sábado, 24 de dezembro de 2016

FOTOS DOS DIVOS E DIVAS NO NATAL - O 25 DE DEZEMBRO DOS NOSSOS ÍDOLOS

          Maaaais uma matéria de Natal! Desta vez é uma seleção de fotos (todas coloridas!) dos nossos ícones favoritos do cinema antigo celebrando a data - devidamente caracterizados, é lógico. Pode salvar no seu pen drive retrô!


    Shirley Temple



      Ava Gardner



Elizabeth Taylor



Elvis Presley



Bette Davis



Audrey Hepburn



Dean Martin



Lucille Ball



Bettie Page



Doris Day



Gene Kelly & Fred Astaire



Maureen O'Hara



Betty Grable



Frank Sinatra



 Rita Hayworth



Lassie



Um beijo a todos os leitores e um Feliz Natal! São os votos do Blog Poltrona R.

DIRETO DO YOU TUBE - David Bowie e Bing Crosby em um dueto incrível

Neste segundo Natal do Poltrona R no ar, fiquei pensando: "O que eu poderia tirar do baú esse ano que fosse tão emocionante quanto minha postagem natalina do ano passado (o inesquecível vídeo "Feliz Natal pra Todos", da Turma da Mônica; link pra quem não viu: http://poltrona-r.blogspot.com.br/2015/12/feliz-natal-pra-todos-feliz-nataaaal.html)?" Vasculhando o You Tube, encontrei este momento raro, gravado em 1977 para a TV britânica, em que o astro pop David Bowie (que nos deixou no início deste ano) e a lenda do cinema clássico Bing Crosby, famoso pelo filme (e a música) "White Christmas", fazem um dueto interpretando as canções natalinas Little Drummer Boy e Peace on Earth. Encontro de duas gerações de artistas de respeito. Emocionante é pouco.



GIF DO DIA - 24/12/2016

Judy Garland - sim, ela de novo! - e a pequetita Margaret O'Brien no filme "Agora Seremos Felizes". Que o Natal de vocês seja grandioso (nada "pequeno"), e que todo mundo se lembre do Aniversariante dessa festa. Muitos beijos!


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

UM ANO NO AR! MUITO OBRIGADA A TODOS VOCÊS!!!




Há exatamente um ano, eu, com a cara e a coragem e mais nada, colocava no ar o Poltrona R. Um blog sobre coisas antigas, filmes, desenhos e artistas de outras épocas, coisas que inexplicavelmente foram banidas da grande mídia no Brasil. Na época, eu nem imaginava a quantidade de gente que eu iria conquistar como leitores. Achava que meus textos seriam lidos apenas por um grupinho de 10 curiosos, no máximo. Porém, graças a um incansável trabalho de divulgação (tanto meu quanto de cada um de vocês que compartilharam e divulgaram os textos aqui publicados), o número de visualizações só tem crescido a cada dia. E, como todo mundo sabe, não existe melhor propaganda que o famoso “boca a boca”.

Sejam os apaixonados pela Hollywood Old School que cresceram vendo estes grandes filmes e grandes desenhos animados no cinema e/ou na televisão, sejam os jovens da novíssima geração que estão redescobrindo estas obras de arte, eu só tenho a agradecer a cada um de vocês. É assim que se mantém a arte viva – mostrando ao pessoal das gravadoras e editoras que há, sim, um público consumidor para estes trabalhos fantásticos, e que deixar este material cair no esquecimento é um verdadeiro pecado.



