sábado, 25 de fevereiro de 2017

DIRETO DO YOU TUBE – Um passeio pelos cenários de “E O Vento Levou”


Tá aí uma viagem que eu sempre tive curiosidade de fazer: agências de turismo nos EUA oferecem passeios pelos locais históricos onde cenas do filme “E O Vento Levou” foram feitas (sim, porque, para a nossa tristeza, muita coisa foi gravada dentro dos próprios estúdios da MGM, e quase nada sobrou hoje em dia). Tenho certeza que muitos leitores gostariam de conhecer os lugares onde essa obra-prima foi realizada (http://www.atlantastruesouth.com/gone-with-wind/historic-bus-tours/); mas enquanto não matamos essa vontade, eis aqui um videozinho que eu achei no You Tube mostrando, em pouco mais de 5 minutos, alguns desses cenários, dentro do estúdio.

O vídeo mistura imagens feitas em 1970, nos anos 50 e em 2014, incluindo vistas aéreas do local e como ele está hoje. A perfeição dos cenários, construídos em uma época tão pobre em termos de tecnologia e recursos, me impressionou. No filme, elas realmente deixam o espectador confuso, talvez por causa da forma artesanal como foram elaboradas - como tudo, aliás, que era feito na Hollywood daqueles tempos. Funcionou assim: todas as cenas em que, na trama, a região estava intacta foram rodadas, e depois os cenários foram detonados pela própria equipe da MGM (com exceção da casa da fazenda Tara, claro) e então foi a vez de gravar os trechos do filme em que a área é devastada pela Guerra Civil Americana.




Uma pergunta que sempre me fazem é: “A fazenda Tara existiu mesmo?” Existir ela existiu, mas obviamente não com esse nome. Aquele casarão, encravado em algum ponto do Sul dos Estados Unidos, serviu para a filmagem de algumas cenas. Naquele trecho do clássico que todo mundo conhece, quando a cidade e a fazenda são destruídas por um incêndio (https://www.youtube.com/watch?v=PnEZrV_WT44), o que realmente pegou fogo foi uma falsa fachada do casarão, construída fielmente dentro dos estúdios da MGM.




Conforme dá para ver no vídeo (e em algumas fotos aqui), a maioria desses locais não existe mais atualmente (deram lugar a escritórios ou outros estúdios). Mas tem gente querendo restaurar as sobras dos cenários e abri-los para visitação.



Tudo feito à mão – sem efeitos elaborados, sem computação gráfica, só inteligência de quem era obrigado a se virar com o que tinha à sua disposição. Como disse o apresentador do canal TCM, Ben Mankiewicz, “Jamais haverá outra época igual à Era de Ouro de Hollywood. Naqueles tempos nós não sabíamos como explodir edifícios, então nossa única escolha era contar grandes histórias com grandes personagens."(https://www.youtube.com/watch?time_continue=90&v=WCRkQ8qdUGQ)

Ou, melhor ainda, parafraseando o próprio texto de abertura do filme “E O Vento Levou”, eu diria: “Procure por ela apenas em livros, pois hoje ela não é nada além de um sonho relembrado – uma Hollywood que o vento levou.” 

Assista ao vídeo oficial: 




Pra quem quer ver mais, também há este vídeo não-oficial, feito por um fã:



Lembrando que todos os vídeos deste blog você encontra no Canal Poltrona R do You Tube. Ficou com vontade de ver ou rever, tá tudo lá! 


FONTES


FAKE NEWS E CONSPIRAÇÕES: AS 5 MENTIRAS MAIS COMPARTILHADAS NA INTERNET SOBRE CINEMA CLÁSSICO



1.      Carmen Miranda era careca
Esse boato surgiu porque a diva brasileira quase nunca aparecia sem seus famosos chapéus de frutas, que eram sua marca registrada. Na verdade, ela tinha cabelo, sim, e era muito bonito! Vejam este vídeo de uma entrevista da Carmen para um repórter inglês. Ele pergunta a ela se é verdade que ela é careca. Carmen mostra o cabelão lindo e, com seu bom humor característico, explica que o público sempre a vê usando seus chapéus de baiana porque ela “ganha dinheiro com bananas”. Duplo sentido com elegância!




