terça-feira, 30 de janeiro de 2018

SAIU!!! EDIÇÃO N° 16 DA REVISTINHA DO “CINE CLUB”!!!



Já foi lançada a décima-sexta edição da Revistinha do Cine Club, uma publicação virtual toda feita por um grupo de blogueiros de cinema (entre eles, eu). Ela traz sempre textos de alta qualidade sobre filmes de todas as épocas, dicas de obras-primas para você assistir, lançamentos em DVD, as estréias do mês, e muito mais. Você pode baixar a sua Revistinha do Cine Club Edição 16 (Janeiro 2018) clicando no link abaixo:




e em seguida clicando no ícone “Baixar”, que aparecerá no canto superior direito da sua tela. 
Boa leitura!


DVD – DOIS NA GANGORRA


Two For The Seesaw
Ano de produção: 1962
Direção: Robert Wise
Elenco: Robert Mitchum, Shirley MacLaine, Edmon Ryan, Elizabeth Fraser.
Duração: 119 minutos
Preto & Branco
Gravadora: Classicline





Já começo o ano cumprindo uma dívida com os meus leitores. Muitos me perguntavam: “Por que você ainda não fez resenha de nenhum filme do Robert Mitchum?” “E da Shirley MacLaine, você não fala?” Pois bem, o primeiro DVD comentado de 2018 tem os dois no elenco! Mitchum e Shirley são o par principal desta tragicomédia (mais para “tragi” que para “comédia”, em minha modesta opinião) que foi um dos filmes mais polêmicos de 1962. Na direção está o premiadaço Robert Wise (o mesmo de “A Noviça Rebelde”). Filmado em branco e preto e baseado numa peça escrita por William Gibson, o longa tem um clima meio asfixiante, que a trilha sonora de André Previn (“Gigi” e “My Fair Lady”) só reforça. Chutado pela esposa, o conservador advogado Jerry Ryan (Robert Mitchum) conhece, em uma “festinha de arromba”, a jovem e imatura bailarina Gittel Mosca (Shirley MacLaine). A partir daí, os dois dão início a um relacionamento amoroso repleto de altos e baixos – daí a “gangorra” do título. Afinal, ambos têm diferenças de temperamento, e ele não consegue se desligar emocionalmente da ex-mulher, mesmo depois de o divórcio ter sido oficializado. Mitchum está menos durão e mais doce, quase fofo, vivendo o homem triste e desorientado que encontra no amor uma razão para viver. Shirley domina uma personagem que é a sua cara, até porque ela tem formação de bailarina na vida real. A cena do solo de dança de Gittel, aliás, é uma das mais emocionantes que eu já vi. Enfim, “Dois na Gangorra” pode não ser a comediazinha boba e melosa que a capa do DVD sugere. Mesmo assim, ou por isso mesmo, é um filme adorável, que vale a pena ver.





CURIOSIDADES
▪Originalmente, o casal escalado para os papéis principais era Paul Newman e Elizabeth Taylor. Será que eu sou a única que não consegue imaginar nem Paul nem Elizabeth como astros deste filme?
▪Shirley MacLaine começou a fazer balé na infância, como tratamento para um problema de saúde nas pernas. A partir daí, adotou a dança para o resto da vida.
▪Mitchum e Shirley tiveram um rápido caso durante as gravações. Quem revelou este segredinho foi a própria Shirley, em entrevista ao programa de Oprah Winfrey.
▪O figurino foi criado por Orry-Kelly. O estilista já havia criado o figurino de um filme que é referência fashion até hoje: “Quanto Mais Quente Melhor” (cuja resenha você também lê aqui: http://poltrona-r.blogspot.com.br/2017/04/dvd-quanto-mais-quente-melhor.html)
▪Na versão para DVD, os créditos de abertura ficaram tão grandes que não cabem na tela. De resto, a qualidade audiovisual do filme é ótima.

EXTRAS
● Infelizmente, nenhum

EMBALAGEM
● Sem nenhum tipo de luxo, mas bem cuidada, com fotos bacanas na capa.

