quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

COMEMORANDO! AGORA ESTAMOS NA REVISTINHA DO CINE CLUB!




Agora é oficial: a Revistinha do CINE CLUB, um belíssimo trabalho comandado pelo meu colega Ary Ximendes, vai trazer textos do Blog Poltrona R! Isso mesmo: a revista, uma publicação digital que já está em sua 15ª edição, reúne matérias escritas por um grupo de blogueiros de cinema, e a partir de agora eu também faço parte do clube. Nesta edição, você vai encontrar a minha resenha do DVD “Irene, A Teimosa”, que, inclusive, já foi publicada também aqui no Blog (http://poltrona-r.blogspot.com.br/2017/09/dvd-irene-teimosa.html).

Quem gosta de filmes e séries mais recentes tem um bom motivo para ler a revista: na reportagem de capa, tudo sobre o novo e bombástico “Star Wars”! A revista toda é bem caprichada, material de primeira para aqueles que curtem filmes de todas as épocas se esbaldarem. E o melhor: pode ser baixada de graça!



O link para o download da revista é esse aqui:


Basta clicar no ícone “Download” (marcado em vermelho) e baixar. Boa leitura!




segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

MAMMY, PERSONAGEM INESQUECÍVEL DE “E O VENTO LEVOU”, VAI GANHAR FILME PRÓPRIO




Adoro quando posso escrever sobre assuntos atuais, mas sem abandonar a temática do blog, que é o cinema antigo. Navegando na Internet eu trombei, por acaso, com a notícia de que mais uma coadjuvante clássica vai ganhar um filme com sua própria história. Depois da Malévola do desenho “A Bela Adormecida” de Walt Disney ter tido sua própria história contada em uma superprodução, com direito a Angelina Jolie como sua intérprete(https://www.youtube.com/watch?v=oIQTZXS6MFo), outro filme que marcou minha vida será estrelado por uma coadjuvante que roubava a cena no original. Estou falando de Mammy, a inesquecível criada de Scarlett O’Hara em “E O Vento Levou”.

Se é fake news ou não, só Deus sabe, mas as fontes da notícia são – ou me parecem – seguras. Nos EUA um livro chamado “A Jornada de Ruth”, que foi lançado no Brasil no mês passado e eu nem fiquei sabendo (podem me xingar), bombou nas livrarias. O autor é Donald McCaig, o mesmo de “O Clã de Rhett Butler”, que também foi publicado no nosso país (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0505200813.htm). E a idéia também é a mesma. “O Clã de Rhett Butler” revelava o que, na imaginação do escritor, seria a vida de Rhett Butler, o herói de “E O Vento Levou”. E agora, “A Jornada de Ruth” chega contando a história de Mammy antes de ela ter ido parar na Fazenda Tara. No romance “E O Vento Levou”, que inspirou o filme, a autora Margaret Mitchell (1900-1949) jamais deu a Mammy um nome de verdade. Esse “problema” foi resolvido por Donald McCaig, que batizou a simpática criada como Ruth, fazendo uma analogia à personagem bíblica que é o símbolo da fidelidade e da fé, duas qualidades que Mammy tinha de sobra.




Eu, pessoalmente, nunca tinha parado para pensar em qual teria sido a história pessoal da Mammy – e olha que eu adoro a personagem! Na cabeça de McCaig, a ama de Scarlett O’Hara (que, na minha opinião, foi muito mais mãe para Scarlett do que a própria mãe dela, que era arrogante, preconceituosa e antipática) seria haitiana de origem francesa, em uma época em que o Haiti era colônia da França. Um casal de franceses a teria levado de lá para os Estados Unidos. Esse casal era ninguém mais, ninguém menos do que as avós maternos de Scarlett.

Mas o que levou o autor a matar a curiosidade de tantos fãs de Mammy e, claro, de “E O Vento Levou”? Segundo ele, houve milhares de “Mammys” no Sul dos EUA no século XIX, criando os filhos de brancos ricos como se fossem delas próprias, e muitas dessas mulheres sequer tinham um nome oficial. "Para mim, a ausência da voz de Mammy, de sua história, de sua personalidade em “E O Vento Levou” foi um grande vazio, é como se o livro contasse a metade da história", afirma ele. "A babá é uma personagem trágica, mas que jamais perde a esperança. É determinada e muito digna, mas não é uma rebelde". A verdade é que Mammy sempre foi uma das personagens mais queridas pelo público. Ela teve importância não apenas no filme, mas também na vida real, já que Hattie McDaniel (1895-1952), a talentosíssima atriz que a interpretou, foi a primeira afro-descendente a ganhar um Oscar. E é a Hattie que o autor dedica o romance.