2.      Marilyn Monroe tinha próteses de silicone
Absurdo! A primeira prótese de silicone foi criada em 1961, e só testada em humanos no ano seguinte. Quem vê as fotos de Marilyn sabe que, desde os tempos em que ela ainda tinha cabelos cor de mel e se chamava Norma Jean, sempre teve um corpo cheio de curvas. A cirurgia que ela realmente fez foi uma plástica no nariz, o que nada tem a ver com silicone.




3.      Marilyn Monroe utilizava produtos para clarear a pele
Outro boato sobre Marilyn, e sobre outras atrizes da Old School, como Ava Gardner e Rita Hayworth, é que elas teriam utilizado cremes clareadores para ficar branquinhas. Papo furado. Na época existiram alguns produtos picaretas que prometiam o clareamento da pele (olha o anúncio aí embaixo), pois o ideal de beleza daqueles tempos era a mulher bem branquinha, quase pálida. Mas não era esse o caso das divas de Hollywood – elas ficaram com a cútis mais clara do que a que tinham no início da carreira porque foram proibidas pelos seus empresários de tomar sol. Ou seja, por razões profissionais, elas não podiam se expor aos raios solares. Só isso.




4.      Walt Disney foi congelado depois de morto
O povo gosta mesmo de uma teoria da conspiração, não é? Ainda mais quando se trata de uma figura tão odiada pelos intelectuais quanto Walt Disney (sinto um cheirinho de inveja aí...). O corpo do mestre dos desenhos animados foi cremado no dia 17 de dezembro de 1966, e as cinzas se encontram em um cemitério da Califórnia. A lenda de que o cadáver de Walt foi congelado foi criada por um grupo de animadores com um senso de humor meio esquisito, e é mencionada em pelo menos duas biografias do cartunista: “Disney’s World”, de Robert Mosley, e a sensacionalista “Walt Disney, o Príncipe Sombrio de Hollywood”, de Marc Elliot. Há várias versões desse boato, e a mais conhecida delas é que Walt teria pedido que seu corpo fosse armazenado dentro da própria Disneylândia em uma espécie de freezer para servir de objeto de estudo para cientistas que pesquisavam a cura para o câncer. A própria filha de Disney, Diane, desmentiu a palhaçada toda.




5.      Elvis Presley está vivo e escondido por aí
Eu sei que muita gente (incluindo eu mesma) gostaria que Elvis estivesse vivo, mas essa conversa, muito divulgada por aí, de que o Rei do Rock and Roll teria forjado a própria morte para escapar do assédio dos fãs, e hoje seria um respeitável senhor idoso que já teria sido visto em vários lugares, inclusive de cadeira de rodas, é mera ficção. Desde o falecimento do cantor, em 16 de agosto de 1977 em sua própria mansão, chamada Graceland,  todos os tipos de delírios já foram produzidos pela imaginação dos fãs; há desde gente que afirma ter visto o fantasma de Elvis na porta de Graceland até um parente do artista dizendo que quem estava no caixão era, na verdade, um sósia. Como a autópsia de Elvis Presley foi mantida em segredo (ninguém sabe o motivo), um monte de maluquices sobre uma possível morte forjada do Rei do Rock passaram a assolar a imprensa. Nos anos 80 e 90, um grupo chamado Sightings Society (http://elvissightingsociety.org/) chegou ao cúmulo de oferecer uma recompensa para quem revelasse o paradeiro de Elvis. Surgiram algumas figuras na mídia que foram apontadas como a “identidade secreta” do cantor, mas nada de concreto até hoje.




          Este é o motivo de este blog sempre procurar diversas fontes e citar todas sempre que escreve e publica uma postagem – a Internet está repleta de mentiras e histórias falsas que viralizam e, mesmo tendo se tornado populares, não servem como base para uma matéria de qualidade. Nada que a gente vê na Web pode ser considerado 100% confiável; portanto, cuidado!





