domingo, 26 de junho de 2016

TÁ NA CARA, TÁ NA CAPA DA REVISTA

Revistas de fofocas, tipo “Caras”, não são coisa nova. Para falar a verdade, elas existem desde que o cinema começou a se popularizar e se tornar uma indústria. Inventar promoções malucas e bolar matérias curiosas para vender revista é algo que também não foi criado ontem. E as divas e deuses do cinema antigo (bem antigo, aliás) não escaparam de ser o tema destas matérias – algumas que, inclusive, deveriam ser um verdadeiro escândalo na época.

Ao fuçar no Google Imagens para fazer este post, me deparei com capas de revistas de cinema da época da Hollywood Clássica; da grande maioria dessas revistas só se pode ver a capa, pois não há fotos das matérias do interior delas. Mas nem sei se precisou. As capas foram o suficiente para eu me surpreender com a criatividade tanto dos marqueteiros quanto da imprensa sensacionalista da época. E quando digo “época”, estou me referindo aos anos 1930, 1940, 1950 e 1960. Esse pessoal era tão talentoso para promover os artistas, driblar a censura e vender publicações quanto os próprios astros e estrelas eram para atuar, cantar e dançar. A diferença é que, naquela época, os artistas eram muito mais talentosos. Que pena...

Separei nesta matéria algumas das capas mais curiosas de antigas revistas sobre celebridades do cinema. Algumas são simplesmente inacreditáveis. Divirta-se!



KIM NOVAK, Movie Stars,  anos 50 – A matéria da capa com a estrela de “Um Corpo Que Cai”, o clássico de Alfred Hitchcock de 1958, diz: “O que os astros usam na cama” (pra dormir, é?)



LORETTA YOUNG, Motion Picture, anos 40“Como ganhar os homens bonitões e influenciar os parentes”, por Loretta Young. Pra vocês verem como naquela época já se vendia “receita de bolo” para o que não tem receita...



LUCILLE BALL e filho, Quick, 1953“O bebê de 8 milhões de dólares”... Ô, Lucille! Corujice de mãe tem limites!



JEAN HARLOW E MAE WEST, Hollywood, anos 30 - Dois diferentes pontos de vista sobre o mesmo assunto: Mae West diz “Eu lutaria para segurar meu homem”, e logo abaixo, Jean Harlow declara que “Não vale a pena lutar por homem nenhum” Qual delas será que tinha razão? 



MARLENE DIETRICH, Photoplay, provavelmente década de 1930“O homem que toda Hollywood teme” Quem seria? O Conde Drácula, hehehe?



RITA HAYWORTH, Esquire, 1972 – Que diabos era isso? A eterna Gilda abraçando um boneco no mínimo esquisito na edição de Natal. Seria ele um primo do E.T.?



TYRONE POWER, Motion Picture, anos 30  – A manchete na capa da revista questiona: “Por que os astros de cinema enganam o público?” Porque é a profissão deles, oras!



JANE RUSSELL, Hollywood, anos 50 – O engraçado nesta capa não é  a Jane, e sim a matéria de capa intitulada “Os 12 homens que Rita Hayworth levaria para uma ilha deserta”. Pô, será que ela iria dar conta de todos?



CAROLE LOMBARD, Photoplay, anos 30“Loiras e curvas significam guerra” era a frase da capa da revista, que servia para promover o novo filme de Carole, para pavor das feministas e curiosidade incontrolável dos marmanjos.



ELVIS PRESLEY E DORIS DAY, Movie Life, anos 60 – Revistinha dos tempos de mamãe, com uma matéria principal que questionava “Que moral têm nossos ídolos adolescentes?” Moral no sentido de decência, mesmo. Coisa, obviamente, de quem sequer imaginava como seriam os ídolos adolescentes de hoje...



GINGER ROGERS, Movie Classics, anos 40 – Olha só o prêmio desta promoção: “Ganhe um telefonema de Ginger Rogers” E você aí, já pensou se a Ginger Rogers ligasse pra você? O que você faria? Aposto que responderia: “Vamos sair pra dançar!”



JANET GAYNOR, Hollywood, anos 30 – Título da matéria: “As moças bonitas estão seguras em Hollywood?” Sabe de nada, inocente!