Achei interessante a proposta de “A Jornada de Ruth”, pois o livro é narrado em primeira pessoa, como se fosse um diário de Ruth/Mammy, e além de tocar em fatos históricos pouco abordados em outras obras de ficção, dá à personagem uma história própria, inclusive revelando que ela teria se casado e tido filhos. McCaig procurou ser o mais fiel possível não só à trama criada por Margaret Mitchell, mas também ao estilo da escritora. Coisa que, aliás, Alexandra Ripley, autora do horroroso “Scarlett”, de 1991, a sequência de “E O Vento Levou” que muitos fãs (entre eles eu) nunca aceitaram. “O Clã de Rhett Butler” e “A Jornada de Ruth”, ambos de Donald McCaig, e “Scarlett”, de Alexandra Ripley, aliás, foram os únicos livros sobre o universo de “E O Vento Levou” a serem autorizados pelos herdeiros de Margaret. “Scarlett” gerou uma série para a televisão em 1994, que, pessoalmente, eu considero chatérrima, tão chata quanto o livro, mas que existe muita gente que cultua (https://pt.wikipedia.org/wiki/Scarlett_(miniss%C3%A9rie)). 

Pergunta que não cala: por que “O Clã de Rhett Butler”, que vendeu horrores nos EUA, não virou filme ainda? Alô, pessoal do Universal Studios, #FicaADica.





FONTES

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

MAIS UMA CONQUISTA - DOIS ANOS NO AR! OBRIGADA A TODOS VOCÊS!!!



É festa! O Poltrona R está completando DOIS ANOS DE EXISTÊNCIA!!! E eu que, quando criei o blog, achei que não fosse passar de um mês no ar... Quem diria! Essa conquista não é só minha, ela é de vocês também. Por isso, quero agradecer a cada um de vocês que clicou, leu, curtiu, e, principalmente, divulgou as matérias do blog. Esse tipo de presente não tem preço. Quero também agradecer aos blog e páginas de cinema e cultura pop que citaram, recomendaram e/ou repostaram links para conteúdos do Poltrona R. É a mídia alternativa ganhando cada vez mais relevância neste país – juntos somos mais fortes! Que Deus abençoe muito a vida de todos vocês leitores, divulgadores, fãs, pesquisadores, todos, todos, todos! Um brinde a mais essa vitória e rumo ao terceiro ano!



FONTE DA ILUSTRAÇÃO:

https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=0ahUKEwiLkYjB94nYAhWE6SYKHZZCATQQjxwIAw&url=https%3A%2F%2Fisabellegrey.wordpress.com%2Fcategory%2Ftelevision%2F&psig=AOvVaw0XJw3c6TxtDIp7jq2iNlXt&ust=1513355518350887

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

FAKE CHAVES NA INTERNET – O FESTIVAL DE BOBAGENS QUE VOCÊ PROVAVELMENTE JÁ COMPARTILHOU SOBRE O SERIADO E NÃO SABE



A quantidade de besteiras publicadas na Internet (e até na própria Grande Mídia) sobre “Chaves” e “Chapolin Colorado” aqui no Brasil parece ser proporcional à paixão que esses dois seriados despertam no nosso povo. A obra de Roberto Bolaños foi apresentada ao público brasileiro em 1984 pelo SBT, que o transmite até hoje. Desde então, o seriado nunca saiu do ar. Dispostos a tirar uma lasquinha do sucesso de “Chaves” e “Chapolin”, um monte de veículos de imprensa e alguns malandros da Internet inventaram boato atrás de boato sobre Bolaños, suas criações e seus colegas de série. Esta matéria reúne algumas das mais ridículas fake news já publicadas sobre o clássico mexicano da televisão. Detalhe: na época em que a maioria destas mentiras saiu na mídia, o termo “fake news” sequer existia – para falar a verdade, nem mesmo a Internet existia quando algumas delas foram publicadas.



