Tudo começou 5 anos atrás, quando uma jovem alemã que não gosta de se
identificar, mas que é uma assumida adoradora da diva Rita Hayworth (1918-1987),
resolveu fazer uma despretensiosa homenagem à eterna Rainha da Columbia,
mostrando que ela era muito mais do que a (excelente) Gilda. A música escolhida
foi “Stayin’ Alive”, clássico dos Bee Gees de 1977. Inacreditavelmente, o
precioso trabalho de edição da garota fez com que a seleção de imagens de
filmes da Rita – todos das décadas de 1930 e 1940, é claro – combinasse
perfeitamente com a canção. Resultado: o vídeo viralizou mundo afora e ganhou comentários
positivos até da parte do coreógrafo Ivaldo Bertazzo (link do vídeo incluído nesta matéria) aqui no Brasil.
Elogiado por gente de todas as áreas, o trabalho da moça que insiste em
não mostrar a cara deu origem a milhares de montagens semelhantes no You Tube,
e fez algo que para mim é uma benção: despertar o interesse de pessoas de todas
as idades na história do cinema, e deixar as novas gerações boquiabertas diante
do talento de artistas que precisavam de pouca ou nenhuma tecnologia para
mostrar seu talento.
Esta matéria é uma seleção de vídeos para quem quer entrar no You Tube e
curtir algumas destas montagens.
1 – RITA HAYWORTH IS STAYIN’ ALIVE
O vídeo que já nasceu clássico e que deu origem a todos os outros. Como
bem disse Ivaldo Bertazzo, “Isso é dança, e não a Eguinha Pocotó”. Quem não
conhece Rita Hayworth, ou só a conhece do filme “Gilda” ou só a conhece do
vídeo do Michael Jackson ou do clipe da Lana Del Rey, vai ter a chance de se
impressionar com o que Ritinha era capaz de fazer em cima de um palco e/ou
diante de uma câmera. Os parceiros da diva também não ficam atrás: Gene Kelly, Frank Sinatra, e outros homens lindos, charmosos e geniais.
Crítica de Ivaldo Bertazzo sobre este vídeo:
2 – UPTOWN FUNK
Outro que foi imitado, roubado, etc. Na mesma pegada do vídeo anterior,
esta montagem, de autoria do site britânico Nerd Fest UK, também é
incrivelmente bem feita, e ousa ainda mais: coloca nossos ídolos da Velha
Guarda de Hollywood para dançar ao som de um hit de agora, “Uptown Funk”, de
Mark Ronson. A lista de feras que aparecem é interminável e eu não vou postá-la
inteira aqui, mas entre eles estão Judy Garland, Gene Kelly, Shirley Temple,
Lucille Ball, Ginger Rogers e Fred Astaire...
3 – SEXY TRIBUTE TO GENE KELLY
Não é nenhuma novidade que eu sou maluca por este homem. E esta montagem
é pras menininhas. A música não poderia ter sido mais bem escolhida: “Nasty
Naughty Boy”, de Christina Aguilera, do disco “Back To Basics”, que a cantora
dedicou aos seus ídolos da Hollywood da Era do Jazz. Dedicada aos momentos “extremamente
calientes” da carreira de Gene “Gênio” Kelly, é uma belíssima lição de que um
sujeito não precisa ser bombado nem ficar nu para enlouquecer as mulheres.
4 - ELVIS PRESLEY – ROCK DANCER
Alô, elvismaníacos, vocês não foram esquecidos! Da série “Como É Que
Ninguém Pensou Nisso Antes?”, esse vídeo é uma colagem de momentos em que o Rei
do Rock exibe seu talento de dançarino. Com direito a explicações dos passos,
contando a história de cada um! A única coisa que eu não entendi foi por que a
música escolhida não foi do próprio Elvis Presley, que tem incontáveis canções mais
legais em seu repertório que se encaixariam neste ótimo trabalho de edição e
pesquisa. Um alerta: este vídeo pode causar excesso de babação crônica.
5 – MONTAGE OF MARILYN MONROE - FADE AWAY AND RADIATE - BLONDIE - 1978
Preparem os lenços! O vídeo é uma homenagem a Marilyn Monroe, e abusa
dos efeitos que criam uma sequência de imagens desbotadas, que nos transmitem a
ideia do que Marilyn, afinal de contas, foi – um ser encantador, irreal,
que passou pela Terra muito rápido, inspirou muita gente e continua
insubstituível.
6 – CHARLIE CHAPLIN - FILMOGRAPHY MONTAGE / TRIBUTE (MOBY)
Mais uma combinação interessante de trilha atual com filme antigo. O
autor conseguiu reunir um monte de cenas de filmes de Charles Chaplin em meros
3 minutos – os 3 minutos de duração de uma música do Moby. Para vocês verem que
o homem mais comunicativo que já existiu nunca precisou dizer uma palavra para
transmitir o que sentia.
Conteúdo publicado em 05/02/2016 no site Blah Cultural
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