Ainda não estou
acreditando na repercussão que o especial “Meus
15 Momentos Favoritos de Rita Hayworth” (http://poltrona-r.blogspot.com.br/2016/10/meus-15-momentos-favoritos-de-rita.html) teve. Eu achava que meia dúzia de
gatos pingados iria ler o texto e o resto iria passar batido. Que nada! A matéria que fiz com
uma seleção de vídeos da minha ídola fez com que uma legião de ritamaníacos
brotasse daqui e dali, e não só visse como divulgasse meu trabalho pela web. Mil
vezes obrigada, galera! É assim que a gente chega ao sucesso. Vocês estão de
parabéns!
Como meu bônus
especial de final de ano para todos vocês que ajudaram meu blog a crescer,
estou compartilhando aqui um filme da
Rita que eu amo de paixão, e que fez parte da minha infância, pois era
exibido na Rede Globo no início dos anos 80, na Sessão da Tarde Que Prestava. “Quando Os Deuses Amam” é um delírio
Technicolor de 1947, um clássico que mistura a mitologia grega
com a Era do Jazz, a estética pin-up e os musicais da Broadway. No centro de tudo está Rita Hayworth, dando um dos seus
maiores shows de atuação e em sua fase mais bonita. Vergonhosamente ainda não
existe o DVD deste filme no Brasil, mas alguma alma bondosa o compartilhou,
inteiraço e legendado em português, no
You Tube.
Imagine que,
em plena década de 1940, nos EUA, um diretor de teatro está montando
uma peça musical satirizando a lenda de Terpsícore,
a deusa grega das artes cênicas. Detalhes: a trilha sonora é jazzística e
as Musas são todas interpretadas por pin-ups. Enquanto isso, lá no Monte Olimpo, a própria Terpsícore (Rita Hayworth) fica
sabendo da história e resolve descer à Terra
para impedir, ela mesma, que os humanos desalmados a ridicularizem e a retratem
como uma devoradora impiedosa de homens. Acontece que o produtor da tal peça (vivido
por Larry Parks) é um fofo e ela cai
de amores pelo cara, e não quer mais ir embora do mundo dos mortais.
“Quando
Os Deuses Amam” foi dirigido por Alexander
Hall, e tem uma fotografia muito louca e colorida, criada, acredite, por Rudolph Maté, o mesmo de “Gilda”.
Foi uma das maiores bilheterias de 1947,
embora (adivinheeeeeee!!!) tenha sido execrado pelos críticos da época, que o
consideraram um lixo cultural. Sem querer ser arrogante, admito que não confio
muito na chamada “opinião dos experts” – na maioria das vezes, ela só me
mostrou o que eu não devo assistir,
ao chamar de geniais e imperdíveis coisas que quase sempre eu considero um
porre. E destruindo artistas fenomenais,
incrivelmente talentosos, como fazem desde aquela época com Rita Hayworth. Eu sou fanática por Rita
e ouso dizer que “Quando Os Deuses Amam” é um filme que ela praticamente carrega
nas costas, pelo menos em termos de brilho pessoal. Deixo claro que considero todo o elenco de “Quando Os Deuses Amam”
extremamente competente, mas para mim o ator principal, Larry Parks, não tem carisma suficiente
para o papel. Deviam ter colocado no lugar dele o maravilhoso e genial Gene Kelly, esse sim com cacife para
dividir a cena com a Rainha da Columbia
Pictures.
A trilha
sonora, de autoria de George Duning, Heinz
Roemheld, Doris Fisher e Mario
Castelnuovo Tedesco, tem canções maravilhosas, e eu duvido que você não
termine o filme com o refrão “Therpsicore,
Therpsichore” na sua cabeça. Os figurinos são de Jean Louis, um gênio anônimo que o sucesso de Rita como estrela da Columbia elevou ao posto de estilista
queridinho das divas - ele depois vestiu também Doris Day, Marilyn Monroe
e Lana Turner. (Ainda pretendo fazer
uma matéria sobre ele, podem me cobrar). Inclusive, “Quando Os Deuses Amam” serviu de inspiração assumida para outro
filme de infância meu, o musical disco “Xanadu”, de 1980, com Olivia Newton John e o veterano, mas
ainda lindo e genial, Gene Kelly (Sim!
Ela contracenou com ele! Se inveja matasse, eu estaria mortinha faz tempo!!!).https://www.youtube.com/watch?v=pp1qNDgrK4w
Os números de
dança foram coreografados por Jack Cole,
criador dos movimentos da Rainha da
Columbia em “Gilda”. Muita
coisa, no entanto, foi improvisada durante as gravações.
Observe que, como este é um filme de
1947, os números de dança foram quase todos filmados em uma tomada só, pois
naquela época não haviam os recursos mirabolantes de edição que existem hoje. Ou você era artista de verdade, ou você era
artista de verdade. Não se tinha opção. Deus do céu, como eu amo a Hollywood dos anos 30 e 40!
Rita Hayworth impressiona nos números
de dança de “Quando Os Deuses Amam”, deixando o público encantado como
fazia há sete décadas. Inexplicavelmente para mim, cerca de 95% dos historiadores
e críticos de cinema considera Rita “uma
moça com belas curvas e nenhum talento artístico”. Se após ver este filme
você ainda concordar com os críticos, olha, sinceramente, eu desisto e vou escrever sobre outro assunto.
Brincadeirinha, hehehe... Filme completo aí abaixo.
Brincadeirinha, hehehe... Filme completo aí abaixo.
FONTES
A Rita, que não é aquela do grande Chico, teria que pagar com este tributo o dom recebido da grande Musa!
ResponderExcluirObrigada por comentar! Bjs
ExcluirA Rita, que não é aquela do grande Chico, teria que pagar com este tributo o dom recebido da grande Musa!
ResponderExcluirRita HAYWORTH está lindíssima neste filme.
ResponderExcluirQue linda talentosa atriz.
ResponderExcluirPara mim é mais bela das belas.
ResponderExcluirFilme maravilhoso Rita Hayworth foi uma estrela única.
ResponderExcluirConcordo! Obrigada por comentar. Abraços!
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