omaha, Nebraska
(EUA) em 10 de maio de 1899,
filho de pai austríaco e mãe alemã, ambos de origem judaica, convertidos ao Catolicismo.
Aos 5 anos de idade, ele já estava no palco, dançando junto com a irmã, Adele. No ano seguinte, o pai de
Frederick perdeu o emprego e se mudou com a família para Nova York, onde Frederick e Adele foram lançados na carreira
artística pelos pais. As duas crianças prodígio foram aconselhadas a mudar o
sobrenome para Astaire, pois lhes disseram que Austerlitz “parecia nome de
batalha”.
Frederick e Adele foram treinados em dança, dicção e canto e lançados
como atores do espetáculo teatral "Juvenile Artists Presenting an Electric
Musical Toe-Dancing Novelty", só com artistas infantis e adolescentes. Como
Frederick era muito baixinho, fizeram com que ele usasse uma cartola para
parecer mais alto. Adele e Frederick fizeram imenso sucesso, sendo considerados
“os melhores artistas mirins do teatro de variedades”.
Durante a
década de 1920, a dupla Fred e Adele Astaire atuou com sucesso em musicais na
Broadway e em Londres. Nessa época, o talento de Fred já começava a ofuscar o
da irmã, embora ela fosse talentosa também. Ele foi considerado o melhor
sapateador que havia nos palcos da época, e seus movimentos, inspirados nos de
dançarinos negros de jazz, impressionava não apenas os críticos, mas também as
plateias. Logo Fred e a irmã foram chamados para fazer um teste (cujas imagens
foram, infelizmente, perdidas, portanto, não adianta procurar no You Tube) nos
estúdios da Paramount. Porém, a Paramount considerou o casal de irmãos
“inadequado para atuar em filmes” (não, você não leu errado).
Em 1932, Fred
e Adele resolveram encerrar a parceria, pois Adele se casou com o primeiro
marido. Mesmo traumatizado com o fim da dupla, Fred resolveu, tentar o sucesso
na carreira solo. Um teste feito pelo ator nos estúdios da RKO (também perdido
junto com as imagens do teste) teve como seguinte avaliação: “Não sabe cantar.
Não sabe representar. É careca. Possui um pouco de talento para a dança” (sim,
você leu certo de novo!).
Em 1933,
porém, Fred Astaire fez sua estreia no cinema em “Amor de Dançarina”, em que
atuava ao lado de Joan Crawford. Como o filme (que também tinha Clark Gable no elenco) emplacou, Fred fez no mesmo ano um
filme curioso, “Voando Para o Rio”, que foi realizado com um brinquedo de avião
que se movia e um projetor projetando a tela fazendo a ilusão de voar. Foi
neste filme que Fred fez sua primeira parceria com Ginger Rogers. Tem gente que
jura que, nos bastidores, Ginger e Fred não se suportavam. Se for verdade, a
desarmonia era apenas nos bastidores, porque nas telas a química era, no
mínimo, perfeita.
A partir daí,
Fred Astaire se tornou o astro maior de musicais de Hollywood. Chegou a receber
uma porcentagem dos lucros dos estúdios sobre as produções em que atuou, coisa
extremamente rara naqueles tempos. Além disso, Fred tinha também autonomia
total sobre os números de dança que criava – uma de suas exigências era que as
coreografias e canções fossem totalmente integradas ao roteiro dos filmes.
Antes
de Fred Astaire, quando os dançarinos apareciam em filmes, o público via apenas
closes de partes do corpo deles. Fred foi o primeiro ator-dançarino que exigiu
ser filmado de corpo inteiro, nem que isso custasse ensaios intermináveis, que
muitas vezes esgotavam a paciência de quem trabalhava com ele. O mais
inacreditável era que, fora dos estúdios e dos palcos, Fred Astaire odiava
dançar. Dizia que as danças de salão o entediavam (mais uma vez você leu
certo!).
Apesar de ter
estrelado clássicos como “Ziegfeld Follies” (1946), “Bonita Como Nunca” (1942),
“Desfile de Páscoa” (1948), “Papai Pernilongo” (1955), “O Picolino” (1935), “A
Alegre Divorciada” (1934), “Cinderela em Paris” (1957) e “Melodia da Broadway”
(versão de 1940), e de ter atuado ao lado de gente tão lendária quanto ele,
como Judy Garland, Gene Kelly, Rita Hayworth, Cyd Charisse, Audrey Hepburn,
Lucille Ball e a própria Ginger Rogers, Fred só foi ganhar um Oscar em 1949,
“pelo conjunto da obra” (você leu certo de novo!). Para mim, isto é apenas mais
uma prova de que a Academia do Oscar é medíocre e sempre foi.