Trailer Original do Filme: 




FONTES








quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

ENFIM, A TÃO ESPERADA CONQUISTA: 50.000 VIEWS!!!


Comemorando sem parar! Dois sonhos realizados nesta mesma semana: a página do Blog Poltrona R no Facebook chegou às 50 curtidas, e este blog ultrapassou as 50.000 visualizações! Sabe graças a quem? Graças a cada um de vocês, que lê, curte e divulga meus textos!

Um MUITO OBRIGADA do tamanho de um bonde, e que Deus abençoe muito a vida de cada um de vocês.

#Obrigada
#50milViews
#50Likes
#Cinquentinha
#ValeuLeitores&Seguidores
#RumoAos100Mil

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

YOUTUBERS ANALISAM EPISÓDIOS (E POLÊMICAS) DO DESENHO PICA-PAU



        Mais de sete décadas após a sua criação, ele continua rendendo polêmicas intermináveis. Houve, inclusive, algumas tentativas de torná-lo meigo e bonzinho, mas o fato é que a graça estava mesmo na total incorreção política de seus desenhos. Eu mesma já vi, inclusive, uma tese de mestrado que o apresentava como um mau exemplo que deveria ser proibido para as crianças. Já sacaram que o assunto desse texto é o mais popular, irreverente e controverso desenho animado de todos os tempos: o Pica-Pau.

Criado em 1940 pelo cartunista Walter Lantz (de quem já andei falando por aqui em http://poltrona-r.blogspot.com/2016/10/walt-disney-versus-walter-lantz-tinha.html), o Pica-Pau (ou Woody Woodpecker, em inglês) surgiu despretensiosamente, como coadjuvante de um desenho daquele que até então era o personagem de maior sucesso de Lantz, Andy Panda (de quem provavelmente você já ouviu falar). Mas logo o pássaro xarope caiu nas graças do povo e ganhou sua própria série de animação, ofuscando até o próprio Andy.




O estilo politicamente incorreto, que sempre foi a marca registrada de Walter Lantz (de quase todos os desenhos da época, mas de Lantz em particular) já aparecia nos desenhos do Andy Panda, mas atingiu seu auge com o Pica-Pau. Sádico, debochado e vingativo, o “cabeça-de-fogo” adorava azucrinar suas vítimas das formas mais cruéis possíveis. E não é só – ele fazia coisas consideradas escandalosas, como fumar e beber em público, tentar cometer suicídio, roubar gasolina, sacanear policiais, desrespeitar médicos, sair com um bando de prostitutas e até debochar da cara da morte.

Toda essa virulência, ousadia e cinismo jamais impediram que o Pica-Pau tivesse milhões de fãs através de gerações, em todo o mundo e em todos os idiomas imagináveis – superando, inclusive, os desenhos certinhos e politicamente corretos de agora. Uma bela prova disso é que eu, como youtubeólatra incurável, tenho me deparado com um monte de vídeos que têm Walter Lantz e o Pica-Pau como tema. Separei alguns deles aqui para você, leitor, se divertir e conferir o talento destes novos curtidores de um dos melhores e mais inteligentes desenhos animados que já existiram. "Marche!"




O canal Você Não Sabia fez uma análise divertida dos momentos mais controvertidos dos episódios clássicos do Pica-Pau – e, o que é melhor, em ordem cronológica. Note que os episódios mais politicamente incorretos são justamente os mais antigos, da década de 1940 e início da de 1950.



Por falar nisso, a internet é repleta de memes e textos criticando e até declarando ódio ao chamado “Pica-Pau Doidão”, aquele com cara de maluco, dos primeiros desenhos produzidos. Eu discordo completamente destas críticas. Afinal, o conceito do personagem criado originalmente por Walter Lantz era justamente aquele bicho doido e esquisito, discriminado e tido como louco por outros seres do reino animal. Aos poucos o Pica-Pau foi tendo seu visual retrabalhado pelos desenhistas até virar o tipo (na minha opinião!) fofinho, chato e sem graça dos anos 60 e 70, e ganhar um remake horroroso a partir de 1999. Quanto a esse remake, eu prefiro nem comentar. A turma que fez o novo Pica-Pau para mim tem tanta intimidade com a obra de Lantz quanto eu tenho com física quântica.