Elenco todo morreu em desastre de avião
Lá no início dos anos 90, uma notícia chocou os fãs brasileiros de “Chaves” e “Chapolin”: todos os atores das duas séries teriam falecido em um acidente aéreo, e nenhum deles teria sobrevivido. Jornais e emissoras de rádio divulgaram esta barbaridade passaram vergonha, pois a informação que chegou à nossa imprensa era incorreta (será que por engano mesmo ou intencionalmente?). Quem na verdade perdeu a vida por causa da queda de um avião foi um grupo de imitadores do elenco das séries. Destes sim, realmente não sobrou nenhum.




“Dona Clotilde” jovem era a cara de Sarita Montiel
Não é possível que você já não tenha visto este meme, que virou um clássico do Facebook. A foto da atriz Angelines Fernandez, a eterna Dona Clotilde ou Bruxa do 71, aparece ao lado do retrato de uma bela mulher, que a legenda diz ser Angelines quando jovem. Muita gente caiu nessa, mas a suposta “Angelines jovem” é, na verdade, a cantora e atriz Sarita Montiel, que, assim como Angelines, nasceu na Espanha. Esta não é a primeira vez que um engraçadinho posta a foto de outra artista dizendo que é a Dona Clotilde quando moça. A mesma, digamos, brincadeira já havia sido feita antes, só que usando uma imagem da estrela mexicana Maria Félix. Dê uma olhada na segunda foto. Os retratos são de Sarita Montiel, Maria Félix e Angelines Fernandez, nesta ordem. Sarita e Maria até podem ser confundidas uma com a outra, mas nenhuma delas tem nada a ver com Angelines fisicamente. Quer saber como era a intérprete da Bruxa do 71 quando mais nova? Veja a terceira foto.






Seu Madruga é o pai de Chaves
Até o Canal do Otário (https://www.youtube.com/watch?v=-qZ0sRdsiD8) tirou um sarrinho desse boato! Publicada há menos de um mês, a notícia de que um livro jamais lançado, de autoria do próprio Roberto Bolaños, revelaria que Madruga era pai do garoto do barril gerou comentários pra todos os lados, inclusive e principalmente por parte dos fãs brasileiros. No tal livro, Bolaños dizia que no último capítulo que escreveu para a série, Seu Madruga contaria ao Professor Girafales que conheceu a mãe de Chaves (antes de o moleque nascer, claro!) e teve um affair bem rápido com ela. Menos de 24 horas depois, o site E-Farsas (que deveria ganhar um prêmio pelos seus serviços prestados à humanidade) desmascarou a palhaçada (http://www.e-farsas.com/o-seu-madruga-e-o-pai-do-chaves.html). Para começar, a única obra que Roberto Bolaños escreveu na vida sobre a série foi “O Diário do Chaves” – em que, aliás, não faz qualquer referência à identidade dos pais de seu personagem mais famoso. O que essa gente não faz por uns cliques...




Filme de “Chaves” com cenas calientes e violentas vai ser lançado
Outro papo-furado. Tem gente até agora esperando a estréia desta superprodução que, na realidade, nunca existiu e não passa de uma piada. Piada mesmo – o grupo equatoriano de humor Enchufe TV andou soltando no You Tube há um tempo atrás uma paródia de trailer de cinema, em que os personagens da Turma do Chaves surgem em cenas que lembram muito mais os modernos blockbusters americanos do que a simplicidade ingênua da série mexicana. Chiquinha com uma navalha na mão, ameaçando cortar o pescoço de Chaves? Kiko e o Professor apontando revólveres um para o outro? Florinda realizando o sonho de quebrar os dentes de Madruga? Beijos ardentes entre Florinda e o Professor, e até amassos entre Chaves e Chiquinha? Tudo isso rola no pseudo-trailer. Eu, pessoalmente, sempre soube que era tudo uma piada, mas adoraria que fosse verdade... O vídeo de que eu estou falando é este aqui:




O fantasma de Bolaños surgiu durante seu funeral
Caramba, isto é inacreditável! Logo após a morte de Roberto Bolaños, este vídeo bombou em sites mexicanos e circulou por toda a América Latina através da Internet e de grupos de Whatsapp. Ele é uma bela prova de que as pessoas são capazes de enxergar o que querem, onde bem entenderem. O rapaz que postou no You Tube o vídeo do funeral de Bolaños afirma ter visto o fantasma do comediante durante a cerimônia, e até cita onde o suposto espírito teria surgido: ao lado do caixão. As imagens ultrapassaram as 3 milhões de visualizações no You Tube. Esta autora, pessoalmente, não acredita que a história do fantasma seja verdadeira. E o site E-Farsas (sim, ele de novo!) mostrou, através de um clipe, que tudo não passava de uma mon-ta-gem. Olha aqui: 