Fred Astaire
“foi embora” em 22 de junho de 1987, de complicações causadas por uma
pneumonia. Para a gente aqui, ficou uma herança artística riquíssima, que
influenciou artistas como Ryan Gosling e Michael Jackson, e continua a
impressionar quem assiste, mesmo tantas décadas depois. Obrigada, Fred, por seu
charme e talento que, como tão bem disse Clarice Falcão, ainda fazem nosso
coração sapatear.
Texto já publicado no site Blah Cultural https://www.blahcultural.com/
FONTES
terça-feira, 18 de julho de 2017
DVD – DE REPENTE, NO ÚLTIMO VERÃO
Suddenly, Last Summer
Ano
de produção:1959
Direção:Joseph L.
Mankiewicz
Elenco:Elizabeth
Taylor, Katharine Hepburn, Montgomery Clift.
Duração:114 minutos
Preto
& Branco
Gravadora: Columbia
Tristar
Que “tapa na cara da sociedade”, que
nada. Este filme é um soco no pâncreas! Junte no mesmo caldo uma milionária
excêntrica e poderosa com um estranho amor pelo filho falecido, uma jovem
esquizofrênica cujas lembranças são muito comprometedoras, um médico psiquiatra
frio e prático e os outros habitantes de uma cidade onde ninguém bate bem, e você
não terá ideia nem de metade do que é “De Repente, No Último Verão”. Insanidade,
lobotomia, pedofilia, homossexualidade e até canibalismo. Raras vezes na vida
você vai ver tantos temas tabus juntos, discutidos com tanta crueza, ao mesmo
tempo, e na mesma produção. Só que, ao contrário das novelas da Rede Globo, onde um apanhado de
assuntos polêmicos é jogado em uma mesma obra e tratado de maneira oportunista
com o único objetivo de atrair público, aqui as questões controversas se
entrelaçam umas nas outras e todas se encaixam perfeitamente na trama. É lógico,
afinal estamos falando de uma obra de Tennessee
Williams, que o próprio Tennessee adaptou para o cinema, com a ajuda de
outro autor renomado, Gore Vidal. O
diretor é Joseph L. Mankiewicz, o
mesmo cara genial que nos presenteou com “A Malvada” (http://poltrona-r.blogspot.com.br/2017/04/dvd-malvada.html). E
Tennessee + Mankiewicz = Polêmica no ar! Além dos dois autores clássicos e do
diretor extraordinário, o filme tem um elencaço: Katharine Hepburn, Elizabeth
Taylor e Montgomery Clift nos
papéis principais. Do enredo eu não posso contar muita coisa, porque aqui neste blog não se dá spoiler e nem
se faz nada para tirar a graça de filme nenhum para o público. Já que é assim,
vou contar só o que eu posso: Catherine
(Elizabeth Taylor), uma moça que presenciou a morte do primo, ficou tão
traumatizada que enlouqueceu por causa da tragédia. A mãe do rapaz, Violet (Katharine Hepburn), uma viúva
riquíssima e um tanto fora da casinha, também não digeriu ainda a perda dele. Ela
acredita que a sobrinha está apenas tendo alucinações, e tenta induzir o
neurocirurgião Dr. Cukrowicz
(Montgomery Clift) a fazer uma lobotomia na moça, com o objetivo de acabar com
a suposta loucura dela. Só que, ao começar a fazer um tratamento em Catherine,
a memória dela vai voltando aos poucos. O médico descobre que as visões que ela
está tendo são não apenas reais, mas também extremamente reveladoras. E o espectador
descobre o chocante motivo verdadeiro pelo qual Violet quer que a cirurgia seja
realizada em Catherine. A fotografia, em preto e branco, contribui para criar
um clima claustrofóbico e sinistro, deixando o público tenso e perturbado. A
genialidade da sequência final, em que passado e presente se misturam na tela e
na mente da personagem, tem efeito poderoso sobre quem assiste. Quanto às
atuações, não consegui encontrar ninguém que trabalha mal. Todo o elenco é
fantástico, mas Katharine Hepburn, no papel da velha louca, é magistral como
sempre, e faz com que qualquer um que assista ao filme queira matá-la de
pancada. Elizabeth Taylor está impressionante como esta personagem dificílima –
não sei como alguns a chamavam de canastrona. E Montgomery Clift não era apenas
um homem lindo e charmoso, era um tremendo de um ator. O dilema do seu
personagem mexe com o público – até onde se vai por dinheiro? Tipo do filme que
rende horas e horas de debate e discussão, e que é tão atual que merecia ser
exibido na televisão – se não na TV
aberta, pelo menos em um canal a
cabo. “De Repente, No Último Verão” é um filme difícil, mas
imperdível. Assista sem preconceitos.
