Algumas pessoas têm me dito que estão encontrando dois blogs chamados
Poltrona R na Internet. Ou que digitaram “Blog Poltrona R” no Google
e o blog que elas encontraram não foi o meu. Infelizmente, existe mesmo um blog que se tornou “xará” do meu sem a minha
autorização. Deixem, então, eu explicar isso melhor.
No dia 16 de dezembro de 2015, entrava no ar um sonho meu realizado: o Blog Poltrona R, só sobre filmes
produzidos antes de 1980. Afinal, eu não encontrava nenhum site na Internet brasileira que falasse sobre
este assunto, e os poucos que eu achava não tinham aquele estilo
despretensioso, bem “conversa de bar”, que eu tanto gosto. Após meses
pesquisando como se tornar blogueira, coloquei o Poltrona R no ar. Não apenas para
me conectar com outras pessoas que sabem que o cinema não começou em 1980, mas
também para servir como uma vitrine para
os meus textos. Sou tradutora,
revisora e redatora de textos, e é daí que vem o meu sustento.
Por volta de julho de 2016, apareceu na Internet um outro blog que não apenas se chamava Poltrona R, como
também tinha um endereço praticamente idêntico ao meu (a única diferença
era que o endereço do meu blog tem um tracinho no meio). Ironicamente, o blog “xará”
fazia exatamente tudo o que o meu não faz: falar só sobre filmes feitos de 1980
em diante e, o que é pior, divulgar
links para downloads ilegais. Isso sem contar que o autor do tal blog não
mostrava a cara e nem mencionava o próprio nome. De cara isso me enfureceu, e
eu precisei redigir um texto explicando a situação aos meus leitores (http://poltrona-r.blogspot.com.br/2016/12/gente-o-assunto-agora-e-serio.html).
Mas isso não era nem metade do que
estava por vir. Por causa deste blog homônimo do meu, tive vários prejuízos;
por exemplo, perdi logo de cara uma parceria com uma gravadora especializada em
DVDs de filmes Old School, porque
gente da empresa confundiu meu blog com o outro e pensou que eu divulgava
material ilegal. Acabei também perdendo trabalhos, pois ninguém quer se ver
envolvido com pessoas que violam direitos autorais de terceiros.
Tratei de reagir rápido, registrando
como meu o domínio www.poltrona-r.blogspot.com.br.
Vendo que não podia registrar esse domínio como dele, meu misterioso
concorrente, talvez para não ser confundido com o verdadeiro Poltrona R, mudou
seu endereço para poltronarfilmesonline.com. E o que eu achei hilário: passou a colocar filmes pré-1980 em seu
blog, com o ano de produção deles do lado dos títulos, e copiando o estilo da
fichinha das minhas resenhas de DVD. Na verdade, eu só não digo que foi
hilário porque eu acho isso uma tristeza.
Sim, tristeza. Desde que meu blog
entrou no ar, eu jamais divulguei
qualquer tipo de material protegido por direitos autorais. As ilustrações e
vídeos que eu publico são todos para fins ilustrativos – tanto é que os vídeos
são todos do You Tube e as
ilustrações sempre têm suas fontes
citadas. E eu nunca recebi nenhum
tipo de advertência de violação de direitos autorais desde que o meu blog
entrou no ar.
Embora eu não exponha muito minha
própria vida, jamais tive “identidade secreta”. Não apenas mostro o rosto, como
assino tudo que escrevo com meu nome verdadeiro (embora haja gente que não acredite
que Renata Argarate é meu nome de
batismo, ele é). Meu trabalho é tão verdadeiro quanto o meu nome, e eu tenho o ideal de divulgar filmes que
foram importantes para mim, pois acredito que assim mais pessoas,
principalmente de gerações mais novas, possam conhecê-los. Porém, não é só
isso. Faço resenhas de DVDs para
incentivar o leitor a comprá-los, porque quero que as famílias dos artistas (e
os poucos deles que ainda estão vivos) ganhem, pelo menos, um pouco de
dinheiro. Esta é a minha maneira de retribuir, da forma como posso, o valor
incalculável que a obra deles teve e ainda tem na minha vida.
Outra vez quero deixar claro que não desejo nenhum tipo de mal para os donos
do “outro” Poltrona R. Apenas quero convidá-los a refletir sobre uma coisa:
muitas
vezes nós achamos que estamos sendo espertos, que estamos fazendo algo bacana,
mas na realidade estamos prejudicando alguém. E, muitas vezes, podemos estar
prejudicando a nós mesmos sem saber.
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