Existe um episódio banido do “Chaves”
Esta aqui é outra bobagem que foi espalhada pela Internet por algum malandro ávido por cliques e views. Segundo esse engraçadinho, um episódio da série “Chaves” teria sido produzido, porém jamais exibido, porque possuía um conteúdo macabro e terminava em tragédia na telinha e na vida real, e que este tal episódio teria sido a causa de saída do ator Carlos Villagrán (Kiko) da série. Tal episódio teria sido destruído pela Televisa (emissora que produz as séries) e um fã argentino teria comprado a única cópia restante dele. Muita gente desavisada engoliu a história, principalmente porque as matérias publicadas por alguns sites sobre o tal episódio censurado utilizaram como ilustração essa foto aí abaixo, que, na verdade, não passa de uma ediçãozinha de uma imagem do episódio “Perna Quebrada” (1978). O fato é que nunca houve nenhum episódio censurado ou banido da série. Nem mesmo “Marteladas”, de 1972 (https://www.youtube.com/watch?v=3s3npZAz-wk), que, embora tenha sido postado no You Tube com o título de “episódio censurado”, não foi censurado coisa nenhuma, e é apenas um esquete de 1972, com cuja distribuição a Televisa nunca teve qualquer problema. “Mas e os episódios perdidos?”, pergunta você. Realmente, existem alguns que são raros e que a Televisa não distribui mais; porém, não por razões de censura, mas por problemas técnicos na restauração das fitas e/ou a existência de episódios com enredos semelhantes (http://www.portalchespirito.com.br/episodios/episodios-perdidos/). No Brasil, o SBT optou por não exibir alguns episódios durante anos, porque episódios semelhantes a eles já estavam sendo exibidos. Fã que é fã sabe que Roberto Bolaños adorava fazer versões diferentes para a mesma história. Resultado: os telespectadores brasileiros reclamaram, e em 2011 a emissora de Silvio Santos cedeu e recolocou no ar esses episódios “perdidos”. Agradeço ao pessoal do site Fórum Chaves (http://www.forumchaves.com.br/) por desvendar esse mistério.




“Acapulco” foi o último episódio gravado pelo ator Carlos Villagrán
Por incrível que pareça, não foi. A história é um tanto confusa. “Vamos Todos a Acapulco” (que no Brasil recebeu o título de “Os Farofeiros”) foi produzido em 1977 e exibido em maio daquele ano, em duas partes (https://www.youtube.com/watch?v=iVdevKhpKus COMPLETO). Carlos Villagrán, que fazia o Kiko, deixou as séries “Chaves” e “Chapolin” em 1978, ou seja, no ano seguinte. Antes de sair, ele ainda gravou alguns episódios de ambos os seriados, entre eles o clássico “Branca de Neve”,("Chuim Chuim Tchum Cláim") que teve as duas primeiras partes (https://www.youtube.com/watch?v=B2uiy1mMBE4 e https://www.youtube.com/watch?v=HslJULoakVc) exibidas no Brasil, e uma terceira parte (https://www.youtube.com/watch?v=oXd_oR3ZNCM) inédita em nosso país. O último episódio a ter Villagrán no elenco foi exibido originalmente pela Televisa no dia 11 de dezembro de 1978, e se chama “A Escolinha do Professor Girafales” (https://www.youtube.com/watch?v=tRfC4JfVZoY). O que aconteceu foi que a Televisa reprisou “Vamos Todos a Acapulco” ao final da temporada de 1978, por isso tanta gente pensa que ele foi o último episódio estrelado por Carlos Villagrán. Foi o último episódio com Villagrán a ser exibido, e não o último a ser produzido.