JOAN CRAWFORD, Photoplay, anos 30/40“A amizade mais estranha de Hollywood”. Qual seria, a dela com a Bette Davis? Só pode! 

quinta-feira, 23 de junho de 2016

GOOGLE HOMENAGEIA DERCY

Hoje uma das artistas mais amadas (talvez a mais amada) deste país faria 109 anos se estivesse viva. A atriz e comediante Dercy Gonçalves, que faleceu em 23 de junho de 2008, aos “cem anos e meio” segundo ela própria, teve uma vida tão interessante quanto seu trabalho. E, correndo o risco de ser repetitiva (já que meu post anterior também foi sobre isso), o Google prestou uma homenagem à Dercy, exibindo hoje um doodle com uma caricatura da artista. Muito bacana!

segunda-feira, 20 de junho de 2016

FALANDO EM CHAVES...




     O Google hoje colocou no ar um doodle especial em homenagem aos 45 anos de estreia do seriado mais famoso e querido da América Latina. Os personagens que aparecem nele são Kiko (Carlos Villagrán), que pula corda, Pópis (Florinda Meza), que bate a corda para ele pular, e Chaves (Roberto Bolaños), que sai de dentro do seu barril e tenta pegar o pirulito de Pópis, mas além de não conseguir (pois a menina afasta o pirulito das mãos dele), ainda se estabaca no chão com barril e tudo.

     Minha dúvida é: por que o pessoal do Google colocou Pópis (Florinda Meza) e não Chiquinha (Maria Antonieta) no desenho? Fora isso, o doodle captou de uma maneira muito bacana o humor infantil (no melhor sentido da palavra) que sempre foi característico da série criada por Bolaños,

     “El Chavo del Ocho”, título original do programa, foi lançado no dia 20 de junho de 1971 (sim, faz todo esse tempo). Fez sucesso estrondoso em todos os países para onde foi exportado. Ainda assim, o último episódio gravado da série foi ao ar no México em 1980. No Brasil, ganhou o nome de “Chaves” e começou a ser exibido em 1984 – e está no ar até hoje, sempre pelo SBT.  

     Fãs do mundo todo estão prestando homenagens. Uma pena que o Professor Linguiça não viveu para participar da festa...





GIF DO DIA - 20/06/2016

"Tá, tá, tá, tá, tá!" Minha homenagem ao ator Ruben Aguirre (1934-2016), o eterno Professor Girafales do seriado mexicano "Chaves", que nos deixou nesta sexta-feira, 17 de junho, aos 82 anos. Ruben também interpretou diversos personagens, todos hilários, na série “Chapolin Colorado”. Descanse em paz, professor, e muchas gracias pela aula de bom humor.



quinta-feira, 16 de junho de 2016

ARTISTA AMERICANO IMAGINA ASTROS DA HOLLYWOOD OLD SCHOOL COMO SUPER HERÓIS

Que eles pertenceram a uma era em que só os fortes sobreviviam na indústria do entretenimento, todo mundo aqui já sabe. Que eles venceram as maiores dificuldades para exercer sua arte, e muitas vezes lutaram contra inimigos como a Censura, todo mundo aqui também sabe. Mas o renomado artista americano de quadrinhos Joe Philips, que já trabalhou com personagens como Speed Racer, Incrível Hulk e os X-Men, foi além. Ele imaginou como seriam os nossos queridos astros da Velha Guarda de Hollywood estrelando os filmes de super-heróis que atualmente dominam o mercado cinematográfico. Os resultados são surpreendentes – fiquei encantada com a perfeição com que Philips retratou estes mitos das telas na pele de personagens que todo mundo conhece, mas que ainda não eram moda naquela época. O talento do quadrinista como diretor de casting também é fabuloso. Achei as escolhas perfeitas. Mas vale lembrar que tudo isso é pura ficção, pois, infelizmente, nenhum desses filmes realmente existiu. Mas que seria bárbaro se fosse verdade, com certeza seria! Vejam só: 






































FONTES:

quarta-feira, 15 de junho de 2016

CADÊ OS COMENTÁRIOS?????