Muito obrigada a todos os meus leitores. Vocês não fazem ideia da felicidade que eu estou sentindo hoje. Que a gente possa ficar mais um ano juntos – ou muitos anos, se Deus quiser. Por favor, continuem dividindo com aqueles que vocês gostam todas as publicações deste blog que acharem bacanas. Assim, vocês não só me ajudam a crescer, como me ajudam também a produzir um blog cada vez mais interessante, e com cada vez mais novidades para o meu público.
Que Deus abençoe MUITO a vida de cada um de vocês!
Abraços e beijos,

Renata Argarate

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

DIRETO DO YOU TUBE – “Quando Os Deuses Amam”, filme completo e legendado

Ainda não estou acreditando na repercussão que o especial “Meus 15 Momentos Favoritos de Rita Hayworth” (http://poltrona-r.blogspot.com.br/2016/10/meus-15-momentos-favoritos-de-rita.html) teve. Eu achava que meia dúzia de gatos pingados iria ler o texto e o resto iria passar batido. Que nada! A matéria que fiz com uma seleção de vídeos da minha ídola fez com que uma legião de ritamaníacos brotasse daqui e dali, e não só visse como divulgasse meu trabalho pela web. Mil vezes obrigada, galera! É assim que a gente chega ao sucesso. Vocês estão de parabéns!

Como meu bônus especial de final de ano para todos vocês que ajudaram meu blog a crescer, estou compartilhando aqui um filme da Rita que eu amo de paixão, e que fez parte da minha infância, pois era exibido na Rede Globo no início dos anos 80, na Sessão da Tarde Que Prestava. “Quando Os Deuses Amam” é um delírio Technicolor de 1947, um clássico que mistura a mitologia grega com a Era do Jazz, a estética pin-up e os musicais da Broadway. No centro de tudo está Rita Hayworth, dando um dos seus maiores shows de atuação e em sua fase mais bonita. Vergonhosamente ainda não existe o DVD deste filme no Brasil, mas alguma alma bondosa o compartilhou, inteiraço e legendado em português, no You Tube.




Imagine que, em plena década de 1940, nos EUA, um diretor de teatro está montando uma peça musical satirizando a lenda de Terpsícore, a deusa grega das artes cênicas. Detalhes: a trilha sonora é jazzística e as Musas são todas interpretadas por pin-ups. Enquanto isso, lá no Monte Olimpo, a própria Terpsícore (Rita Hayworth) fica sabendo da história e resolve descer à Terra para impedir, ela mesma, que os humanos desalmados a ridicularizem e a retratem como uma devoradora impiedosa de homens. Acontece que o produtor da tal peça (vivido por Larry Parks) é um fofo e ela cai de amores pelo cara, e não quer mais ir embora do mundo dos mortais.





“Quando Os Deuses Amam” foi dirigido por Alexander Hall, e tem uma fotografia muito louca e colorida, criada, acredite, por Rudolph Maté, o mesmo de “Gilda”. Foi uma das maiores bilheterias de 1947, embora (adivinheeeeeee!!!) tenha sido execrado pelos críticos da época, que o consideraram um lixo cultural. Sem querer ser arrogante, admito que não confio muito na chamada “opinião dos experts” – na maioria das vezes, ela só me mostrou o que eu não devo assistir, ao chamar de geniais e imperdíveis coisas que quase sempre eu considero um porre. E destruindo artistas fenomenais, incrivelmente talentosos, como fazem desde aquela época com Rita Hayworth. Eu sou fanática por Rita e ouso dizer que “Quando Os Deuses Amam” é um filme que ela praticamente carrega nas costas, pelo menos em termos de brilho pessoal. Deixo claro que considero todo o elenco de “Quando Os Deuses Amam” extremamente competente, mas para mim o ator principal, Larry Parks, não tem carisma suficiente para o papel. Deviam ter colocado no lugar dele o maravilhoso e genial Gene Kelly, esse sim com cacife para dividir a cena com a Rainha da Columbia Pictures.