FONTES


GIF DO DIA - 25/02/2017

A dancinha de Popeye e sua amada Olivia Palito. Inesquecível! Um ótimo feriado a todos.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

DIRETO DO YOU TUBE - Walt Disney em 3 minutos, mais um vídeo show de bola do pessoal do Philos



Fiquei fã do Philos, um canal do You Tube que faz vídeos criativos sobre acontecimentos históricos e personalidades que mudaram o mundo. Tanto é que compartilhei aqui as Biografias Em 3 Minutos de Frank Sinatra (https://www.youtube.com/watch?v=Skpt_T4dshw) e Charles Chaplin (https://www.youtube.com/watch?v=BAGHiJDaB7k), e agora divido com vocês o link de mais um episódio dessa série. E este é sobre o meu maior ídolo, Walt Disney. Parabéns à galera do Philos por mostrar que é possível criar trabalhos emocionantes e inteligentes utilizando um mínimo de recursos. Isso não é ultrapassado, não. Pelo contrário – é atualíssimo. Coisa boa é pra compartilhar e divulgar!  


Pra quem ficou com vontade de ver mais, aqui está o Link do Philos no You Tube: https://www.youtube.com/channel/UCkF3vwbUhpckceLhey2MvPA

sábado, 11 de fevereiro de 2017

A TRETA HISTÓRICA POR TRÁS DE “CIDADÃO KANE”



Imagine que você é o dono da maior rede de jornais do seu país, em uma época em que não existe internet, não existe nem televisão, e o rádio e o cinema são os meios de comunicação mais influentes que existem. Você é um craque em manipular a opinião pública, a ponto de levar multidões para ver (e adorar!) os filmes da péssima atriz com quem você se casou. De repente, surge um jovem talentosíssimo e faz um filme que não apenas conta em detalhes a sua vida, como também expõe sem dó todos os seus podres.

Sim, isso aconteceu nos Estados Unidos, em 1941. A história por trás de “Cidadão Kane” é tão interessante quanto o próprio filme, se não for ainda mais. Dirigido, escrito e estrelado por Orson Welles (que na época tinha inacreditáveis 26 anos), o filme enfureceu o magnata das comunicações William Randolph Hearst (1863-1951), a ponto de gerar uma briga que foi assunto nacional e que, diga-se de passagem, acabou pegando mal para a imagem dos dois. Mas vamos começar a história do começo.



William Randolph Hearst chegou ao final da década de 1930 como o mais influente homem da imprensa norte-americana. Ele havia começado sua carreira de empresário aos 24 anos de idade, quando assumiu a direção do jornal falido que era de seu pai, George Hearst. Apaixonado por sensacionalismo, William Hearst criou o conceito de “imprensa marrom”, publicando matérias bombásticas e bizarras, que, muitas vezes não passavam de invenções da sua própria cabeça. Não satisfeito em ter a opinião pública na palma de sua mão, ele também tentou a carreira política, tendo se candidatado à prefeitura de Nova Iorque duas vezes, a governador do Estado uma vez e até a vice-governador, também uma vez. Perdeu a eleição nas quatro candidaturas. Sua vida pessoal foi trágica. Ele foi infeliz no casamento e não era exatamente uma pessoa popular e adorada em seu meio, além de sofrer de uma compulsão doentia por acumular objetos.



Enquanto isso, o garoto-prodígio Orson Welles já possuía um currículo considerável: ele havia iniciado a carreira no teatro e causado polêmica (coisa que ele adorava) com uma montagem de “Macbeth” de Shakespeare apenas com atores negros, coisa avançada para a época. Depois, foi trabalhar na emissora de rádio CBS como diretor e locutor. Entrou para a história ao causar comoção nacional e até mesmo mundial com uma adaptação ultra-realista do livro “A Guerra Dos Mundos”, do escritor H. G. Wells. Orson transformou essa obra clássica (https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Guerra_dos_Mundos_(livro)) em uma falsa matéria jornalística radiofônica, encenando-a ao vivo na rádio de modo a enganar (e apavorar!) o público dos EUA, fazendo todos pensarem que se tratava de uma invasão real de alienígenas (Ouça aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Xs0K4ApWl4g). Eram tempos de guerra, e o povo se assustava facilmente com qualquer notícia estranha, principalmente se precedida da vinheta “Interrompemos nossa programação para...”, e Welles, chegado a uma controvérsia, sabia disso. A “pegadinha” causou comoção nacional e animou o jovem artista a ir para Hollywood, tentar a carreira no cinema.