Ao contrário do que vocês pensam, eu adoro receber os comentários de vocês. É a melhor maneira de eu sintonizar com as opiniões dos meus leitores. Não precisam ter vergonha – basta postar seu comentário, crítica, ideia, dica e/ou sugestão aí embaixo dos textos. Fazendo isso, vocês só vão me ajudar a tornar este blog ainda melhor. Comenta aí, meu povo!!!

domingo, 12 de junho de 2016

HANNA BARBERA, OS RECICLADORES DE PERSONAGENS

Ultimamente, Hollywood e a TV brasileira têm vivido uma onda de reciclagem de personagens por novos autores cuja pegada não tem nada a ver com o espírito dos criadores deles. O único objetivo desse tipo de coisa é faturar uma grana em cima do sucesso daquilo que deu certo no passado. Fiz esta matéria para homenagear dois caras que quem lê este blog sabe que fizeram parte da minha vida, e que eram geniais em tudo, inclusive em atualizar personagens criados por outros autores e ganhar dindim com eles. Tô falando de William Hanna e Joseph Barbera– eles mesmos, os craques da Hanna Barbera, que eu já citei na matéria Josie & As Gatinhas, Os Impossíveis e o Hit Parade da Hanna Barbera (tem no Arquivo do blog). A trajetória dessa dupla é um exemplo de que é possível reinventar (e às vezes até aproveitar descaradamente) ideias alheias e ter muito sucesso, sem fazer algo emburrecedor, oportunista e/ou de má qualidade. Separei aqui alguns desenhos da HB que foram baseados em personagens alheios, mas que marcaram a infância de milhões de pessoas e trouxeram novo vigor a criações de outras épocas e/ou autores.




Capitão Caverna & As Panterinhas

Reciclagem cara-de-pau: em 1977 o seriado “As Panteras” estava no auge. De carona nesse sucesso, a Hanna Barberalançou a animação “Capitão Caverna & As Panterinhas”. Aos coroas da minha geração é dispensável a explicação de quem é o Capitão Caverna: um monstro feio, brigão e peludo, sempre com um porrete nas mãos. Conforme o nome diz, ele foi descongelado pelas Panterinhas – as garotas Brenda, Kelly e Sabrina– e trazido do tempo das cavernas para o século XX. (Obviamente, o bicho não existia em “As Panteras”). Sempre que ficava zangado, ele soltava seu grito de guerra inesquecível: “CapitããããoCaveeeernaaaaaa!!!”. Detalhe: a voz do Capitão Caverna era feita, no original em inglês, por Mel Blanc, que dublou a maioria dos personagens dos desenhos da Warner e foi o primeiro dublador do Pica-Pau. A molecada da época adorava imitar o personagem na escola, na hora do recreio. Talvez por isso o desenho tenha tido mais sucesso: durou de 1977 a 1980 e teve 62 episódios. Esse é o típico classicaço que ninguém esquece.




Gasparzinho & Os Fantasmas do Espaço

Se você tem mais de 40 anos, com certeza se lembra do fantasminha que queria só fazer amigos, mas nunca conseguia porque todos se assustavam com o fato de ele ser um... FANTAAAASMAAAA!!!! Pois é, ele foi criado em 1939 pela Harvey, que produziu desenhos com ele desde 1945 (os melhores!) até meados dos anos 60. Em 1979, os recicladores da HB desenterraram o personagem e o transformaram no fantasma de um astronauta (isso mesmo!), que vivia no ano de 2079 (por que será?) e lutava contra vilões acompanhados das Panterinhas – sim, maaais uma vez a Hanna Barbera pegava rabeira no sucesso do seriado “As Panteras”, só que estas Panterinhas eram outra “formação”, e eram só duas, Mini e Maxi (belo nome pra uma dupla sertaneja). Além delas, Gasparzinho tinha outro amigo neste desenho, um fantasma meio sonso chamado Assombroso. Cada episódio tinha 30 minutos de duração. A série, pelo visto, não foi um grande hit: durou só 3 meses, de setembro a dezembro de 1979.





A Família Dó-Ré-Mi No Espaço Sideral

Essa história é curiosa e eu já andei contando um pouco dela aqui. Em 1974, a Hanna Barbera quis criar uma segunda fase para o desenho “Os Jetsons”, mostrando Elroy e Judy, os filhos do casal Jetson, como jovens (tipo o que eles haviam feito entre 1971 e 1972, com a nova versão dos Flintstones que mostrava BamBam e Pedrita como adolescentes descolados). A emissora CBS, que exibia o desenho, disse não ao projeto. Porém, licenciou os personagens da série de live action“A Família Dó-Ré-Mi” para que H&B fizessem uma versão em desenho animado. Aliás, a Família Dó-Ré-Mi não era exatamente estreante em desenhos: ela já havia feito inúmeras participações especiais no desenho “Goober & Os Caçadores de Fantasmas”, um sub-Scooby Doo que a HB produziu entre 1973 e 1975. O que William Hanna e Joseph Barbera fizeram? Jogaram a família no futuro (no ano de 2200, mais precisamente) e criaram uma versão espacial da adorada série sobre uma família de músicos. O desenho não emplacou como se esperava, pois durou apenas um semestre – de setembro de 1974 a março de 1975.