A trilha sonora, de autoria de George Duning, Heinz Roemheld, Doris Fisher e Mario Castelnuovo Tedesco, tem canções maravilhosas, e eu duvido que você não termine o filme com o refrão “Therpsicore, Therpsichore” na sua cabeça. Os figurinos são de Jean Louis, um gênio anônimo que o sucesso de Rita como estrela da Columbia elevou ao posto de estilista queridinho das divas - ele depois vestiu também Doris Day, Marilyn Monroe e Lana Turner. (Ainda pretendo fazer uma matéria sobre ele, podem me cobrar). Inclusive, “Quando Os Deuses Amam” serviu de inspiração assumida para outro filme de infância meu, o musical disco “Xanadu”, de 1980, com Olivia Newton John e o veterano, mas ainda lindo e genial, Gene Kelly (Sim! Ela contracenou com ele! Se inveja matasse, eu estaria mortinha faz tempo!!!).https://www.youtube.com/watch?v=pp1qNDgrK4w





Os números de dança foram coreografados por Jack Cole, criador dos movimentos da Rainha da Columbia em “Gilda”. Muita coisa, no entanto, foi improvisada durante as gravações. Observe que, como este é um filme de 1947, os números de dança foram quase todos filmados em uma tomada só, pois naquela época não haviam os recursos mirabolantes de edição que existem hoje. Ou você era artista de verdade, ou você era artista de verdade. Não se tinha opção. Deus do céu, como eu amo a Hollywood dos anos 30 e 40!

Rita Hayworth impressiona nos números de dança de “Quando Os Deuses Amam”, deixando o público encantado como fazia há sete décadas. Inexplicavelmente para mim, cerca de 95% dos historiadores e críticos de cinema considera Rita “uma moça com belas curvas e nenhum talento artístico”. Se após ver este filme você ainda concordar com os críticos, olha, sinceramente, eu desisto e vou escrever sobre outro assunto.
Brincadeirinha, hehehe... Filme completo aí abaixo.





FONTES




GIF DO DIA - 09/12/2016

Estamos pertinho de completar 1 ano no ar! Faço minhas as palavras da Ava Gardner nesse gif.
Abraços a todos!



GENTE, O ASSUNTO AGORA É SÉRIO



Criei este blog por vários motivos. O principal deles foi preencher um vazio, a necessidade que eu tinha de um tipo de coisa que eu não encontro mais na mídia brasileira: um veículo que falasse apenas sobre o cinema feito ANTES dos anos 80. Simplesmente eu não agüentava mais ver gente, na internet e fora dela, se dedicando a escrever textos sobre o cinema feito nas últimas três décadas. Tá legal, os anos 80 nos presentearam com muitos clássicos bacanas, mas para mim eles não foram nem de longe a melhor década da história da indústria cinematográfica.  Já vi pessoas arregalarem os olhos e até me agredirem porque eu expressei essa opinião. Mas como cresci vendo muitas produções de décadas anteriores (afinal, sou filha de um grande fã da Hollywood Old School, principalmente dos anos 30 e 40), eu já estava de saco cheio de procurar, sem sucesso, sites brasileiros que só abordassem o cinema feito antes de 1980. E como eu não encontrava, resolvi criar um.

Fiquei surpresa com a quantidade de leitores que conquistei em tão pouco tempo. Não sou popular nem “bem relacionada”, não estou dentro da área de Comunicação (embora tenha me formado para atuar nela), e tenho um blog que fala sobre coisas de outros tempos em um país sem memória. Ver tanta gente lendo meus textos e divulgando-os por aí apenas mostra que obras cinematográficas de qualidade, por mais antigas que sejam, permanecem no coração do público, apesar de todo o esforço da grande mídia para enterrá-las, para fazer de conta que elas nunca existiram. A propósito, eu continuo me perguntando por que cargas d’água resolveram fingir que antes de 1980 não existia cinema.

O nome do meu site, ao contrário do que os mais jovens podem pensar, não veio da inicial do meu nome, e sim de um horário em que a TV Record exibia apenas filmes “velhos” – aqueles que hoje têm mais de 40 anos certamente se lembram de ligar a televisão no canal 7 de São Paulo para assistir à sessão Poltrona R. Quem digita “Poltrona R” no Google e cai no meu blog entende a brincadeira. Aliás, é sobre isso que eu gostaria de falar com vocês agora.