CURIOSIDADES
● Indicado ao Oscar de 1960 em três categorias: Melhor Atriz (Elizabeth Taylor), Melhor Atriz (Katharine Hepburn) e Melhor Direção de Arte Preto & Branco. Venceu em apenas uma –
Elizabeth foi quem levou o prêmio para casa.
● Assim como eu, você deve estar se
perguntando como é que a Legião da
Demência, ops, da Decência, deixou passar um filme desses, extremamente
ousado para a época. É simples: vários diálogos tiveram que ser cortados. E
outros tiveram o vocabulário suavizado.
● O filme não foi gravado nos EUA nem no México, e sim em um estúdio da Inglaterra.
●
A trama foi inspirada num fato real: a irmã do autor Tennessee Williams sofreu
uma lobotomia.
EXTRAS
● Videofotomontagem com cenas de
bastidores – um pouco longa, mas interessante de ver. Será que é fan art aproveitada pela gravadora?
● Pôsteres coloridos do filme,
originais da época
● Fichas do diretor e dos três atores
principais (oh, por que não dá pra imprimir nada disso?)
●Trailer original do filme e de
outros DVDs da Coleção Columbia Classics:
“Os
Amores Secretos de Eva” (“Queen Bee”), “A Mulher Faz O Homem” (“Mr Smith Goes
To Washington”) e “Meus Dois Carinhos” (“Pal Joey”).
● Um detalhe curioso é que o DVD possui dois lados: o Lado A contém
o filme totalmente restaurado e remasterizado (tanto a restauração quanto a
remasterização são excelentes); e no Lado B, o espectador tem a chance de
conferir o clássico do jeitinho como ele foi lançado no cinema em 1959. Eu, pessoalmente, preferi
assistir à versão restaurada, mas neste DVD os fãs mais “fundamentalistas” de
cinema da Velha Guarda têm opção.
EMBALAGEM
● Normal, sem luxo algum. Um
filmaço destes merecia mais.
Link
do Trailer:
FONTES
DIRETO DO YOU TUBE - Comercial da Coca-Cola com Marilyn Monroe
Isso mesmo, e original! Esta propaganda
da Coca-Cola é dos anos 60, época em que a estrela
estava no auge, mas utiliza cenas do filme "O Segredo das
Viúvas", de 1951, que esta blogueira aqui nunca assistiu. O
ator que aparece no anúncio é Jack Parr. Só mesmo em tempos
pré-politicamente corretos uma mulher podia ter um corpo perfeito
desses e trabalhar num comercial de refrigerante, insinuando que é
bom para ela. Nem eu acreditei. O melhor é a frase que ela fala no final: "Detesto
homens ciumentos!"
sábado, 15 de julho de 2017
“MITAGENS 2 – A MISSÃO”: MAIS FRASES ESPETACULARES DOS ÍCONES DO CINEMA CLÁSSICO
Publicada em 30 de agosto de 2016,
a matéria “Frases - As Maiores “Mitagens”
dos Mitos do Cinema Antigo” (http://poltrona-r.blogspot.com.br/2016/08/frases-as-maiores-mitadas-dos-mitos-do.html)
causou uma repercussão que eu não esperava, e o número de acessos a ela não
pára de crescer.
Como deu certo, resolvi fazer esta matéria como uma espécie de continuação da anterior, especialmente para saciar a
sede de meus leitores por mais frases
lacradoras daquelas criaturas de quem você pode até nunca ter ouvido falar,
mas que foram quem fez o cinema ser o que é hoje em dia. Com vocês, maaaais
mitadas cinematográficas históricas!
“Queridinha, já que é para você ter duas
caras, faça com que pelo menos uma delas seja bonita”.
MARILYN
MONROE
“O álcool
pode ser o pior inimigo do homem, mas a Bíblia diz que devemos amar nossos
inimigos”.
FRANK
SINATRA
“Eu
planejava ter um marido e sete filhos, mas o que acabou acontecendo foi
justamente o contrário”.