O nome verdadeiro do Chaves 
Meu Deus do céu, quantas versões dessa lorota já surgiram por aí! O título original da série é “El Chavo del Ocho”, e o personagem se chama Chavo, que significa “moleque” em espanhol. No Brasil virou Chaves porque, ao contrário do termo “chavo”, esse nome existe no Brasil (teve até uma galera que fez uma adaptação da história para o nosso país, vejam (https://www.youtube.com/watch?v=VUe4mRMsmD0). “Ocho” (que quer dizer “oito”) seria o número do apartamento em que Chaves morava (não, a residência dele não era o barril!). O nome real do garoto, porém, jamais foi revelado – nem na série, nem pelo próprio Bolaños. Mas em muitos sites latino-americanos (isso inclui alguns daqui do Brasil) circulou uma notícia hilariante, sobre um suposto livro inédito da autoria de Bolaños (pô, mais um!), em que o comediante dizia que Chaves, na realidade, se chamava Rodolfo Pietro Filiberto Raffaelo Guglielmi. “Hilariante por que?”, você pergunta. Simplesmente porque este é o nome verdadeiro de um astro do cinema mudo, mais conhecido como Rodolfo Valentino!!!!! (https://pt.wikipedia.org/wiki/Rodolfo_Valentino)



Enfim, a lista de fake news já inventadas sobre “Chaves” e “Chapolin” é proporcional ao sucesso da série. Ou seja, interminável.


Quer ver a playlist completa com todos os vídeos dessa matéria?
Clica aqui: 


FONTES

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

IMITE SUA ÍDOLA! OS MELHORES TUTORIAIS RETRÔ DE BELEZA DO YOU TUBE



Esse é o tipo de matéria que eu fico me perguntando se publico ou não – afinal, ela é um ponto fora da curva, porque eu não sou blogueira de moda e nem de maquiagem. Porém, existem muitos cosplays de ídolos do cinema clássico que curtem este blog, e a própria mulherada que é apaixonada pelos filmes antigos sente vontade de copiar o estilo das divas de outras eras, nem que seja nos pequenos detalhes. E vou ser sincera: já fazia tempo que eu tinha vontade de vasculhar o You Tube em busca de algumas das inúmeras videoaulas dadas por fanáticas pela cultura retrô, inspiradas no visual de Marilyn Monroe, Rita Hayworth, Ava Gardner e outras musas da Hollywood Old School.

Sendo assim, fiz uma seleção de links de vídeos do You Tube que trazem tutoriais bem explicados, que utilizam produtos não muito caros (ou que possuem genéricos bem em conta) e que trazem bons resultados, para você reproduzir, em casa mesmo, o estilo de penteado e/ou maquiagem da estrela que você mais adora. Algumas dessas “professoras” atuam profissionalmente como maquiadoras e/ou cabeleireiras, e outras são apenas fãs doentes. Mas todas fazem um trabalho ótimo de caracterização. Quase todos os tutoriais que eu garimpei são em inglês, mas olhando dá para entender legal. Clique nos links que eu postei aí abaixo, assista aos vídeos, chame uma amiga pra te ajudar e boa sorte!



O CABELO “GILDA” DE RITA HAYWORTH
Há, literalmente, dezenas de tutoriais no You Tube ensinando a recriar o penteado da eterna Rainha da Columbia Pictures – aquele que ela imortalizou no filme “Gilda” e que virou sua marca registrada. Admito que a maioria desses tutoriais eu não achei tão legal, mas este aqui é uma aulinha bem explicada. Só achei estranhos alguns objetos que a cabeleireira usa no vídeo. Devem ser coisas de época, e não sei se dá para encontrá-las em lojas especializadas hoje em dia. A vantagem deste vídeo é que ele tem legendas, e quem sabe alguma coisa de inglês vai compreender ainda melhor as instruções.





A MAQUIAGEM DE MARILYN MONROE
Vídeo interessante porque, além de ensinar a fazer a maquiagem da Marilyn Monroe, ainda mostra imagens dos produtos que Marilyn gostava de usar, ao lado de produtos parecidos que você pode encontrar hoje em dia. Gente, se isso for mesmo verdade, a coleção de bases que a diva loira possuía era gigantesca!





O POODLE HAIR DE LUCILLE BALL
Até que enfim um canal só com tutoriais de penteados de divas do cinema antigo em português! Mahara Alberttoni ensina a fazer o penteado (conhecido, por razões óbvias, como “poodle”) que a humorista Lucille Ball consagrou no seriado “I Love Lucy”, nos anos 50 e 60. A “transformação” inclui até a maquiagem – Mahara ensina a fazer o famoso contorno nos lábios com lápis-batom, que foi uma das marcas registradas de Lucille.