Meu blog entrou no ar no dia 16 de dezembro de 2015, data que para mim é inesquecível – siiimmm, estamos há quase um ano no ar! Porém, cerca de sete meses depois, surgiu na Internet (e com um endereço quase idêntico ao meu) um outro blog também chamado Poltrona R, cujo conteúdo é exatamente o oposto do que você encontra aqui, embora também seja um blog sobre cinema. Não sei que é o autor, pois ele não mostra o rosto nem revela seu nome – mais uma diferença entre o trabalho dele e o meu. Porém, a principal diferença nem é esta.

O meu blog Poltrona R tem como princípio não divulgar nenhum tipo de material ilegal. Não apenas porque desejo evitar problemas com a justiça, mas porque eu tenho um ideal, e este ideal é fazer com que os artistas aqui citados (ou as famílias e herdeiros deles) ganhem dinheiro. É a forma que eu encontrei de retribuir a emoção e o encanto que as obras deles trouxeram para a minha vida. Sei que a maioria destas pessoas, principalmente aquelas que têm mais idade, leva uma vida difícil, e minha maneira de ajudá-las é essa. Em vez de espalhar material ilícito por aí, eu faço exatamente o oposto: mostro onde essas obras podem ser encontradas a preços acessíveis, divulgo o trabalho de quem dedica sua carreira a reviver a magia destes artistas e a preservar a memória deles, dou dicas de sites e vídeos legalmente disponíveis na Internet. Ou seja, estimulo o leitor a consumir este material e a pagar por ele. E, consequentemente, incentivo as gravadoras e editoras a relançarem produtos para o público carente destas obras – um público que, inclusive, cresce a cada dia.

Fiquei em dúvida por muito tempo se devia ou não colocar este texto no ar. Acabei me decidindo por publicá-lo. Não porque gosto de fazer intrigas (pelo contrário, eu detesto), mas porque o aparecimento deste outro site na Internet, com o mesmo nome do meu blog e proposta totalmente contrária à minha, acabou por me prejudicar seriamente, em especial na minha busca por patrocinador e por gente que queira anunciar e investir no meu trabalho.

Enfim, desejo toda a sorte do mundo ao(s) autor(es) do blog “xará” do meu. Sucesso para eles, mas Blog Poltrona R verdadeiro é este aqui. Só este Poltrona R aqui tem o meu nome, a minha cara, a minha história.


FONTE da ilustração desta matéria: http://flickrhivemind.net/User/samanthafraser/Interesting

sábado, 3 de dezembro de 2016

DIRETO DO YOU TUBE – The Jordanaires revivem Elvis Presley

No post anterior falamos de Elvis, não falamos? E eu fiz uma breve citação ao grupo The Jordanaires, que acompanhou o Rei do Rock em inúmeras apresentações, entre 1956 e 1972. Originário do meio gospel, o The Jordanaires também canta country, folk, blues e, claro, rock’n’roll de raiz. Acredite, o grupo surgiu em 1948 e foi extinto em 2013 após a morte do seu líder e empresário, Gordon Stoker. Embora seja mais famosa por ter feito backing vocals para Elvis, a banda trabalhou com outros grandes nomes, como a cantora Patsy Cline.





Este vídeo que você vai assistir foi gravado durante uma das últimas apresentações do The Jordanaires. Trata-se de uma homenagem dos integrantes do grupo ao popstar que os tornou famosos. Aumente o volume e curta The Jordanaires relembrando um Medley de clássicos de Elvis Presley. Rock and roll, baby!




Site oficial da banda: http://jordanaires.net/

DVD - O SERESTEIRO DE ACAPULCO

Fun In Acapulco
Ano de Produção: 1963
Direção: Richard Thorpe
Elenco: Elvis Presley, Ursula Andress, Alejandro Rey, Elsa Cardenas.
Duração: 97 min
Colorido
Gravadora: Paramount