O Pica-Pau Doidão para mim é sensacional, e muita gente não gosta dele porque não o entende, não compreende a genialidade de Walter Lantz na sua forma mais pura, sem interferência de censores de nenhum tipo. “Everybody thinks I’m crazy”, mas de acordo com o meu gosto pessoal, os melhores desenhos do Pica-Pau são aqueles feitos até 1959 (nem da fase Pé de Pano eu gosto). Por volta de 1962, o pássaro louco foi ficando menos louco e mais bonzinho, e essa transformação levou embora pelo menos 70% da graça dos desenhos. Esse processo de “amenização” teve que acontecer porque, nos anos 40 e 50, desenhos animados eram exibidos apenas nos cinemas. Com a popularização da TV nos EUA, na década de 1960, foi preciso que o Walter Lantz Studio deixasse suas obras mais leves, para que as crianças pequenas pudessem vê-las. Como se não bastasse, o custo de produção dos desenhos do Pica-Pau por episódio foi ficando mais alto, justamente por causa dessa migração do personagem para a televisão. O orçamento mais baixo e a censura pegando no pé interferiram, obviamente, na qualidade do trabalho de Lantz e sua equipe. A emissora comprou também os episódios antigos do Pica-Pau, mas – aí vem o lado ruim – decidiu fazer algumas modificações neles, para torná-los mais “família”. O que é uma grande ironia, pois o próprio Lantz sempre afirmou que nunca teve a intenção de fazer desenhos para crianças, e que sua obra sempre foi voltada para jovens e adultos (isso explica muita coisa...).




O pessoal do canal Vício Nerd se aprofundou ainda mais nessa questão da “tesoura” televisiva do que o vídeo anterior. No vídeo criado por eles, você vai ver algumas cenas que a censura não deixou serem exibidas na telinha, não só nos Estados Unidos como em outros países, Brasil incluído. É curioso como, na maioria dos casos, a falta das cenas cortadas deixa o enredo sem sentido. Um bom exemplo é o episódio de estréia do personagem, “Knock Knock”, que no Brasil se chama – vai entender –  “O Pica-Pau Ataca Novamente” (https://www.youtube.com/watch?v=PTGpjpbeqdQ). O final original é bem mais engraçado, irônico e inteligente do que aquele que foi para o ar. Assista e confira.



Já o Felipe Castanhari, do Canal Nostalgia, atende aos pedidos de inúmeros inscritos seus e mergulha na história de Walter Lantz e do Pica-Pau em um vídeo muito bacana e completo. De todos os especiais de youtubers que eu postei aqui, o especial do Castanhari é o que melhor dá ideia da genialidade de Lantz, pois faz um compilado de trechos de desenhos de diversas fases do pássaro mais doidão da televisão. Gostei da forma como estas cenas clássicas foram intercaladas com a narrativa do Castanhari. O youtuber também fala da evolução dos inimigos e coadjuvantes, como Zeca Urubu (que tinha uma cara de bandido bem mais assustadora nas primeiras versões), o esfomeado Zé Jacaré  e, claro, o meu desafeto preferido do Pica-Pau, o ultra-clássico Leôncio, aquele morsa que no Brasil falava portunhol, mas que na versão original tinha um sotaque meio alemão, meio sueco (https://pt.wikipedia.org/wiki/Wally_Walrus), uma provável referência aos inimigos germânicos dos norte-americanos na Segunda Guerra Mundial. Como brinde extra, uma “sessão remember” dos bordões mais inesquecíveis da história do Pica-Pau. Quem acompanha o personagem há pelo menos 30 anos vai lembrar de alguns deles:  “Mulheres, iate, mulheres!”, “Se o Pica-Pau tivesse comunicado à polícia, isso não teria acontecido”, “Vudu é pra jacu”, o “Aêêêê!!!” das Cataratas, e tantos outros. Há até uma homenagem aos dubladores da ave psicopata. Um dos momentos mais engraçados é o que mostra as versões da franquia Pica-Pau em videogame. Quem teve infância vai se deliciar.