O “LOOK DE UM MILHÃO DE DÓLARES” DE BETTY GRABLE
A mesma Mahara do vídeo acima também dá show ensinando você a recriar o cabelo que Betty Grable consagrou nos tempos de pin-up da Segunda Guerra Mundial. Fiquei surpresa ao saber que ele era feito com aplique – pra quem tanta familiaridade com esse acessório quanto eu, ou seja, nenhuma, a youtuber fez um outro vídeo a esse respeito (https://www.youtube.com/watch?v=rBuF0euT9mI).





A MAQUIAGEM E O CABELO DE AUDREY HEPBURN EM “BONEQUINHA DE LUXO”
Eis um dos mais pedidos e procurados! Fã da Audrey Hepburn, não perca essa aula dada por Bruna Cypriano, que mostra a produção completa do visual da atriz no seu filme mais famoso. A transformação é impressionante – tem o penteado e a maquiagem. 



          

          O VISUAL MATADOR DE VIVIEN LEIGH COMO SCARLETT O’HARA
Annelies Van Overbeek, aquela moça que ficou famosa na Internet com suas inacreditáveis caracterizações que faz em si mesma de personagens clássicas do cinema, postou no You Tube este vídeo onde ensina, sem nenhuma palavra, a reproduzir o estilo ‘femme fatale de época’ que Vivien Leigh imortalizou com sua Scarlett O’Hara em “E O Vento Levou”. A inspiração deste look é a cena da festa, em que Scarlett chega chegando, com um vestido vermelho decotadão que escandalizou as platéias da época em que o filme foi lançado (https://www.youtube.com/watch?v=pcoztASPSyg). Uma das coisas legais é que Annelies faz toda a transformação ao som de músicas da trilha sonora do filme (que não, não era só “Tara’s Theme”). Até a sobrancelha ficou igual. Qualquer dia desses vou fazer um especial no blog só sobre Annelies Van Overbeek, ela merece.





OS OLHOS MISTERIOSOS DE AVA GARDNER
Fãs de Ava custam a achar um vídeo que ensine realmente bem a fazer aquela maquiagem nos olhos que virou marca registrada da eterna Condessa Descalça. O canal Pixiwoo (que é em inglês, mas tem uma explicação com imagens que é fácil de entender e de copiar) mostra a surpreendente transformação de uma moça com jeitão de “vizinha da casa ao lado” em uma diva após se caracterizar com o look retrô-latino de Ava Gardner. Vale acompanhar!





DICAS PARA TER LÁBIOS DE PIN-UP
O canal especializado em beleza retrô Suavecito Pomade (https://www.youtube.com/channel/UC-OZ3sJxXq2R3Wxw1fqNUPw), o mesmo do tutorial do cabelo da Rita Hayworth que eu postei aí acima, é um verdadeiro paraíso para quem gosta de visual retrô – tem “aulas” caseiras de cabelo, maquiagem e até sobrancelhas no estilo dos anos 40, 50 e 60.  É tudo em inglês, infelizmente, mas compreensível por causa das imagens. Neste vídeo, a blogueira australiana Miss Lady Lace, criadora do site que leva seu nome, dona de canal próprio no You Tube e uma verdadeira fanática por cinema da Velha Guarda, surge vestida como uma adolescente do início dos anos 60 e te ensina dicas pra copiar a maquiagem da boca das atrizes de antigamente. Basicamente, os conselhos dela são: 1) Exfoliação da pele com escova de dentes; 2) Usar toalha ou pedaço de pano para dar pinceladas nos lábios; 3) A importância do uso do brilho para prevenir ressecamento e rachaduras nos lábios; 4) Dormir sem maquiagem, e nunca aplicar o batom sem antes retirar o brilho dos lábios; e 5) Finalizar a pintura dos lábios com um pincel de batom. Ela ensina também como utilizar o pó compacto na maquiagem da boca. O site da menina também é muito bem feito. Dá uma passada lá: https://ladylace.com.au/




Se você não conseguir fazer esses visuais logo de cara, não se desespere. As youtubers que ensinam garantem que tudo é uma questão de prática. Eu nunca tentei copiar nenhum dos looks desta matéria, mas ela serve como um acervo bem útil quando eu resolver me arriscar...


