sábado, 3 de dezembro de 2016

DVD - O SERESTEIRO DE ACAPULCO

Fun In Acapulco
Ano de Produção: 1963
Direção: Richard Thorpe
Elenco: Elvis Presley, Ursula Andress, Alejandro Rey, Elsa Cardenas.
Duração: 97 min
Colorido
Gravadora: Paramount



Atendendo a milhares de pedidos, centenas de cartas e uma tempestade de telegramas, finalmente, depois de quase um ano no ar (ufa!) um filme do Elvis Presley. Sim, eu sei que é vergonhoso, mas como boa parte da escolha dos filmes é baseada em material que eu encontro em DVD original (que isso fique bem claro), muita coisa eu acabo deixando de fora simplesmente por não ter achado de fonte legal. Este filme de 1963 saiu em DVD pela gravadora Paramount (que, aliás, está esperando o quê para relançar mais da obra cinematográfica do Rei do Rock’n’Roll, e de preferência em edições acessíveis (tipo Lojas Americanas e/ou bancas de jornal?). Elvis está gato como nunca, no auge da carreira, cercado por um cenário maravilhoso (que você deve conhecer como “o ‘Guarujá’ do episódio especial do Chaveshttps://www.youtube.com/watch?v=8ms93BAs6rM ) e ganhando muitas garotas. Ou seja, a fórmula dos filmes do cantor, que era a mesma sempre, mas que a gente não enjoa nunca. O filme é uma delícia exatamente porque a história é totalmente inverossímil. E porque Elvis é lindo e a voz de Elvis é linda até falando. Aqui ele é Mike Windgren, um pobre coitado que trabalha em um barco na baía de Acapulco. Janie (Teri Hope), a fogosa filha adolescente do patrão, vive dando em cima do rapaz, até criar um incidente em que ele é demitido. Sem emprego e sem ter onde cair morto, Mike fica amigo de um moleque malandro, Raul (Larry Domasin, dando show de atuação), que arranja para ele um emprego de cantor em um luxuoso hotel. No local, ele cruza com duas beldades, Margarita Dauphin (vivida por Ursula Andress, também no auge da beleza) e Dolores Gómez (Elsa Cardenas). Encontra também um adversário, o cantor Moreno (Alejandro Rey). E encontra ainda com seu passado, mas vou parar por aqui ou vai rolar um #Spoiler. Em sua versão DVD, “O Seresteiro de Acapulco” chega com excelente qualidade de áudio e vídeo que faz jus ao material. A trilha toda é fantástica, uma fusão muito especial de rockabilly com música latina. Dois públicos em especial vão se deleitar: um é a geração dos meus pais, o pessoal que foi adolescente naquela época – a Geração do Rock, que viu este ritmo surgir e hoje tem netos. O outro é a galera da minha idade, que curtiu os filmes do Elvis na Rede Globo, na Sessão da Tarde Que Prestava, lá pelo início dos anos 80. Como não podia deixar de ser, como se trata de um filme americano, o clássico inclui alguns estereótipos que o povo dos EUA tem daqueles países que ficam abaixo do Rio Grande (como uma das canções, que diz “Você nunca pede água quando está ao sul da fronteira”). Ou a inclusão de um hit chamado Bossa Nova Baby, sendo que a nossa bossa nova não tem nada a ver com a música mexicana (https://www.youtube.com/watch?v=HC1V5Ki6LWI). Tem números musicais o tempo todo, às vezes em momentos em que não seria muito necessário – mas ouvir Elvis nunca é demais.





Curiosidades:
Elvis Presley não gravou nenhuma cena do filme no México – toda a parte dele foi filmada em estúdio. Como o cantor não foi a Acapulco, um colunista local de fofocas publicou uma falsa declaração de Elvis de que ele “não se incomodaria de ir ao México por considerá-lo um país cafona” e “preferia beijar três mulheres afrodescendentes a dar um beijo numa mexicana”. Isso gerou boicote das rádios e lojas de discos mexicanas ao Rei do Rock. Mas hoje se sabe que não passa de uma invenção.
Edith Head (1898-1981), a estilista mais badalada de Hollywood na época, criou o figurino desse filme.
▪A canção Bossa Nova Baby entrou no Top 10 da parada de sucessos na revista Billboard. O single da música, aliás, chegou às lojas um mês antes do álbum completo da trilha sonora.
“O Seresteiro de Acapulco” está entre as maiores bilheterias de 1963, e foi o último lançamento de Elvis Presley no cinema antes da chegada da Beatlemania.
▪O produtor do clássico é ninguém menos que Hal Wallis (1899-1986), o mesmo gênio que nos deu jóias como “Casablanca” e os incríveis filmes de Jerry Lewis & Dean Martin. Quase toda a série do Elvis no cinema, aliás, saiu da cabeça deste cara.
The Jordanaires, banda que tocou com Elvis inúmeras vezes, faz os backing vocals na trilha sonora do filme. 


EXTRAS DO DVD: Inacreditavelmente, vergonhosamente, não tem nenhum.

Embalagem: Bem basiquinha, com desenhos na parte de dentro do estojo e só.



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