Atendendo a milhares de pedidos, centenas de cartas e uma tempestade de telegramas, finalmente, depois de quase um ano no ar (ufa!) um filme do Elvis Presley. Sim, eu sei que é vergonhoso, mas como boa parte da escolha dos filmes é baseada em material que eu encontro em DVD original (que isso fique bem claro), muita coisa eu acabo deixando de fora simplesmente por não ter achado de fonte legal. Este filme de 1963 saiu em DVD pela gravadora Paramount (que, aliás, está esperando o quê para relançar mais da obra cinematográfica do Rei do Rock’n’Roll, e de preferência em edições acessíveis (tipo Lojas Americanas e/ou bancas de jornal?). Elvis está gato como nunca, no auge da carreira, cercado por um cenário maravilhoso (que você deve conhecer como “o ‘Guarujá’ do episódio especial do Chaveshttps://www.youtube.com/watch?v=8ms93BAs6rM ) e ganhando muitas garotas. Ou seja, a fórmula dos filmes do cantor, que era a mesma sempre, mas que a gente não enjoa nunca. O filme é uma delícia exatamente porque a história é totalmente inverossímil. E porque Elvis é lindo e a voz de Elvis é linda até falando. Aqui ele é Mike Windgren, um pobre coitado que trabalha em um barco na baía de Acapulco. Janie (Teri Hope), a fogosa filha adolescente do patrão, vive dando em cima do rapaz, até criar um incidente em que ele é demitido. Sem emprego e sem ter onde cair morto, Mike fica amigo de um moleque malandro, Raul (Larry Domasin, dando show de atuação), que arranja para ele um emprego de cantor em um luxuoso hotel. No local, ele cruza com duas beldades, Margarita Dauphin (vivida por Ursula Andress, também no auge da beleza) e Dolores Gómez (Elsa Cardenas). Encontra também um adversário, o cantor Moreno (Alejandro Rey). E encontra ainda com seu passado, mas vou parar por aqui ou vai rolar um #Spoiler. Em sua versão DVD, “O Seresteiro de Acapulco” chega com excelente qualidade de áudio e vídeo que faz jus ao material. A trilha toda é fantástica, uma fusão muito especial de rockabilly com música latina. Dois públicos em especial vão se deleitar: um é a geração dos meus pais, o pessoal que foi adolescente naquela época – a Geração do Rock, que viu este ritmo surgir e hoje tem netos. O outro é a galera da minha idade, que curtiu os filmes do Elvis na Rede Globo, na Sessão da Tarde Que Prestava, lá pelo início dos anos 80. Como não podia deixar de ser, como se trata de um filme americano, o clássico inclui alguns estereótipos que o povo dos EUA tem daqueles países que ficam abaixo do Rio Grande (como uma das canções, que diz “Você nunca pede água quando está ao sul da fronteira”). Ou a inclusão de um hit chamado Bossa Nova Baby, sendo que a nossa bossa nova não tem nada a ver com a música mexicana (https://www.youtube.com/watch?v=HC1V5Ki6LWI). Tem números musicais o tempo todo, às vezes em momentos em que não seria muito necessário – mas ouvir Elvis nunca é demais.





Curiosidades:
Elvis Presley não gravou nenhuma cena do filme no México – toda a parte dele foi filmada em estúdio. Como o cantor não foi a Acapulco, um colunista local de fofocas publicou uma falsa declaração de Elvis de que ele “não se incomodaria de ir ao México por considerá-lo um país cafona” e “preferia beijar três mulheres afrodescendentes a dar um beijo numa mexicana”. Isso gerou boicote das rádios e lojas de discos mexicanas ao Rei do Rock. Mas hoje se sabe que não passa de uma invenção.
Edith Head (1898-1981), a estilista mais badalada de Hollywood na época, criou o figurino desse filme.
▪A canção Bossa Nova Baby entrou no Top 10 da parada de sucessos na revista Billboard. O single da música, aliás, chegou às lojas um mês antes do álbum completo da trilha sonora.
“O Seresteiro de Acapulco” está entre as maiores bilheterias de 1963, e foi o último lançamento de Elvis Presley no cinema antes da chegada da Beatlemania.
▪O produtor do clássico é ninguém menos que Hal Wallis (1899-1986), o mesmo gênio que nos deu jóias como “Casablanca” e os incríveis filmes de Jerry Lewis & Dean Martin. Quase toda a série do Elvis no cinema, aliás, saiu da cabeça deste cara.
The Jordanaires, banda que tocou com Elvis inúmeras vezes, faz os backing vocals na trilha sonora do filme. 