É surpreendente como cenas que foram criadas há décadas sobreviveram ao surgimento de diversas mídias e entraram na era da Internet, onde se transformaram em memes. A obra de Walter Lantz, assim como a de Roberto Bolaños, Hanna-Barbera e Walt Disney, resiste à passagem do tempo justamente por ser universal e atemporal. E, claro, pela sua qualidade inigualável. Minha nossa, minha nossa, minha nossa, nossa, nossa!

Direto do You Tube – ELLA FITZGERALD E KAREN CARPENTER EM UM DUETO (E NÃO É MONTAGEM!)

          


          Das séries “Se-alguém-não-tivesse-filmado-ninguém-teria-acreditado”, “Minha-mão-coçou-pra-compartilhar” e “Muito-talento-para-pouco-vídeo”. A rainha do jazz e a vocalista dos Carpenters no mesmo palco? Siiimmmm!!! Esta cena, que aconteceu de verdade, foi ao ar em 16 de maio de 1980 no premiadíssimo especial “Music, Music, Music”, da TV americana, e que, até o fechamento desta edição, não existe em DVD nem em CD. A interpretação das duas divas de alguns clássicos da música norte-americana é de dar um nó na garganta. Mas o mais legal é que a dupla parece estar se divertindo no palco. É curioso que, embora Karen Carpenter já esteja um tanto debilitada (ela viria a falecer em 1983), sua voz soa tão poderosa quanto no auge da carreira – se não ainda mais. 


          Essa postagem tem um duplo motivo: homenagear Ella Fitzgerald, e, principalmente Karen, pois no próximo dia 4 de fevereiro faz 35 anos que a cantora e multi-instrumentista nos deixou. Ela teve sua trágica história de vida contada no filme “A História de Karen Carpenter”, de 1989 (https://www.youtube.com/watch?v=H5tA3NWbnAs) (é dublado, que milagre!). Mas vamos nos lembrar dela não desta forma deprimente, e sim apreciando a obra musical tão rica que ela produziu (aliás, ela também andou se aventurando na carreira de atriz...). Sei que a qualidade do vídeo não está uma maravilha, mas a do som, que é o mais importante, graças a Deus está. Então feche os olhos e ouça... Isto é música de verdade, para dizer o mínimo.


Canções interpretadas: "This Masquerade / My Funny Valentine / I'll Be Seeing You / Someone to Watch Over Me / As Time Goes By / Don't Get Around Much Anymore / I Let a Song Go Out of My Heart"

Quem quer ver as letras, entre aqui:



terça-feira, 23 de janeiro de 2018

O VÍDEO SHOW QUE PRESTAVA


Tomou um susto ao ver o título desta matéria? Aposto que sim! Pois é, assim como a “Sessão da Tarde” já valeu o meu tempo, o “Vídeo Show”, aquele programa irritante que passa diariamente nas tardes da Globo, também já prestou. Quando foi criado, em 1983, uma das propostas da atração era, sim, mostrar bastidores da televisão e do cinema; só que essa não era a proposta mais importante do programa. O objetivo principal do “Vídeo Show” era ser um programa cultural – sem ser chato. Trazia reportagens imperdíveis sobre a criação da TV no Brasil, entrevistas com gente que realmente tinha o que dizer (Cazuza, por exemplo, no vídeo abaixo) e as novidades no mundo do cinema (acredite, a primeira vez que eu ouvi falar em Pedro Almodóvar foi no “Vídeo Show”, lá pelo final dos anos 80, se não me engano). As famosas matérias com sequências de erros de gravações dos programas e novelas também já estava lá, mas duravam menos de um minuto.