Lá chegando, ele foi contratado pelos estúdios RKO, onde fechou um contrato, com uma condição que é o sonho de qualquer realizador da mídia até hoje: liberdade total de criação, como diretor, ator e autor”. Para um rebelde como ele, então, era uma bênção. Na RKO, propuseram a ele fazer um filme sobre a vida de William Randolph Hearst. Orson aceitou, e assim surgiu “Cidadão Kane”. O clássico não apenas mostra o personagem central, batizado de Charles Foster Kane, como um homem megalomaníaco, sem limites e sem caráter, como também demonstra o espantoso conhecimento que Welles tinha da vida de Hearst. Como se não bastasse, ainda critica de maneira devastadora as pessoas que conviveram com o milionário, principalmente a esposa dele, Susan Alexander (Dorothy Comingore), baseada na atriz e bailarina Marion Davies (1897-1961), que foi amante de Hearst e depois se casou com ele.



“Cidadão Kane” trouxe muitas novidades para sua época, como a narrativa não linear (a história começa praticamente do final) utilizando vários pontos de vista (algo que voltou à moda agora), a inserção de cinejornais fake conferindo incrível realismo ao filme e despertando ainda mais confusão na mente do espectador, os ângulos de câmera desconcertantes (como, por exemplo, na cena da morte de Kane) e até mesmo as então inéditas técnicas de maquiagem para envelhecimento dos personagens.



Hearst, no entanto, não achou graça nenhuma. Pelo contrário, ele ficou furioso com a biografia disfarçada (se é que dá para chamar de “disfarçada” uma história real em que apenas os nomes dos personagens são trocados), e nem um pouco autorizada, que o rapaz de 25 anos fez dele. Enlouquecido, articulou uma campanha de boicote e até de proibição ao filme. Tentou comprar todas as cópias da RKO e tacar fogo nelas, para que não restasse nenhuma para contar a história. Mas não conseguiu exterminar o clássico, que entrou para a história do cinema e recebeu inúmeros elogios dos críticos, embora, acredite, tenha sido um fiasco comercial. Será que esse fracasso de bilheteria foi por causa da campanha armada por Hearst? Historiadores especializados dizem que sim.



Com esse filme, Orson Welles conseguiu a proeza de se tornar inimigo de um dos poucos homens que poderiam realmente destruir sua carreira. Tal insanidade, aliás, deixou o cineasta orgulhoso. Conta a lenda que, durante o evento de estréia de “Cidadão Kane” na cidade de San Francisco, Orson encontrou Hearst em um elevador e, na maior cara de pau, convidou o milionário para assistir ao lançamento do filme. Hearst olhou para ele e não disse nada. Mas quando ele saiu do elevador, Orson gritou: “Kane teria aceitado!”.

William Randolph Hearst faleceu aos 88 anos, em Beverly Hills, Califórnia, de um problema cardíaco que tinha muito mais fundo emocional do que físico. Seu lendário casarão, que fica entre Los Angeles e San Francisco (Link do casarão: http://hearstcastle.org/) tornou-se uma espécie de museu que até hoje atrai milhões de visitantes de todo o mundo.



“Cidadão Kane” faturou o Oscar de Melhor Roteiro Original em 1942, embora tenha sido indicado em mais oito categorias. Esse, aliás, teria sido o único Oscar que Orson Welles ganhou. Mas essa injustiça foi corrigida em 1970, quando a Academia entregou a Orson o Oscar Honorário (pelo Conjunto da Obra). E também em 1995, ano da comemoração dos 100 Anos de Cinema, quando o American Film Institute (o famoso AFI) elegeu “Cidadão Kane” como o Melhor Filme da História. Isso é que dá ser à frente do seu tempo.