Jeannie É Um Gênio

Este aqui muita gente não sabe (ou não se lembra) que existiu, mas eu posso afirmar que fez parte da minha infância. Aqui os personagens da lendária série live-action“Jeannie É Um Gênio” são reaproveitados, mas em outro contexto: os “donos” da “gênia” são agora Corey e Henry, dois motoqueiros recém-saídos da adolescência, que curtem praticar surfe e paquerar garotas. No seriado original, Jeannie pertencia a um astronauta, Tony Nelson, por quem ela se apaixonava. A Jeannie do desenho morria de ciúme de um dos dois motoqueiros, Corey (compreensível, pois ele era o mais bonitinho, hehehe) e faz de tudo para agradá-lo. A versão animada tinha também o personagem Babu, um covarde e imaturo “gênio estagiário” sob o comando de Jeannie. O desenho foi lançado em 9 de setembro de 1973. Infelizmente, teve só 16 episódios No Brasil, passava na TV Record no comecinho dos anos 80. Aposto que muita gente, assim como eu, conheceu o desenho antes do seriado.





Charlie & A Família Chan

O personagem Charlie Chan, um detetive chinês que trabalhava para a polícia havaiana (!!!) foi criado em 1926 pelo escritor Earl Derr Biggers (1884 – 1933). Foi protagonista de meia dúzia de livros e de uma batelada de filmes. Boa parte desse sucesso se deve ao fato de Charlie ser retratado como um sujeito inteligente, bondoso e elegante, contrariando os estereótipos raciais negativos da época em relação aos orientais. Em 1972, William Hanna e Joseph Barbera resolveram reciclar o personagem... com rock and roll na trilha sonora! A dupla inventou a série de animação detetivesca-musical “Charlie & A Família Chan”, em que o chinês, sua filharada cujos nomes nem ele sabe direito, e o cachorrinho Chu Chu viajam pelo mundo em uma van, resolvendo mistérios. Os filhos mais velhos tinham também uma banda musical – explicada a trilha roqueira-chiclete? Exibida de setembro a dezembro de 1972, a série animada teve meros 16 episódios. Assim como muitas séries de animação criadas pela HB nos anos 1970, “Charlie & A Família Chan” fazia uso da claque, aquela famosa risadinha gravada cuja utilidade eu nunca entendi. (Será que era um jeito de dizer ao telespectador: “Ria, seu idiota, isto é uma piada! É pra rir! Ria, estou mandando!!!”? Esse negócio de claque sempre me irritou, pois acho um desrespeito à inteligência do público). Quando o desenho foi exibido nos canais Cartoon NetworkBoomerang, a claque, que aliás era criada pela própria HB, foi retirada.





Os Super Globe Trotters

Clássico e com um visual inesquecível, “Os Super Globe Trotters” tornou-se um caso de auto-reciclagem. Entre 1970 e 1972, a HB produziu e exibiu a série “The Harlem Globe Trotters”, que pegava carona na então popularidade do famoso time de basquete acrobático dos EUA, Harlem Globe Trotters (sim, eles existem de verdade!), apresentando seus integrantes reais como personagens de desenho animado. Foi um sucesso. Mais que isso, foi o primeiro desenho com um elenco principal todo afrodescendente. Em 1979, William Hanna e Joseph Barbera resgataram os personagens da série que eles mesmos haviam encerrado sete anos antes, e lhes deram superpoderes! “Os Super Globe Trotters” trazia um grupo de jogadores de basquete também inspirado nos Harlem Globe Trotters, mas que viravam super-heróis na hora de combater o crime. O desenho estreou em setembro de 1979 (quando esta que vos fala completava 5 aninhos!) e teve 13 episódios; em cada episódio os campeões enfrentavam um supervilão diferente. Virou até vídeo game, da marca Nintendo.