 Playlist com todos os tutoriais: 

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

DIRETO DO YOU TUBE – O show impressionante da dobradinha Bob Hope & James Cagney




          Em 1955, o filme “Um Coringa e Sete Ases” reuniu, sob a direção de Melville Shavelson, dois monstros da comédia musical: James Cagney e Bob Hope. Cagney você deve conhecer do clássico “A Canção da Vitória” (aquela do tema “Yankee Doodle Dandy” https://www.youtube.com/watch?v=StDpLge_ITM). E Bob Hope é um dos mais versáteis artistas que já surgiram em Hollywood – fez stand-ups para platéias durante a Segunda Guerra Mundial sem cobrar um tostão pelos shows, estrelou sucessos de bilheteria e teve até programa de televisão, lançado quando esta ainda era um veículo novo (https://www.youtube.com/watch?v=IASGbcRVgvE). Nesse vídeo aqui a gente vê a cena mais comentada de “Um Coringa e Sete Ases” até hoje: Hope e Cagney matando a pau em um número de dança e sapateado ao som de um piano. Sem truques, sem dublês, sem grandes efeitos especiais, só talento, e talento da melhor qualidade. E tudinho gravado sem o monte de cortes que existe hoje. Sabe por que? Porque tudo foi feito de uma vez só, igualzinho no teatro.





         Sem querer desviar o assunto mas já desviando, em 1974, este ano tão importante na história da humanidade (entendedores entenderão), Bob Hope entregou às mãos de James Cagney o Troféu do AFI (American Film Institute) Pelo Conjunto da Obra. Esta foi uma das RARAS ocasiões em que o AFI me representou! Me dá imagens:


1ª Parte:



2ª Parte:


Playlist completa com todos os vídeos desta postagem:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLyc88yygdNcBtZN6E-WMBYy8bbpVnKx-m

FONTES

sábado, 11 de novembro de 2017

DVD – KING KONG


King Kong
Ano de produção: 1976
Direção: John Guillermin
Elenco: Jeff Bridges, Jessica Lange, Charles Grodin.
Duração: 134 minutos
Colorido
Gravadora: DVD Light/Flashstar






Até que enfim a resenha de um filme que faz jus ao nome deste blog! “King Kong” foi um filme que eu vi quando era criança em uma das madrugadas da televisão, e que ao rever hoje ainda me provoca o mesmíssimo impacto. Bem, com exceção dos pesadelos com macacos gigantes que eu tive na infância... Este clássico de 1976 é uma refilmagem de uma produção de 1933 (juro que, se eu achar em DVD, escrevo sobre a primeira versão aqui no blog também) https://www.youtube.com/watch?v=rnaCi4rBfqw. Teve também um outro remake em 2005, que não agradou muito aos fãs. Para a maioria dos críticos e espectadores, a melhor versão é mesmo esta aqui. Foi a estréia da atriz Jessica Lange no cinema, e muita gente ainda se lembra dela como “aquela menina do King Kong”. É um filme que segura a atenção como poucos – do começo ao final, é impossível parar de assistir. Apesar de batida, é uma trama extremamente bem construída. Um grupo de homens, entre eles o enigmático Jack Prescott (Jeff Bridges) e o antipático líder do grupo, Fred Wilson (Charles Grodin, com um bigodão à la Village People), está em expedição na Indonésia em um navio petroleiro, rumo a uma ilha onde existiria um poço inexplorado. Certo dia, eles resgatam uma linda jovem (Jessica Lange), sobrevivente de um naufrágio. Quando o grupo chega à ilha, dá de cara com uma tribo de nativos cuja divindade principal era um certo macaco gigante chamado Kong. Os homens da tribo ficam encantados com a moça, acham que ela é a deusa do não-sei-o-quê e oferecem seis mulheres locais em troca dela. Obviamente ela fica apavorada e não aceita, então os nativos a raptam para oferecê-la em sacrifício ao deus-macaco Kong, aí os caçadores de petróleo descobrem que o tal do animal não só existe de verdade, como tem 30 metros de altura! A partir daí, se desenvolve uma história movimentada, com bastante tensão e alguns toques de humor – como, por exemplo, os delírios de fama da mocinha e sua crença cega em tudo o que lê em horóscopos românticos, ou as caixas de banana sendo atiradas pelos integrantes da expedição para alimentar o esfomeado Kong. O chilique hilário da garota ao ser capturada por Kong pela primeira vez é de uma atualidade inacreditável. Bridges e Jessica formam o típico casalzinho clássico hollywoodiano: ele o herói forte e destemido, ela a mocinha indefesa e ingênua. A atuação de Jessica é perfeita, e graças a ela nenhuma daquelas poses forçadamente sexies que seu papel exige que ela faça ficam artificiais. Bridges charmoso e misterioso faz o personagem mais interessante de todos. Começa o filme com cara de bandido, mas depois se transforma num doce príncipe. A parceria dos dois é muito fofa, eu devo dizer. “King Kong” possui fotografia de Richard Kline, que optou pelos tons escuros na maior parte do filme, para realçar o clima sombrio. Junto com a trilha sonora de John Barry (o mesmo de “Em Algum Lugar do Passado” e “Dança Com Lobos”), então, o resultado é infalível. A “cena do casamento” na tribo é arrepiante, deixa o público com a respiração presa se perguntando “o que será que vai acontecer agora?”. Na época do lançamento do filme, os efeitos especiais causaram enorme impacto, mas talvez pareçam toscos aos olhos da geração atual, que provavelmente achará o King Kong desta versão parecido com o macaco do “Pânico” (https://www.youtube.com/watch?v=Con2SnmFk9I). Independentemente disso, os truques convencem – OK, estão longe da perfeição da computação gráfica do Terceiro Milênio, mas convencem, sim. O momento mais apoteótico é, sem dúvida alguma, a sequência em que King Kong apronta em Nova York (não venham me acusar de spoiler, pois com a quantidade de vídeos e memes que há na Internet, vocês obviamente já sabem que o bichão vai parar lá). E a bizarra parte do “show” na grande metrópole, estrelando Kong e a bela mocinha, ironiza como um soco no estômago o fato de que tudo, mas tudo mesmo, pode ser convertido em espetáculo e/ou utilizado para criar publicidade – infelizmente, em pleno 2017 isso está mais verdadeiro que nunca. Enfim, reserve um lugarzinho na sua coleção para este clássico épico, lançado com uma qualidade surpreendentemente boa para uma embalagem tão barata, feita de papelão. Custa em torno de R$7,00 e é um barato que não sai caro.