LANA TURNER
“Meu único problema é arranjar um jeito de
interpretar minha quadragésima mulher vadia de uma maneira diferente da
trigésima-nona”.
BARBARA
STANWYCK
“Eu fazia
parecer que eu tinha convidado a plateia a entrar na água comigo, e dava a
sensação de que estar lá era absolutamente delicioso”.
ESTHER
WILLIAMS, explicando a razão do seu sucesso
“Quando um
homem dá sua opinião, ele é homem. Quando uma mulher dá sua opinião, ela é uma
vagabunda.”
BETTE
DAVIS, uma campeã de mitagens, ironizando o machismo da sua época (Que frase
atual!)
“A ideia de
que a minha vida é um conto de fadas é que é um conto de fadas”.
GRACE KELLY
“É um
dividendo extra quando você gosta da garota por quem você se apaixonou”.
CLARK
GABLE, mostrando que não era tão diferente assim do Capitão Rhett Butler
“Preciso de
sexo para ter uma pele bonita, mas prefiro fazer por amor”.
JOAN
CRAWFORD
“Um cavalheiro é um sujeito que jamais fere os sentimentos de alguém sem querer”.
ORSON WELLES
“Não é
conquista pessoal nenhuma ter nascido bonita”.
LORETTA
YOUNG
“Dez homens
à minha porta esperando por mim? Mande um deles para casa, estou cansada!”
MAE WEST, a
rainha absoluta das mitagens
“Os filmes
eram muito melhores na época em que eu trabalhava neles”.
RITA
HAYWORTH, cheia de razão
“Qualquer
garota pode ser glamourosa, basta ficar parada e parecer uma idiota”.
HEDY LAMARR
“Fui um moleque de 13 anos durante 30 anos”.
MICKEY
ROONEY, ironizando o fato de ter aparência de garoto durante décadas – e de que,
por isso, só lhe davam esse papel.
“Sou um
diretor com estilo próprio. Se eu fizesse ‘Cinderela’, a plateia logo iria
procurar um cadáver dentro da carruagem”.
ALFRED
HITCHCOCK
“O segredo
para permanecer jovem é viver honestamente, comer devagar e mentir a idade”.
LUCILLE
BALL
GIF DO DIA - 15/07/2017
Como hoje faz 20 anos que meu pai faleceu, e, como vocês, sabem, este blog jamais existiria se não fosse pela influência do meu pai na minha vida, eu resolvi prestar uma homenagem a ele e escolhi um gif do filme que ele mais amava, "Casablanca", com o mega-ídolo dele, Humphrey Bogart. Obrigada por tudo, pai. Saudades das tardes e madrugadas vendo filmes juntos. Que Deus te ilumine, onde quer que você esteja.
quinta-feira, 6 de julho de 2017
DVD – BONITA COMO NUNCA
You Were Never Lovelier
Ano
de produção: 1942
Direção: William A.
Seiter
Elenco: Fred
Astaire, Rita Hayworth,
Xavier Cugat, Adolphe Menjou.
Duração: 97 minutos
Colorido/
Preto & Branco
Gravadora: Classicline
Há exatamente 30 anos o cinema ficava
mais triste, mais pobre, menos inteligente. O mundo perdeu dois grandes ícones
da melhor fase de Hollywood em 1987 – Rita Hayworth e Fred Astaire.