EXTRAS DO DVD: Inacreditavelmente, vergonhosamente, não tem nenhum.

Embalagem: Bem basiquinha, com desenhos na parte de dentro do estojo e só.



sexta-feira, 18 de novembro de 2016

GRAURRR!!! LEÃO DA METRO, A HISTÓRIA DO BICHO



Ele é o astro da vinheta de abertura mais icônica da história do cinema. É também a mais imitada e a mais parodiada. Não é possível que você nunca tenha visto Leo, o leão-símbolo da Metro – e é pouco provável que a história dele nunca tenha lhe despertado nenhuma curiosidade. Pois é essa curiosidade sua que eu vou matar neste post.




                Leo, o Leão da MGM, surgiu, acredite, em 1916, como mascote do estúdio Goldwyn Pictures, do empresário Samuel Goldwyn. Howard Dietz, o criador da vinheta, inventou o personagem para homenagear a instituição de ensino que ele havia frequentado, a Universidade de Columbia, cuja equipe esportiva tem o apelido de “The Lions” (Os Leões). A ideia de utilizar um leão como mascote é uma referência à canção-grito de guerra da Columbia, “Roar, Lion, Roar” (que significa “Ruge, leão, ruge”). E a inscrição em latim “ARS GRATIA ARTIS”, que aparece no logo, significa “A Arte Pela Arte”. Desde então já foram utilizados 9 leões diferentes, sendo que o mais recente estrela a vinheta desde 1957. Na verdade, os dois primeiros leões não rugiam. O primeiro nem abria a boca, só olhava de lado. O segundo dava dois grunhidinhos, mas, como eram tempos de cinema mudo, não se ouvia nada.




Em 1924, ano em que o empresário Marcus Loew adquiriu o controle da Goldwyn, da Metro Pictures e da produtora de Louis B. Mayer e fundiu esses três estúdios, fazendo nascer a Metro Goldwyn Mayer, o leão não só foi mantido como foi oficializado e atualizado. Agora a fera passaria a rugir. O primeiro filme a utilizar a nova vinheta foi “Ironia da Sorte”, dirigido por Victor Sjostrom e estrelado por Norma Shearer, Lon Chaney e John Gilbert.




Embora todos os leões da MGM tivessem sido mantidos em cativeiro (infelizmente!), eram muito bem tratados. Porém, inúmeros posts circulam na Internet mostrando o bicho sendo torturado de maneiras inacreditáveis, como, por exemplo, sendo amarrado e preso a uma coisa que parecia uma esteira de supermercado para que o sofrimento o fizesse rugir. A piada de mau gosto foi, na verdade, inspirada em uma foto do pequeno leão Samson, de um zoológico de Israel, sendo submetido a uma tomografia computadorizada após ter ficado doente e ter sua vida salva por um veterinário.




          Outro boato é que um dos primeiros leões da Metro teria matado seu adestrador e os assistentes deste durante a filmagem da vinheta. De fato, quem lida com animais selvagens sabe que é difícil fazer uma criatura como estas rugir do nada. O que eles faziam era ainda mais apavorante: construíram um palco sonoro na jaula do bicho, com câmeras e tudo, para filmar seu rugido. A filosofia do estúdio para lidar com seus mascotes não envolvia chicotes ou tortura, e sim um profundo respeito pelo animal.




Alguns astros da época, como o diretor Alfred Hitchcock, tiraram fotos com o Leão da Metro. A diva Greta Garbo, corajosa, chegou a entrar na jaula para posar para um ensaio ao lado da fera. Eu, pessoalmente, não entraria lá nem que me pagassem!




Em 2014, durante a cerimônia de comemoração dos 90 anos da MGM, Leo apareceu ao vivo e teve suas patas deixadas na calçada do Teatro Chinês, em Hollywood. Não é montagem, é verdade! (Reparem no style da juba dele...)