Como eu sempre digo, tá faltando inteligência e criatividade na grande mídia. Ao contrário do que se pensa, desenterrar o que emplacou no passado e “fazer uma releitura” (para usar o termo da moda que esse pessoal a-do-ra) é algo extremamente arriscado, pois uma “nova versão” pode queimar o filme da obra original e matar a galinha dos ovos de ouro dos criadores. Risco por risco, acho bem mais inteligente garimpar novos talentos fora da grande mídia e dar a eles a chance de criar algo novo, surpreendente e inteligente. Afinal, reciclagem caça-níqueis no cinema e na TV pra mim é criminoso – a não ser que você tenha a genialidade de William Hanna e Joseph Barbera.




Texto já publicado no blog Blah Cultural

DVD – O INDOMADO

Hud
Ano de produção: 1963
Direção: Martin Ritt
Elenco:Paul Newman, Patricia Neal, Melvyn Douglas, Brandon De Wilde.
Duração: 111 minutos
Preto & Branco
Gravadora: Paramount






Mais um DVD analisado pelo Poltrona R. Embora eu não seja uma grande fã de western, dou nota dez para este aqui, de 1963. É um filme incrivelmente atual, apesar de ser um retrato de uma época (anos 1960) e um lugar (Texas, EUA). Na verdade, “O Indomado” não é uma história do tipo “mocinhos e bandidos”, e sim um drama familiar. Paul Newman é Hud Bannon, um cowboy de temperamento sarcástico e caráter duvidoso que vive uma complicada relação com seu pai, o fazendeiro Homer Bannon (grande atuação de Melvyn Douglas, premiado com o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante). Isso porque Homer culpa Hud por uma tragédia na família – tragédia com a qual o próprio Hud parece pouco se importar. O sobrinho de Hud, Lonnie (Brandon De Wilde), um adolescente de 17 anos que ainda não sabe direito quem é, idolatra Hud e quer ser como ele, para desespero do velho fazendeiro. Mau-caráter e adepto de bebedeiras e farras sem fim, Hud de quebra ainda tenta seduzir a empregada da casa, Alma (Patricia Neal, que levou o Oscar de Melhor Atriz), uma mulher com trauma da violência masculina e que não suporta os avanços dele. O filme mostra que o mínimo pode, sim, ser o máximo: tem poucos personagens, todos construídos de forma brilhante; e o autor Larry McMurtry (roteirista de “O Segredo de Brokeback Mountain” e outros sucessos) criou uma trama simples, porém extremamente bem conduzida. É o tipo do filme que o espectador não tem a mínima ideia de como vai terminar – considero isso uma bênção. Há cenas perturbadoras, como, por exemplo, a da corrida dos porcos, que é de uma crueldade extrema.  Não vamos esquecer também que é neste filme que Paul Newman diz a épica frase “Ninguém sai desta vida vivo”.  E em determinada cena, as palavras do personagem de Melvyn Douglas soam arrepiantemente atuais para qualquer brasileiro: “Pouco a pouco a cara do país muda por causa dos homens que admiramos”. A trilha sonora, conduzida por Elmer Bernstein, não faz o gênero música grudenta, mas emoldura lindamente a trama e os personagens. “O Indomado” é um drama familiar que prende a atenção do público do começo ao fim. Mas o mais magnetizante é, sem dúvida, a presença do inenarrável monumento Paul Newman. Pelamordedeus, nem Marlon Brando foi tão lindo.




Curiosidades:
● Para “fazer laboratório” para o personagem, Paul Newman chegou mesmo a trabalhar numa fazenda no Texas durante algumas semanas
● Em uma cena de “O Indomado” há uma referência a “Um Passo da Eternidade” – não o filme, mas o livro que inspirou o filme
● O figurino foi criado pela estilista Edith Head – provavelmente o menos glamuroso que ela já fez na vida


Embalagem: Acima da média para o padrão nacional. Vem com estojo de papelão por cima do DVD, e dentro uma foto do filme como brinde.


EXTRAS: Não tem.


Quer ver o trailer oficial do filme? No Canal do Poltrona R no You Tube tem. Olha o link:


GIF DO DIA - 12/06/2016

Feliz Dia dos Namorados e uma Bella Notte a todos! 
Muitos beijos!