E com diferença de pouco mais de um mês entre a partida de um e de outro. Não
sei o que eu posso dizer aqui que eu já não tenha dito sobre essa dupla
sensacional, mas escolhi este filme, com Fred
e Rita juntos, para homenagear ambos ao mesmo tempo. É o tipo de produção
que faz bem para a alma, com elenco de primeira, direção impecável, trilha
sonora sensacional (composta por dois caras geniais e executada pela orquestra
de um cara genial) e números de dança que nunca, nunca na sua vida você vai ver
alguém fazer igual. Certo, você já deve ter visto esses números de dança em
vídeos no You Tube, mas aqui você
vai vê-los com a música original e,
melhor ainda, dentro do contexto de uma história deliciosa, doce como aquelas
balas do nosso tempo de infância, quando clássicos desse naipe eram exibidos na
Sessão da Tarde Que Prestava. A trama
é ambientada (só ambientada!) em Buenos
Aires. Eduardo Acuña (Adolphe Menjou) é um magnata argentino que
tem quatro belas filhas, a mais velha delas já casada. Só que ele exige que
elas se casem por ordem de idade. E a segunda filha, Maria Acuña (que por acaso é a Rita
Hayworth), não tem a mínima vontade de subir ao altar, para desespero das
duas irmãs, Cecy (Leslie Brooks) e Lita (Adele Mara). Como
o pai só libera as duas filhas mais novas para casarem se Maria arranjar um
marido, e as caçulas estão cansadas de ser solteiras, eles bolam um plano: Eduardo
passa a enviar flores e escrever cartas para Maria, dizendo que é um admirador
secreto. Maria cai na armadilha. Para complicar ainda mais a situação, o artista
americano Robert Davies (que por
acaso é o Fred Astaire) chega à Argentina para fazer um show e se
encanta por Maria, e ela passa a acreditar que Robert é o autor das cartas
misteriosas. Onde isso vai dar? Bem, vejam o filme. Os números de dança,
regados à música de Jerome Kern &
Johnny Mercer interpretada por Xavier
Cugat e sua orquestra, são espetaculares (a cena de Fred Astaire dançando
um “tango-sapateado” no escritório é coisa fora do normal). Gus Schilling, como o atrapalhado Fernando, é o alívio cômico da trama.
Roteiro bem escrito e números de dança que se encaixam na história, em vez de serem
aqueles “tapa-buracos” que só enchem a paciência do espectador. Rita Hayworth,
em um papel pouco comum em sua carreira (o de mocinha boazinha), dá show assim
mesmo, tanto de dança quanto de interpretação, vivendo uma personagem que hoje
até poderia ser tachada de feminista, pois aparentemente é independente e não
quer se prender a homem nenhum – mas só aparentemente. A genialidade de Astaire
parece não ter limites: além de ser um baita ator que cantava muito bem e dançava
absurdamente, ele ainda tocava violão, e bem! Os figurinos de Rita vão deixar a
mulherada louca de inveja (eu, pelo menos, fiquei!). A restauração é de boa qualidade, tanto de som quanto de imagem,
coisa rara de se ver no Brasil. Enfim,
vale investir neste DVD. Uma comédia
musical de costumes para ver e sonhar, sem ter vergonha nenhuma disso.
CURIOSIDADES
● Embora se passe em Buenos
Aires, Argentina, “Bonita Como Nunca” foi todo gravado dentro dos estúdios da Columbia Pictures. E antes que os
antiamericanos venham aqui espernear, aviso que o filme é um remake de uma produção argentina, “Los
martes, orquídeas”, que também era um musical, e cujo diretor era Francisco Mugica (essa nem eu sabia!).
● Fred Astaire sempre disse que Rita
Hayworth foi a melhor parceira com quem ele já tinha contracenado na vida.
EXTRAS
● Não tem
EMBALAGEM
● Simplérrima e de bom gosto. Só
me pergunto por que cargas d'água Rita Hayworth está loira na foto (colorizada)
da capa do DVD, se no filme ela aparece de cabelos escuros.
Link do Trailer:
FONTES
quarta-feira, 5 de julho de 2017
TATUAGENS DE ÍDOLOS – QUANDO A ADORAÇÃO FICA GRAVADA NA PELE
Fãs alucinados por ícones do cinema clássico fazem loucuras para
homenagear seus ídolos – desde colecionar objetos relacionados a eles até
copiar suas roupas. Mas tem gente que acha que essas coisas não são
suficientes, e decide estampar na própria pele a imagem dos artistas que admira.
Durante um tempão eu fiquei coletando estas imagens na Internet até ter material
suficiente para criar esta matéria. O resultado valeu a pena. Há tatuagens
impressionantes de mitos do cinema das antigas, muito bem feitas e criadas a
partir de fotos escolhidas com muito bom gosto.
Nenhuma dessas tatuagens é minha. E eu não conheço os donos de nenhuma
delas. As imagens exibidas que ilustram esta matéria foram colhidas no Google,
no Facebook e no Pinterest. e em alguns sites de estúdios de tatuagem. Ainda assim, quero parabenizar os tatuadores pelos
trabalhos esteticamente perfeitos e minuciosos. Os donos das tattoos também
merecem meu agradecimento, por terem postado na Internet as fotos que vocês vão
ver aqui.
Agora, vamos às demonstrações de adoração (literalmente) à flor da pele
pelo cinema clássico – as tatuagens de
ídolos clássicos da sétima arte.
FONTES
https://www.modernagetattoo.com/?lightbox=image_1zle
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