CURIOSIDADES
“King Kong” ganhou o Oscar de Efeitos Especiais. Foi indicado também nas categorias Melhor Fotografia e Melhor Som.
● Na cena em que acorda de seu desmaio, após ser resgatada de um bote no mar, a personagem de Jessica Lange está de batom. Oi?
● Inicialmente, Kong seria um gorilão mecânico construído e manipulado pelo italiano Carlo Rambaldi. Para baratear os custos, o maquiador Rick Baker confeccionou uma fantasia de macaco e encarnou ele mesmo o personagem.
● As jóias usadas no filme por Jessica Lange foram criadas pela Bulgari.
● O fenômeno “King Kong” inspirou também criações de gente da música: em seu álbum “Waterloo”, de 1974, o grupo sueco Abba gravou a faixa “The King Kong Song” (https://www.youtube.com/watch?v=RSi8rTyKohw), inspirada na versão de 1933 do clássico. A letra, saída da cabeça do guitarrista Bjorn Ulvaeus, tinha versos como “eu estava vendo um filme ontem à noite e pensei, preciso fazer uma canção sobre isso!”. Como boa parte dos hits do Abba, “The King Kong Song” possuía coreografia, mas não consegui achar nenhum vídeo dela. Já aqui no Brasil, nos anos 80, a dupla Atchim & Espirro invadiu as paradas com “A Dança do King Kong”, cujo refrão grudento fez sucesso com gente de todas as idades. https://www.youtube.com/watch?v=xYFYBOVBm0o Como deu certo, eles lançaram a “Dança do King Konguinho”, na mesma levada da música original, sobre o filho que o macaco gigante teve (https://www.youtube.com/watch?v=rz_Y1xlz1uY). E em 2012, o cantor Alexandre Pires foi acusado de racismo (!!!) ao colocar na Internet o clipe de seu samba “Dança do Kong”, repleto de dançarinos fantasiados de... macacos do “Pânico”! (https://www.youtube.com/watch?v=aweptUCLyIs)


EXTRAS
● Apenas trailers de três filmes lançados pela mesma gravadora: “Tudo Acontece Em Nova York”, “Os Últimos Dias” e “O Piano Mágico”. Por esse preço, exigir uma tonelada de extras seria pedir demais.


EMBALAGEM
● Feita de papelão, mas com ilustrações iguais às da capa da versão com caixa de plástico. Idéia muito boa, que poderia ser aproveitada para lançar outros clássicos (filmes de Jerry Lewis, por exemplo) a um preço acessível.






FONTES