Mega-cultuada, a “vinheta do Leão” da MGM também foi alvo de uma quantidade gigantesca de paródias. A mais antiga de que se tem noticia foi feita em 1935 no trailer da clássica comédia “Uma Noite Na Ópera”, que mostrava os Irmãos Marx, astros do filme, “dublando” o rugido do bicho.




Os Muppets satirizaram o leão em dois de seus longa-metragens, ambos de 1981. Em “The Muppets Go to The Movies”, o urso Fozzie estrela a vinheta; e em “A Grande Farra dos Muppets”, de 1981, é o personagem Animal quem faz o papel do lendário mascote da MGM (e, diga-se de passagem, merece um Oscar pela interpretação!)




Astros dos desenhos da MGM, Tom & Jerry fizeram a sua brincadeira com a vinheta-símbolo da casa. Inesquecível!!!




E até na Rússia tiraram sarro do Leão! Sim, uma animação mutcholoca de 1978, Ograblenie Po”, com sua crítica debochada aos chavões hollywoodianos, não perdeu a chance de zoar a vinheta mais célebre do cinema mundial. Tá aqui pra quem quer ver, com legendas para os que não entendem russo (eu, por exemplo):




Tudo isso sem a gente contar os milhões de memes que o Leão inspirou e ainda inspira na Internet. O mais recente (e, sem dúvida, o mais sensacional) é... O Pikachu da Metro!!!





Em uma época em que Hollywood criava ícones aos montes, até mesmo uma vinheta se tornou lendária. Ou alguém consegue imaginar algum filme da MGM começando sem Leo, o leão, rugindo na abertura? Eu, pelo menos, não consigo.

Todas as vinhetas dos leões estão neste vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=PAprxJ7KvjY

Playlist com todos os vídeos desta matéria? TEEEEMMM!!! Mas só no Canal do Poltrona R no You Tube! Link pra você: https://www.youtube.com/playlist?list=PLyc88yygdNcD4WjG27lEa6v0yq_YJ0RQM


FONTES:


Texto publicado anteriormente no site Blah Cultural

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

GIF DO DIA - 14/11/2016

"What a glorious feeling!" Gene Kelly, Debbie Reynolds e Donald O'Connor em "Cantando Na Chuva" -  parece que estão falando do que a gente sente ao ver esse filme apaixonante.



segunda-feira, 7 de novembro de 2016

REDUBLAR PRA QUÊ, PRA QUE REDUBLAR?

Caçando alguns desenhos antiquíssimos na Internet uns dias atrás, eu me deparei com uns episódios raros de coisas que eu tinha assistido na minha infância e pensei: “Vou salvar na minha playlist do You Tube pra rever depois desses anos todos!”. Playlist montada, comecei a assistir e pronto, veio a decepção: os desenhos tinham sido redublados. Re-du-blados!!!

Te juro, ainda estou tentando descobrir por que diacho se faz redublagem. Antigamente a gente não tinha TV a cabo, então a toda a programação gringa da televisão era dublada. E o número de reprises era cavalar, porque o material era bom, dava audiência e a gente esperava pra ver de novo aquele filme, desenho ou episódio tão querido. As falas a maioria de nós tinha decoradas, e até imitar os personagens a gente sabia. Anos depois, quando finalmente temos a oportunidade de recordar estas preciosidades, aí vem o balde de água fria: a “versão brasileira” delas foi refeita!!!




Sinceramente, eu não tenho a menor ideia do motivo de refazerem a tradução e a dublagem de alguns filmes, desenhos e séries. O sempre fiel e eficiente Professor Google me veio com algumas respostas: por questões de direitos autorais, quando os dubladores antigos cobram muita grana pelas vozes originais que fizeram; pela substituição de dubladores falecidos ou que não querem mais fazer o personagem; por exigência do dono da obra, que considera a antiga versão brasileira tosca; porque os caras acham mais barato redublar do que restaurar a dublagem antiga, e por aí vai.