Inúmeros apresentadores passaram pelo “Vídeo Show”, entre eles Marcelo Tas, que interpretava um personagem exótico chamado Cabeça Branca, não muito diferente do que ele faria anos mais tarde, nos programas infantis da TV Cultura (https://www.youtube.com/watch?v=6HxFzQaaVdQ). Porém, o apresentador que foi, para toda uma geração, a “cara” do programa só foi estrear nele em agosto de 1987Miguel Falabella deu personalidade ao “Vídeo Show”, e trouxe para o programa quadros como “Tricotando” e a voz inconfundível da amiga Cissa Guimarães como narradora das matérias do programa. Miguel, inclusive, se referia a Cissa como “a garota que quebra o coco, mas não arrebenta a sapucaia”. Foi também sob o comando de Falabella que o programa ganhou um dos seus quadros mais famosos: o “Túnel do Tempo” (“Há 25 anos, direto do túnel do tempo…”).




Em 1994, resolveram que o programa passaria a ser diário – e a partir daí, foi ladeira abaixo sem freio. O que antes era o que o próprio nome diz (um show de vídeo) foi transformado em uma versão televisiva da revista Caras, tratando só de atualidades da vida dos artistas da Globo (enaltecendo todos eles, é claro!) e algumas entrevistas bobas de bastidores.

Ao longo desses quase 25 anos, o “Vídeo Show” passeou por diversos horários na grade da emissora, trocou de cenário e de apresentadores, enfim, sofreu um monte de mudanças – nenhuma delas qualitativa. O conteúdo permaneceu a mesma chatice inútil, misturando fofocas do elenco global com matérias que nada mais são do que propagandas de programas que a própria Globo exibe ou está para lançar. Não há uma única preocupação em se contar a história do cinema ou da televisão – quando isso é feito, apenas uns 40 segundos (sem exagero!) são dedicados ao tema. De resto, só vejo coisas tolas ou até mesmo absurdas. Lembro que, na época da novela “Senhora do Destino”, a personagem Nazaré (Renata Sorrah) tinha a mania de destruir travesseiros quando estava nervosa. E o programa fez uma montagem que tentava ser engraçada, mostrando um monte de travesseiros se rebelando contra Nazaré. Como eu não consegui encontrar esta obra-prima no You Tube, fiquem com a Nazaré de verdade, a da novela:




Deixo aqui meu recado para o próximo produtor e/ou diretor que assumir o comando do “Vídeo Show”. Por favor, tente fazer o programa voltar a prestar, a valer o tempo do espectador. Traga de volta a proposta da antiga versão do programa, que, não por acaso, é bem parecida com a proposta deste blog: trazer diversão inteligente, sem ser chato, e de forma popular, sem ser idiota. Nossa televisão (tanto aberta quanto a cabo) precisa disso, e com urgência. Saber que, no meio de uma filmagem, o Tony Ramos começou a rir da cara da Fernanda Torres é, sim, engraçadinho – desde que esse tipo de coisa ocupe, no máximo, trinta segundos de programa. Há muita coisa interessante para tratar – sugiro, por exemplo, uma visita do programa ao Hotel Fazenda Mazzaropi (e não estou ganhando um tostão para isso!), mostrando a propriedade onde o grande artista brasileiro fez vários de seus filmes. Sugiro também entrevistas com lendas da nossa comunicação, como Washington Olivetto, e matérias de 1 a 2 minutos (ou até mais) sobre alguns dos incontáveis artistas novos (e de qualidade, pelo amor de Deus!) que estão surgindo na Internet. Idéias de reportagens não faltam. Desculpas para não fazer um programa de qualidade são, para mim, só isso – meras desculpas.