FONTES:
http://www.infoescola.com/cinema/cidadao-kane/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Citizen_Kane

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

DIRETO DO YOU TUBE – Vinheteiro toca música de fundo de Looney Tunes e Tom & Jerry




          Ah, os desenhos animados do meu tempo, que sempre tocavam música de qualidade... Essa música se chama Grande Valse Brillante, de Chopin, No 1 Op 18. Mas provavelmente você, como eu, a conheceu como aquela repetitiva trilha de fundo dos desenhos da Warner e de Tom & Jerry. Na interpretação do Vinheteiro, ficou ainda mais bacana. E maaaais uma vez eu bato nessa tecla: essa é uma das diferenças fundamentais entre os desenhos antigos, criados por artistas de verdade que amavam o que faziam, e essas aberrações pseudo-educativas de hoje, saídas da cabeça de publicitários e encomendadas por executivos de marketing dos estúdios. Nas animações da minha época de infância, a gente aprendia muito, mesmo com toda aquela incorreção política. Quanto esses desenhos não acrescentaram, por exemplo, ao nosso repertório musical? Jazz, canções folclóricas, música clássica... Os desenhos politicamente corretos e limpinhos de hoje tocam o que? Só coisinhas chatas compostas para vender CDs que serão jogados fora no ano seguinte, quando a criança passar a curtir outra animação picareta inventada por algum marketeiro. Já quem viveu a infância na minha época vai curtir a vida inteira os desenhos e filmes que viu nos tempos de moleque(a), por causa da qualidade dessas obras, e não apenas pela nostalgia. Por isso, aproveito a deixa para fazer um apelo: emissoras de TV aberta, por favor, voltem a exibir os desenhos do meu tempo de criança. A molecada de hoje só tem a ganhar. 




          Lembrando que o vídeo acima também está no Canal do Poltrona R no You Tube. Lá você encontra todo o material audiovisual que aparece neste blog. Imagina todas essas preciosidades em um só lugar, para você ver, ouvir e relembrar! Tá aqui, ó: 

COM BELA GRAVURA, GOOGLE HOMENAGEIA CARMEN MIRANDA

       

          Ela nasceu perto do Carnaval. Nasceu perto da única data em que nós, brasileiros, a homenageamos. As desculpas para cometermos essa injustiça são muitas, e nenhuma delas, para mim, faz sentido. Uns dizem que é porque ela não era brasileira de verdade, porque nasceu em Portugal. Outros dizem que é porque ela passava uma imagem distorcida do nosso país. E ainda há os que dizem que ela “se vendeu para os Estados Unidos”. Tudo bobagem. Carmen Miranda (1909-1955), mesmo após todos esses anos, ainda é a maior diva que o Brasil já teve. Não importa onde ela nasceu. Não importa se ela se “americanizou” ou não (gente, tem como americanizar alguém como ela???). E o pessoal do Google fez uma bela homenagem à nossa Carmen, que estaria completando 108 anos se estivesse viva (clique na imagem para ampliar e ver melhor). Não sei quem é o autor dessa ilustração que o site colocou no ar ontem, mas seja quem for, está de parabéns. Nossa baiana nascida em Portugal, mas brasileira de coração e alma, jamais será esquecida. Que Deus abençoe essa artista fenomenal e à frente do seu tempo, onde quer que ela esteja.  

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

DIRETO DO YOU TUBE – Dueto-covardia entre Judy Garland e Barbra Streisand


          Provavelmente as duas vozes mais incríveis que eu já ouvi no cinema, reunidas nesta participação que a jovem (e tímida) Barbra Streisand fez no especial da indescritível Judy Garland. A canção que elas interpretam mistura um hit de Barbra, Happy Days Are Here Again, com um de Judy, Get Happy – combinação perfeita! A luxuosa cena foi ao ar no dia 6 de outubro de 1963, pela emissora norte-americana CBS (falando nisso, vocês podem me cobrar uma matéria sobre o programa “The Judy Garland Show”, viu?). Na ocasião, Barbra tinha 21 anos e Judy, 41. O que eu adoro é que no começo do vídeo a veterana ruiva diz, brincando, à jovem colega loira: “Você é tão talentosa que eu te odeio!”. E ouve a seguinte resposta: “Você é tão maravilhosa que minha ambição sempre foi ser odiada por alguém como você”. Show de humildade das duas. Pena que (maaaaais uma vez) não tem legenda no nosso idioma.

          Talento puro! Sem Auto-Tune! Sem truque nenhum! Depois que terminar de ver e ouvir o vídeo, pode aplaudir à vontade. Não é todo dia que você encontra tanto talento junto no mesmo vídeo.