Eu, pessoalmente, imagino que o motivo da redublagem seja uma tentativa de “atualização” de obras de outros tempos, principalmente aquelas que eram cheias de gírias da época em que a tradução foi feita. Acontece que um dos grandes baratos (“baratos”? que termo mais anos 80!) das dublagens antigas é justamente ouvir os termos que eram usados naquele tempo em que a gente assistia a esse material. Há também pessoas com ódio daquelas dublagens originais em que os locutores falavam todos os ésses e todos os érres, mas eu acho uma delícia ouvir o trabalho desses veteranos e veteranas, até porque, pra quem não sabe, grandes atores como Lima Duarte e Orlando Drummond (o eterno Peru da versão original da “Escolinha do Professor Raimundo” https://www.youtube.com/watch?v=y1MPwFe7K7I) foram dubladores em seu início de carreira. Tive a oportunidade de conhecer alguns locutores e dubladores veteranos que participaram da “versão brasileira” de um monte de clássicos, e admito: a emoção foi indescritível pra mim e pra eles. Pra mim porque o trabalho deles fez parte da minha vida. E pra eles porque esse pessoal, que ganha vergonhosamente pouco para o talento e carinho que tem pela profissão, adora ver seu trabalho ser reconhecido. A gente tem que respeitar esses caras; o conhecimento e a experiência deles na carreira rende muitas horas de conversa, porque história pra contar todos eles têm aos montes.

Me desculpem, mas as dublagens novas tornam aquelas obras antigas irreconhecíveis. Não que elas sejam ruins ou que seus profissionais não tenham talento, pelo contrário. Mas é que, sei lá, que falta alguma coisa nelas. Falta a critividade, o improviso, a diversão que a maioria dos profissionais das antigas tinha, mesmo fazendo um serviço sério. E olha, eu nunca pensei que fosse falar isso na vida, mas vamos lá: boa parte da graça de certos desenhos, filmes e séries que eu via na infãncia vinha da dublagem. Seja da tradução, seja das vozes, seja da combinação dessas duas coisas.



Alguns leitores já devem saber que eu sou tradutora, e que eu já trabalhei com tradução para dublagem e legendagem. Vou admitir outra coisa: em dublagens antigonas, feitas em tempos em que a Internet ainda não existia nem no desenho dos Jetsons, havia alguns erros de tradução, coisa que era inevitável naquele contexto. A tradução das dublagens novas é bem melhor que a das antigas, embora eu já tenha visto alguns erros graves. Enfim, não existem traduções perfeitas (e eu digo isso porque eu mesma já pisei na bola algumas vezes); mas, ainda que com certas palavras traduzidas incorretamente, a dublagem clássica ainda é mais gostosa de ouvir para quem cresceu escutando-a. Daí a nossa dificuldade de aceitar não só as novas vozes, mas as novas traduções, mesmo quando algumas palavras nelas são corretas e nas antigas não.

Redublagem é o tipo da coisa que provoca a ira dos fãs de cinema, e eu entendo as razões para esse tipo de procedimento ser realizado. Mas aquela tradução, com aquelas vozes, aquele trabalho tão marcante pra mim, vai continuar sendo a versão brasileira definitiva.

É, gente... Para certas coisas na vida, acostumar com o novo pode ser beeeem difícil.


FONTES:



segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O HALLOWEEN DAS DIVAS

A festa do Halloween surgiu na Grã-Bretanha da Idade Média, e veio parar no Brasil graças às escolas de inglês e aos colégios bilíngües. Em Hollywood já é uma diversão desde sempre, e provas disso são as fotos que eu separei de diversas estrelas clássicas posando e divando ao estilo do Dia das Bruxas. Dá uma olhada:

Ava Gardner

Veronica Lake

Rita Hayworth

Debbie Reynolds

Barbara Eden, a gênio Jeannie

Kim Novak

Carole Lombard

Doris Day

Ann Miller

Janet Leigh

Lucille Ball & Vivian Vance

Judy Garland

Jane Russell

Paulette Goddard

Clara Bow

A ‘Feiticeira’ Elizabeth Montgomery

“Happy Halloween to all!”