Enfim, o “Vídeo Show” serve como um excelente termômetro de como a cultura do nosso país andou para trás nos últimos 34 anos. Na verdade, a cultura mundial vem empobrecendo. Mas nós, aqui no Brasil, não precisamos ser iguais ao resto do mundo. E antes que me perguntem “Você acha que um programa de TV vai mudar isso?”, eu já digo que, se cada um fizer a sua parte para tornar o nosso país mais inteligente, a diferença vai ser grande, e bem grande.

Já vi muita gente comentar comigo que sente saudades do “Vídeo Show Que Prestava”, e que não suporta o “Vídeo Show” atual. Quando o “Vídeo Show” voltar a ser o “Vídeo Show Que Prestava”, muita gente vai voltar a assistir ao programa. E os índices de audiência voltarão a subir. Parece complicado? Mas é simples assim.



FONTES




Texto publicado também no blog Bláh Cultural https://www.blahcultural.com/o-video-show-que-prestava/

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

DIRETO DO YOU TUBE – Virginie, a vocalista da banda Metrô, interpretando Scarlett O’Hara em comercial dos anos 80



Feliz 2018, queridos! E a primeira postagem do ano vai ser uma relíquia. Os quarentões e cinquentões que lêem este blog conhecem a banda Metrô, um dos ícones do rock dos anos 80, que emplacou hits como “Tudo Pode Mudar” (que os mais jovens conhecem da trilha do filme “Bingo, O Rei das Manhãs”)...


“Sândalo de Dândi”(olha aí o Faustão novinho)...



... e, claro, o tema de abertura da versão original (e muito melhor) da novela “Tititi”.



O Metrô fez a molecada da época (eu, inclusive) cantar e dançar, principalmente porque marcava presença na TV o tempo todo. Em plena era de ouro dos programas musicais e/ou de auditório na televisão brasileira, lá estava o Metrô batendo cartão e levando a galera à loucura. Vejam (ou relembrem), por exemplo, a banda participando do mais clássico programa da década de 80, o “Cassino do Chacrinha”. A música se chama “Beat Acelerado” aka Bife Acebolado (meu Deus do céu, como eu cantei isso!):



Mas por que eu estou falando do Metrô aqui? O que tem a ver? Tem muito a ver. A vocalista do grupo, Virginie, adorava estrelar comerciais. Fez alguns memoráveis, como, por exemplo, o da marca de fitas K7 BASF (“Não se contente com menos!”). Muito legal, porque ela explorava seus dons vocais imitando o som de uma fita K7 estragada. Naqueles tempos de tecnologia jurássica, as queridas fitinhas tiveram seu auge. Só quem viveu a época vai entender!



O que eu não sabia (e fui descobrir há alguns minutos), é que aqueles comerciais da marca de eletrodomêsticos Britânia, que provavelmente só eu lembro, paródias de “E O Vento Levou” feitas especialmente para serem apresentadas nos intervalos das tão aguardadas exibições do filme na Globo (sim, a emissora já exibiu “E O Vento Levou”, inteiraço, em suas noites), tinham, no papel de Scarlett O’Hara (tá preparado?) ninguém menos que a cantora Virginie, vocalista do Metrô! Caso você não se recorde do que eu tô falando, aqui vai o comercial que é o verdadeiro tema dessa matéria e desta lengalenga toda:



Ícone entre as meninas da época (eu, inclusive) e diva dos comerciais (veja a playlist no canal do Poltrona R), Virginie lançou moda com seu jeito de vestir e cantar. Também era ótima como atriz, dom que, na opinião desta autora aqui, poderia ter sido muito mais explorado. Bem, ela ainda está por aí fazendo shows com a banda. Nunca é tarde pra pensar numa carreira paralela no teatro e nas novelas. Como diz o pessoal do Vitrola Verde, que entrevistou a Virginie mais recentemente (https://www.youtube.com/watch?v=XDh1QX9YL44), “no beat acelerado tudo pode mudar”...


Quer ver a Virginie fazendo outros comerciais? Clica aqui: 

https://www.youtube.com/playlist?list=PLyc88yygdNcAYImlrmv5riFS-mhtSot2E