quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

DIRETO DO YOU TUBE – “Quando Os Deuses Amam”, filme completo e legendado

Ainda não estou acreditando na repercussão que o especial “Meus 15 Momentos Favoritos de Rita Hayworth” (http://poltrona-r.blogspot.com.br/2016/10/meus-15-momentos-favoritos-de-rita.html) teve. Eu achava que meia dúzia de gatos pingados iria ler o texto e o resto iria passar batido. Que nada! A matéria que fiz com uma seleção de vídeos da minha ídola fez com que uma legião de ritamaníacos brotasse daqui e dali, e não só visse como divulgasse meu trabalho pela web. Mil vezes obrigada, galera! É assim que a gente chega ao sucesso. Vocês estão de parabéns!

Como meu bônus especial de final de ano para todos vocês que ajudaram meu blog a crescer, estou compartilhando aqui um filme da Rita que eu amo de paixão, e que fez parte da minha infância, pois era exibido na Rede Globo no início dos anos 80, na Sessão da Tarde Que Prestava. “Quando Os Deuses Amam” é um delírio Technicolor de 1947, um clássico que mistura a mitologia grega com a Era do Jazz, a estética pin-up e os musicais da Broadway. No centro de tudo está Rita Hayworth, dando um dos seus maiores shows de atuação e em sua fase mais bonita. Vergonhosamente ainda não existe o DVD deste filme no Brasil, mas alguma alma bondosa o compartilhou, inteiraço e legendado em português, no You Tube.




Imagine que, em plena década de 1940, nos EUA, um diretor de teatro está montando uma peça musical satirizando a lenda de Terpsícore, a deusa grega das artes cênicas. Detalhes: a trilha sonora é jazzística e as Musas são todas interpretadas por pin-ups. Enquanto isso, lá no Monte Olimpo, a própria Terpsícore (Rita Hayworth) fica sabendo da história e resolve descer à Terra para impedir, ela mesma, que os humanos desalmados a ridicularizem e a retratem como uma devoradora impiedosa de homens. Acontece que o produtor da tal peça (vivido por Larry Parks) é um fofo e ela cai de amores pelo cara, e não quer mais ir embora do mundo dos mortais.





“Quando Os Deuses Amam” foi dirigido por Alexander Hall, e tem uma fotografia muito louca e colorida, criada, acredite, por Rudolph Maté, o mesmo de “Gilda”. Foi uma das maiores bilheterias de 1947, embora (adivinheeeeeee!!!) tenha sido execrado pelos críticos da época, que o consideraram um lixo cultural. Sem querer ser arrogante, admito que não confio muito na chamada “opinião dos experts” – na maioria das vezes, ela só me mostrou o que eu não devo assistir, ao chamar de geniais e imperdíveis coisas que quase sempre eu considero um porre. E destruindo artistas fenomenais, incrivelmente talentosos, como fazem desde aquela época com Rita Hayworth. Eu sou fanática por Rita e ouso dizer que “Quando Os Deuses Amam” é um filme que ela praticamente carrega nas costas, pelo menos em termos de brilho pessoal. Deixo claro que considero todo o elenco de “Quando Os Deuses Amam” extremamente competente, mas para mim o ator principal, Larry Parks, não tem carisma suficiente para o papel. Deviam ter colocado no lugar dele o maravilhoso e genial Gene Kelly, esse sim com cacife para dividir a cena com a Rainha da Columbia Pictures.




A trilha sonora, de autoria de George Duning, Heinz Roemheld, Doris Fisher e Mario Castelnuovo Tedesco, tem canções maravilhosas, e eu duvido que você não termine o filme com o refrão “Therpsicore, Therpsichore” na sua cabeça. Os figurinos são de Jean Louis, um gênio anônimo que o sucesso de Rita como estrela da Columbia elevou ao posto de estilista queridinho das divas - ele depois vestiu também Doris Day, Marilyn Monroe e Lana Turner. (Ainda pretendo fazer uma matéria sobre ele, podem me cobrar). Inclusive, “Quando Os Deuses Amam” serviu de inspiração assumida para outro filme de infância meu, o musical disco “Xanadu”, de 1980, com Olivia Newton John e o veterano, mas ainda lindo e genial, Gene Kelly (Sim! Ela contracenou com ele! Se inveja matasse, eu estaria mortinha faz tempo!!!).https://www.youtube.com/watch?v=pp1qNDgrK4w





Os números de dança foram coreografados por Jack Cole, criador dos movimentos da Rainha da Columbia em “Gilda”. Muita coisa, no entanto, foi improvisada durante as gravações. Observe que, como este é um filme de 1947, os números de dança foram quase todos filmados em uma tomada só, pois naquela época não haviam os recursos mirabolantes de edição que existem hoje. Ou você era artista de verdade, ou você era artista de verdade. Não se tinha opção. Deus do céu, como eu amo a Hollywood dos anos 30 e 40!

Rita Hayworth impressiona nos números de dança de “Quando Os Deuses Amam”, deixando o público encantado como fazia há sete décadas. Inexplicavelmente para mim, cerca de 95% dos historiadores e críticos de cinema considera Rita “uma moça com belas curvas e nenhum talento artístico”. Se após ver este filme você ainda concordar com os críticos, olha, sinceramente, eu desisto e vou escrever sobre outro assunto.
Brincadeirinha, hehehe... Filme completo aí abaixo.





FONTES




8 comentários:

  1. A Rita, que não é aquela do grande Chico, teria que pagar com este tributo o dom recebido da grande Musa!

    ResponderExcluir
  2. A Rita, que não é aquela do grande Chico, teria que pagar com este tributo o dom recebido da grande Musa!

    ResponderExcluir
  3. Rita HAYWORTH está lindíssima neste filme.

    ResponderExcluir
  4. Filme maravilhoso Rita Hayworth foi uma estrela única.

    ResponderExcluir